Pescadores da BP3 vão ganhar novos lacres para identificar redes e espinhéis
Implantação da medida ocorrerá durante o período da piracema.
Um dos objetivos é facilitar a fiscalização.
Foto: Divulgação/Itaipu Binacional - A Itaipu Binacional, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Batalhão de Polícia Ambiental/Força Verde assinaram no dia 4, em Santa Helena, um protocolo de intenções para revitalizar o uso de lacres plásticos que identificam os apetrechos de pescadores no Lago de Itaipu.
Pelo acordo, o novo lacre será confeccionado pela Itaipu, terá cores diferenciadas das áreas de pesca, numeração sequencial e a identificação dos órgãos competentes. Após a implantação da medida, que ocorrerá durante o período da piracema, até 28 de fevereiro de 2017, os materiais (redes e espinhéis) que estiverem em uso sem a identificação serão considerados ilegais e vão ser recolhidos pela Polícia Ambiental.
O documento foi assinado durante o Encontro de Socialização da Caminhada de 2016, promovido pelos programas Pesca e Aquicultura, da Divisão de Reservatório, e Educação Ambiental, da Divisão de Educação Ambiental – ambos do Programa Cultivando Água Boa (CAB). O encontro reuniu 300 pescadores de colônias e associações dos pontos de pesca da Bacia do Paraná 3 (BP3).
O evento teve a presença do superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Jair Kotz; da gerente da Divisão de Reservatório, Carla Canzi; da gerente da Divisão de Educação Ambiental, Leila Alberton; do prefeito de Santa Helena, Jucerlei Sotoriva; da chefe do IAP de Toledo, Maria da Gloria Pozzobon; e do capitão Nilson Figueiredo Alves Junior, da Polícia Ambiental do Paraná.
A expectativa é que os novos lacres ajudem a melhorar a coleta de informações do Monitoramento da Estatística Pesqueira, realizado desde 1985, facilite o processo de fiscalização no lago e resolva os conflitos que vinham ocorrendo pela falta do dispositivo.
“A parceria irá atender à demanda dos órgãos de fiscalização e dará maior consistência ao monitoramento e manejo pesqueiro, já que, com o novo registro e o sistema de cores, teremos a referência espacial da atuação e deslocamento dos pescadores no reservatório”, disse Carla. “Isso será importante para o reconhecimento da dinâmica dos pescadores e a implementação de futuras ações de manejo e zoneamento.”
Além do lacre, os materiais de pesca só poderão ser utilizados conforme a instrução normativa n° 26/2009, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que regulamenta a pesca profissional e amadora na bacia do Rio Paraná.
Educação Ambiental
A educadora Lucilei Bodaneze Rossasi disse que o encontro também serviu para que os pescadores fizessem um balanço das ações de educação ambiental lideradas por Itaipu desde 2012.
No período, foram promovidos diálogos e visitas aos pontos de pesca; contrato de estatística pesqueira no lago; Oficinas do Futuro nas associações e colônias de pesca; palestras técnicas; campanhas de limpeza; oficinas de lideranças e associativismo; capacitação em beneficiamento de pescado – entre outras.
“Todo esse trabalho fortaleceu muito as colônias e os pontos de pesca da região. Hoje, eles estão mais integrados, organizados, e a atividade do pescador foi valorizada”, disse Lucilei.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,37 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75 % do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.