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Refúgio Biológico de Itaipu tem reprodução inédita de onças-pintadas
  Data/Hora: 29.dez.2016 - 14h 27 - Categoria: Itaipu Binacional  
 
 
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Dois filhotes nasceram entre quarta (28) e quinta-feira (29). Eles passam bem.

 

Fotos: Rubens Fraulini / Itaipu Binacional - O Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (Paraná), registrou a primeira reprodução em cativeiro de onças-pintadas. Dois filhotes nasceram entre a tarde de quarta-feira (28) e a manhã desta quinta (29).

 

O nascimento dos bebês-onças ocorreu apenas três meses depois da aproximação entre Valente, antigo morador do Refúgio, e a recém-chegada Nena, procedente da divisa do Mato Grosso do Sul e Goiás.

 

A reprodução da espécie era um sonho antigo dos profissionais do Refúgio. O local já é referência em reprodução de outros animais, como a harpia, o veado-bororó e a anta.

 

O nascimento das onças confirma a época de alta fertilidade no Refúgio, onde atualmente as harpias, por exemplo, estão se reproduzindo. Seis ovos estão sendo chocados.

 

Conquista

Desde duas semanas atrás, quando Nena já vinha dando sinais de gestação, ela foi retirada do recinto principal, para se preparar para a chegada dos bebês.

 

Agora, a mamãe-onça e os filhos estão em uma maternidade isolada, no Zoológico Roberto Ribas Lange, dentro do RBV, onde recebem todos os cuidados.

 

Para o médico-veterinário Wanderlei de Moraes, da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu, essa é uma das principais conquistas da unidade de conservação. A primeira tentativa de reprodução da espécie no RBV começou há 14 anos, com a chegada da onça Juma. Mais tarde se descobriu que Juma tinha problemas de infertilidade, por causa da idade.

 

Moraes lembra “que Valente e Nena eram filhotes órfãos quando foram resgatados e não conseguiriam sobreviver na natureza. Hoje, eles têm o papel fundamental de contribuir para reprodução da espécie em cativeiro”. E completa: “Quem sabe um dia seus descendentes possam voltar à liberdade”.

 

Pretinhos

Os dois filhotes de onça passam bem. Eles são melânicos, isto é, sua cor é preta, como a da mãe. Mas, embora Nena seja preta e Valente pintado, a diferença é só uma questão de pigmentação, em função da quantidade de melanina. Ambas as onças são da mesma espécie (Panthera onca).

 

Para garantir a integridade dos bebês-onças e evitar estresse da mãe, só a partir da semana que vem serão feitas imagens dos animais. Se tudo der certo, já em março a mãe e os filhotes serão expostos para visitação. Atualmente, só Valente é mantido na área de visitantes do recinto das onças, que integra o circuito turístico.

 

Em extinção

Quando Nena chegou, em setembro, os profissionais da unidade de conservação foram bastante prudentes. Eles trabalhavam com a expectativa de que os primeiros filhotes fossem gerados em um ano.

 

A antecipação do prazo traz esperança de nascimento de mais onças-pintadas, espécie em processo de extinção na natureza. A única reserva de grande porte no Sul do País que abriga a espécie é o Parque Nacional do Iguaçu, na fronteira do Brasil com a Argentina, onde estão as Cataratas.

 

Histórico

A onça-preta fêmea foi doada à unidade de conservação pelo Criadouro Científico Instituto Onça-Pintada, de Goiás. Em idade fértil, a nova integrante do plantel de Itaipu foi sendo gradativamente introduzida no recinto da onça-pintada macho Valente, para que se acostumassem um com o outro.

 

 

Valente, capturado em uma fazenda no Mato Grosso do Sul, na divisa com São Paulo, tem nove anos de idade e Nena, três. Ela é a sexta onça recebida pelo Refúgio mantido pela Itaipu Binacional.

 

 

Primeiro veio Juma, em 2002. Depois, Tonhão, Valente e Teka (também conhecida como Beyonça). E em setembro, junto com Nena, chegou também uma onça-pintada macho, que tem a mesma idade dela. Estrela do Refúgio desde que havia chegado ao local, Juma morreu no começo deste ano, já com a idade avançada. Tonhão e Teka foram conduzidos para outros zoológicos.

Onça-pintada

A onça-pintada (Panthera onca) é um felino da família Feliade. É carnívoro, pode chegar aos 2,10 metros de comprimento, pesar 150 kg e medir 90 centímetros. Vive às margens dos rios e também nos ambientes campestres, desde o Sul dos EUA até a Argentina.

Os bebês nascem cegos e passam a enxergar depois de duas semanas de vida. Os machos atingem a maturidade sexual aos três anos e meio e a fêmea aos dois anos de idade.

Refúgio

O Refúgio Biológico Bela Vista está instalado em uma área de 1.908 hectares, na margem brasileira da usina, em Foz do Iguaçu (PR). O espaço reúne hoje a maior diversidade de espécies da flora e da fauna regional, muitas delas ameaçadas de extinção. O plantel de Itaipu conta com mais de 380 animais.

O local é aberto à visitação. Moradores de Foz do Iguaçu, dos municípios lindeiros ao Lago de Itaipu e da região das três fronteiras não pagam para conhecer o atrativo.

Mais do que uma atração turística, o Refúgio Biológico de Itaipu é um importante centro de pesquisas e desenvolvimento de projetos, que recebe especialistas do mundo inteiro.

Como visitar

A visita pode ser feita de terça-feira a domingo, em seis horários: 8h30, 9h30, 10h30, 13h30, 14h30 e 15h30. A duração do passeio é de aproximadamente duas horas e meia.

Mais informações e reservas para visitar o Refúgio Biológico Bela Vista e outros atrativos de Itaipu podem ser obtidas no site www.turismoitaipu.com.br ou pelos telefones 0800 645 4645 e +55 45 3529-2892.

 

A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,37 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75 % do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

 
 

 

 

 
 
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