A Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Campus Palotina sedia, entre os dias 26 e 28 de abril, o 1º Simpósio Paranaense de Hidrogênio (SIMPHI). Na programação do evento, que recebe o apoio da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (Fundação PTI), o destaque fica por conta das discussões sobre a criação da Rede Paranaense de Pesquisa em Hidrogênio (RPPH).
Entre os objetivos do simpósio está promover a articulação de ações entre grupos de pesquisa que atuam na área, despertar o interesse de graduandos e de pós-graduandos pelo tema hidrogênio, promover a divulgação de trabalhos científicos e aproximar empresas que atuam na área.
“A questão é a troca de informações. Nós identificamos vários pesquisadores no Paraná que realizam projetos envolvendo o hidrogênio, mas muitos deles trabalham isoladamente. A ideia é que os integrantes desta rede primeiro se conheçam, e que os grupos possam interagir e, a partir daí, possam surgir novas ideias e novos projetos integrados” destacou o presidente do 1º SIMPHI, Helton José Alves, sobre a importância de se ter uma rede de especialistas no tema.
O gerente do projeto Hidrogênio – desenvolvido no PTI – Ricardo José Ferracin, reforça que o simpósio traz à discussão o tema hidrogênio a nível nacional. “O simpósio tenta retomar a temática do Hidrogênio de uma maneira mais estruturada. Não que anteriormente não fosse, mas queremos fazer o Paraná entrar como 'player' importante nesse tema, o que antes era um cenário mais restrito a São Paulo e Rio de Janeiro principalmente.”
Para ampliar o conhecimento das ações realizadas no PTI no tema Hidrogênio, a Fundação PTI disponibilizou para os primeiros 70 inscritos – com pagamento efetivado – uma visita técnica ao PTI, que acontecerá no dia 28 de abril. Os participantes poderão conhecer a estrutura do Parque, bem como o principal objetivo: a Planta de Produção de Hidrogênio e o Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio (NUPHI).
Parcerias
A Itaipu Binacional, por meio da Universidade Corporativa de Itaipu (UCI), e outras instituições da região, como o Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), a Unioeste e a Fundação PTI fazem parte do apoio ao evento.
O coordenador executivo da UCI, Jorge Habib Hanna El Khouri, comentou que o potencial do hidrogênio como vetor energético em médio a longo prazo despertou o interesse da hidrelétrica. "A Itaipu decidiu investir, junto com a Fundação PTI e a Eletrobras, no ambiente de pesquisa para conhecer o ciclo de produção de energia, que é o eletrolisador que produz o hidrogênio, o armazenamento do combustível hidrogênio e o uso dele em uma estação-piloto. Com isso, a Itaipu vai ter informações para tomada de decisões.”
O projeto Hidrogênio
Em dezembro de 2014, o PTI começou a produzir hidrogênio em escala experimental. A primeira planta de produção do Paraná visa investigar o ciclo de vida do hidrogênio, envolvendo as etapas de produção, purificação, compressão, armazenamento, controle de qualidade, transporte e uso final.
Armazenado em grandes cilindros, na forma de gás, ele pode ser utilizado em células combustível e produzir energia elétrica para abastecer residências e indústrias, veículos elétricos ou até mesmo ser utilizado como sistema de backup. Entre as vantagens estão os benefícios ambientais, pois, nesse processo, o hidrogênio gera apenas vapor d'água, e não compostos de carbono, que emitem gases que causam o efeito estufa.
Inscrições
As inscrições para o 1º Simpósio Paranaense de Hidrogênio e para a submissão de trabalhos científicos começaram no dia 01 fevereiro e vão até o dia 08 de março. Para se inscrever ou obter mais informações sobre o evento, basta acessar o site (simphi.com.br/home).
Foz do Iguaçu, 13 de fevereiro de 2017
Fundação Parque Tecnológico Itaipu
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