Por: Durity Rosa dos Santos
Refletindo sobre duas situações um tanto distintas: os diversos escândalos de corrupção no Brasil e o caso do menino tatuado à força.
A corrupção é um fenômeno que não pode ser erradicado e, ao menos no Brasil, o combate à corrupção é muito recente. A punição de todos os que praticam esses atos é necessária. Entretanto, trata-se de medida pouco eficaz, embora sirva para que povo sinta-se vingado com a punição de alguns bodes expiatórios.
Uma das soluções que não está sendo muito considerada é a educação. Formar indivíduos capazes de juízo ético pode reduzir a corrupção. Além disso, nossa cultura estimula demais o desejo por bens materiais, todos querem ter uma boa casa, um bom carro, bom atendimento médico, etc. Tudo isso custa caro e, para conseguir realizar esses desejos, muitas vezes passamos dos limites éticos e jurídicos. Uma formação ética mais sólida poderia reduzir o problema da corrupção, em sua raiz.
E o que isso tem em comum com o caso do menino que foi tatuado à força? Bom, é um caso que demonstra a falta de formação humanitária e ética do povo brasileiro. Muitas pessoas, inclusive, elogiaram esse ato desumano e cruel.
Enquanto não investimos em formação humanística sólida, as soluções para os problemas de corrupção e violência nunca atingirão o cerne desses problemas.
Mas, infelizmente, estamos caminhando para uma educação cada vez mais técnica e corremos o risco de formarmos massa de manobra estúpida e pessoas descontroladas.
Ah! Só pra terminar: aquilo que mencionei sobre os "bodes expiatórios" nos casos de corrupção, também é exatamente a mesma coisa no caso do guri tatuado na testa. As pessoas que aprovam e elogiam esse tipo de atitude sentem prazer na situação, sentem-se vingadas. Parem com isso, porque é ridículo ver um ser humano agindo feito um porco chafurdando na lama.