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João Maria
 
   
 
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Nossos JOVENS estão morrendo por falta de esperança, corroídos pela DROGA e as nossas mentes dormentes acham que isso é normal...
  Data/Hora: 26.set.2017 - 9h 23 - Colunista: João Maria  
 
 
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Quem tiver a curiosidade de clicar no “Google” (que também pode ser chamado de uma espécie de mente do mundo) e digitar em imagens o nome de São Miguel do Iguaçu, um município pujante, rico e produtivo como o nosso, onde abriga no seu seio um povo hospitaleiro e nobre, vai se surpreender com as imagens que ali estão...

 

São corpos e mais corpos esparramados, detonados como se estivessem sidos cassados, julgados e condenados por uma civilização bárbara que ainda está nos tempos da pedra lascada e defende ardorosamente o OLHO por OLHO e usa a droga e explora a pobreza para manter os privilégios de uma pequena casta que se intitula os donos do poder.

 

Pois bem, lembra-se daquele corpo encontrado no último final de semana no Rio Pinto, um dos afluentes que margeiam a nossa cidade?

 

Ele estava deitado, com a face voltada para o céu e com o corpo envolto por uma pequena lâmina de água corrente de poucos centímetros...

Ou seja, a impressão que se tem é que ele deitou naquele lugar e pediu ao Rio, parte integrante da Mãe Natureza que lavasse o seu corpo, limpasse os seus poros e permitisse que a sua alma imigrasse para outra constelação onde o “bicho homem” ainda não mantenha o “status” de civilização.

 

Sabem a idade deste jovem? 22 anos..., o nome: Marcos Batista dos Santos...

 

Sabe o que ele fazia naquele local? Marcos era morador de Rua..., seus pais moram em Santa Terezinha de Itaipu e na família eram sete irmãos...;

dois deles dormiam drogados ou embriagados com ele há meses debaixo de uma marquise de um supermercado local...

 

Sabe o que ele foi fazer naquele Rio? Segundo os seus companheiros de Rua que também dormiam ao lado dele, ele foi lá tomar banho – esse era o único local que tinha disponível para fazer a sua higiene pessoal...

 

Sabe a sua cor, a sua origem? (...). Pelo nome – Marcos Batista dos Santos – podemos subentender que veio de uma Família “religiosa”, tendo em vista que esses três nomes o remetem para personagens bíblicos – “São Marcos, João Batista e o Santo dos Santos...”

 

Por que faço essa matéria e pergunto isso?

 

Não sei... o que sei, é que estamos vivendo um momento extremamente delicado na VIDA na Terra e os nossos governantes ainda não se deram conta de que os recursos que está faltando na Educação, na Saúde, no Esporte, na Geração de Emprego e Renda, andam por aí guardados em cofres ou passeando em “malas” pelas principais avenidas do mundo, ou embarcando em helicópteros que baixam e levantam com a rapidez de um “samurai”, ou pavimentando bolsos, calças e cuecas por esse mundão de Deus..

 

 

 

Tanto lá, como cá, a canção que ouvimos é a mesma – a poesia trás na letra o descompasso, que rima desgoverno com golpes e cambalachos...

 

 

 

No palco da vida à mesma canção

Emolduram-se serviçais servis e pontuais

Nos acordes de acordos o mesmo refrão

Em partituras licitatórias e convencionais.

 

Com benesses e propinas

Aumenta-se o espaço

Com licença prêmio e gasolina

Lança-se o laço

Com a caneta e a bandeja

Prende-se o capacho.

 

 

Com o lixo que não é nicho

Ornamenta-se a sala e ampliam-se as alas

A sobra do rabicho que veio do lixo

Guarda-se em caixas e malas.

 

Tanto lá como cá,

A canção e o refrão são iguais

O lixo que abunda cá, também abunda lá

Com os mesmos rituais

Transformando humos em votos

Que vitaminados nos currais

Germinarão um novo produto

Que será eleito no próximo pleito

O substituto do prostituto

Que terá a mesma missão

Continuar lançando o laço e aumentar o espaço

Transformando decretos e atos em submissão

Capaz de atrair uma nova multidão de capachos. 

 

João Maria Teixeira da Silva

 

 
 

 

 

 
 
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