Em matéria divulgada no próprio site da Prefeitura, minutos após a reunião com cinco representantes do Movimento, o próprio prefeito admite que houve falhas e erros nos valores relativos as cobranças da Taxa de Lixo.
Eles próprios reconhecem que erraram e que a população está recheada de razões para protestar, ir à luta e fazer com que eles retrocedam e cancelem essa Taxa. Ela já nasceu com vícios de origem, eivada de erros, seja por ignorância ou por pura má fé. Vejam o que eles admitem:
“Após uma hora de conversa, ficou esclarecido que o Município está seguindo leis municipais e recomendações do Tribunal de Contas. Com relação ao valor da taxa, foi sugerido que seja elaborado um projeto de iniciativa popular com 5% de assinaturas do número de eleitores no município, sendo protocolado na Câmara Municipal, para sua aprovação e sanção do Executivo. Já a taxa de coleta de lixo para os distritos será a mínima, pois o caminhão de lixo passa semanalmente e alguns lugares a cobrança da água não é feita pela Sanepar”, admite o prefeito.
Na sequência, os seus assessores admitem erros ainda mais graves: “Foi reconhecido que teve um erro na hora de elaborar a taxa. Erramos o calculo quando o consumo de água é acima de 30 m³, para classe residencial, comercial e industrial. Deste modo quem teve sua taxa residencial acima de 220 reais, ou a taxa comercial e industrial acima de 272 reais, devem comparecer no Departamento de Tributação na Prefeitura Municipal, junto com a guia para regularizar a situação, ou o Município estará repassando na residência entregando o novo boleto com valor corrigido”, reconhecem.
Antes de reconhecerem o erro, eles esclareceram a Comissão de que a decisão da cobrança dessa Taxa de Coleta de Lixo, foi aprovada e sancionada através da Lei nº 2.965/2017, que deu nova redação ao Artigo 561 da Lei Complementar nº 02/2011: “A taxa de coleta de lixo será lançada com base na Unidade Padrão de Referência do Município - UPR, em função de consumo de água e da classe do gerador de lixo”.
A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO COMO FORÇA DE COESÃO SOCIAL...
Essa é a questão mais relevante. Tenho informações de fontes seguras, que enquanto as pessoas se concentravam na Praça, ao lado da Prefeitura, vários assessores que se encontravam dentro da prefeitura curtindo o ar condicionado, riam e diziam: “quebraram a cara – convocaram a população e só veio meia dúzia de gatos pingados”, dando sonoras rizadas.
Minutos depois, alguém repassou essas informações aos organizadores dizendo: “Eles estão lá rindo da nossa cara. Vamos par a Frente da Prefeitura exigir a presença do Prefeito”.
E deu no que deu, ou melhor, tiveram que mostrar as suas armas e por que criaram e armaram a Guarda Municipal: “Proteger eles próprios das suas próprias patacoadas”.
Parabéns aos Organizadores! Todos os grandes movimentos começaram assim, praticamente do nada e foram crescendo e se fortalecendo dentro da própria luta e das reivindicações justas e necessárias. Um dos exemplos típicos no país foi à criação do próprio MST, hoje um Movimento Nacional que visa forçar o Estado a promover a Reforma Agrária.
Aliás, falando em MST, sempre é bom lembrar que esse movimento nasceu em São Miguel do Iguaçu, com o nome de Mastro – num acampamento improvisado no Terminal Turístico de Vila Ipiranga e, posteriormente, numa reunião em Cascavel, passou a se chamar MST.
Lembro isso para dizer-lhes de que esse Movimento (MST) condenado por todos da direita que possuem várias áreas de terra, é um dos responsáveis pela implantação de centenas de Projetos muito bem sucedidos pelo país todo. Um deles, inclusive, ao nosso lado que é o Assentamento Antônio Tavares, antiga Fazenda do Bamerindus, cujo dono era o Zé do Chapéu. Hoje, esse assentamento é considerado uma das melhores bacias leiteiras do Estado, sem contar uma imensa produção de agricultura familiar.
Continuem na luta e lutem para que o próximo Encontro de Sábado seja ainda melhor do que este. São Miguel precisa de um Movimento com raízes natas como este. Outra coisa importantíssima é não esquecer que tudo o que dependemos em nossa vida faz parte do mundo político.
Ou seja, não podemos demonizar 100% dos políticos, até por que, todos os cargos estão aí para serem ocupados por um político, seja no Legislativo ou no Executivo.
Melhor explicando: O Movimento precisa de lideranças políticas sim. Não é difícil separar o joio do trigo. Basta assistirem as sessões do Legislativo Municipal e ver ali, através das votações pontuais que está ou não atrelado com esse Bando que hoje Administra a nossa cidade.
O PRÓXIMO PASSO...
Dar cara e personalidade jurídica ao Movimento. Elaborar uma Ata, registrar em Cartório e em seguida, convocar uma Reunião (Assembleia) para aprovação do Estatuto próprio do Movimento, com todos os cargos (organização) – Presidente, vice-presidente, secretário e vice; tesoureiro e vice e Conselheiros (tudo de preferência preenchidos com pessoas humildes e dê ilibada honradez, que não se deixe comprar mais tarde por outros interesses, seja através de cargos ou financeiros).
Força pessoal, assim que tiverem o Movimento Organizado, partir em seguida para formação de núcleos em todos os bairros, comunidades e distritos do município. Necessário se faz essa coesão de movimento se quisermos ter resultados duradouros. Importantíssimo anotar e valorizar essas pessoas que iniciaram o MOVIMENTO. Amanhã tem mais...