Binacional apresenta ações socioambientais desenvolvidas em prol da segurança hídrica no reservatório e na região de influência
Da Assessoria – fotos: Alexandre Marchetti – Itaipu Bincional - A menos de dois meses do Fórum Mundial da Água, previsto para acontecer em Brasília, entre 18 e 23 de março, Foz do Iguaçu recebeu nesta terça-feira (23) a penúltima edição do “Rumo a Brasília 2018”, evento preparatório realizado no Bourbon Business Hotel, com apoio da Itaipu Binacional.
O encontro teve a participação de mais de 200 lideranças representando diversos setores da economia, política, tecnologia e cultura. Entre eles, esteve o secretário executivo do Ministério de Integração Nacional, Irani Braga Ramos.
Moderador do painel “Segurança Hídrica, Gestão Participativa e Desenvolvimento Regional Sustentável: O Desafio da Sustentabilidade da Água”, o superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Ariel Scheffer da Silva, falou sobre os compromissos ambientais assumidos pela Itaipu antes mesmo que houvesse uma legislação específica sobre o tema no País, há mais de 30 anos.
“Ações adotadas pela binacional, como a criação da faixa de proteção e o resgate de fauna, que foi muito bem estruturado, foram iniciativas surpreendentes para a época. Itaipu começou dando bons exemplos”, destacou o superintendente, que também explicou como será a participação da empresa no Fórum Mundial da Água.
Ariel explicou que, durante o evento, a binacional promoverá discussões ligadas ao tema do painel, como a segurança hídrica, que tem forte relação com a segurança energética. “Além disso, levaremos para o Fórum representantes das comunidades da região e que trabalham em nossos projetos, para que possam participar deste momento”, afirmou o superintendente.
A qualidade da água e a proteção deste recurso com ações socioambientais na região foram assuntos abordados por outros profissionais de Itaipu que estiveram no mesmo painel.
A bióloga Simone Frederigi Benassi, da Divisão de Reservatório de Itaipu, explicou o trabalho realizado pela usina e parceiros no monitoramento da qualidade da água, no reservatório e em cursos d’água da Bacia Hidrográfica do Paraná 3.
Simone destacou a importância da água do reservatório para outros usos que vão além da atividade fim de Itaipu, a geração de energia. O reservatório serve para abastecimento público, dessedentação animal, irrigação, balneabilidade e lazer, pesca e aquicultura.
Já Sérgio Paulo de Oliveira, assessor especial da Diretoria de Coordenação de Itaipu, citou os avanços da empresa para o desenvolvimento regional sustentável com a ampliação das ações, antes restritas aos 29 municípios da BP3, expandidas agora para todos os 52 municípios da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), além de Altônia (PR) e Mundo Novo (MS).
Ele também apresentou números importantes do trabalho desenvolvido pela hidrelétrica na região, como os 29.731 hectares de conservação do solo e os 1.322 quilômetros de cercas construídas para a preservação das matas ciliares.
Cleci Loffi, prefeita de Mercedes e presidente do Conselho dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu, que também participou do painel, agradeceu Itaipu pelo auxílio ao poder público municipal em questões socioambientais. “Itaipu é a parceira número um para questões de conservação e preservação. Temos que agradecer, pois já vemos os resultados aparecendo para toda a sociedade. Teremos crianças e adolescentes com mais qualidade de vida”.
Força da juventude
Grande parte do público do evento foi formada por adolescentes e jovens da região Oeste do Paraná. A necessidade da participação da juventude nas questões hídricas foi ressaltada no painel “O olhar do jovem para o Fórum Mundial da Agua 2018: perspectivas frente as questões da água no Brasil, América Latina e Mundo”. A moderação foi feita por João Paulo Angeli, do Parlamento Nacional da Juventude pela Água/Brasil (PNJA).
O espaço contou com a participação de outras três lideranças: Joyce Mendes, do Observatório dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Oeste do Paraná Juventude; Rodrigo Arias Ramirez, coordenador do Fórum Nacional (Paraguaio) Água e Juventude; e Karini Scarpari, do Coletivo Jovem da Bacia do Paraná 3.
Angeli falou sobre como a juventude vem se organizando no Brasil e na América Latina e ressaltou que os jovens têm muito a contribuir. “Só é preciso [oferecer] espaço, financiamento e poder de participação”, apontou. Ele também ressaltou o bom trabalho desenvolvido na região, que poderia servir como modelo para outras áreas do País. “A gestão de bacias exige compromisso e a nossa bacia tem o privilégio de contar com um coletivo jovem atuante”.
Participação popular e avaliação positiva
De acordo com Monica Queiroz, responsável pela curadoria do “Rumo a Brasília 2018”, os resultados do evento em Foz foram positivos. “Saímos daqui muito felizes com a participação e eu, particularmente, feliz com os jovens que estavam presentes. Foi muito importante porque conseguimos perceber a presença de representantes da comunidade, do poder público, de empresas, de ONGs e de diversos grupos da sociedade civil. Todos juntos em prol de um mesmo tema, que é a água”.
Antes de Foz, Belém (PA), São Paulo (SP), Tijuana (México), Bogotá (Colômbia) e Santiago (Chile) já haviam sediado o evento preparatório. Em fevereiro, a última edição será em Salvador (BA). Depois disso, a ideia é levar um compilado de informações e proposições para o Fórum Cidadão, evento paralelo ao Fórum Mundial da Água.
Com Web Rádio Água (http://www2.webradioagua.org/)