Esse resultado já era esperado por todos. O que vimos foi à conclusão de um golpe iniciado em 2016 com o impeachment da Dilma. O que ficou feio foi vermos a Rede Bandeirante de Televisão, tirar onda com a cara da população e antecipar seu resultado em rede nacional, mesmo antes dos desembargadores concluírem os seus votos.
Ou seja, um julgamento de cartas marcadas que não só escandaliza o país, como também escancara para o mundo a necessidade urgente, urgentíssima de se fazer uma reforma profunda e abrangente no Poder Judiciário.
Por que esse resultado já era esperado? Essa era a estratégia para sacramentar o golpe que se iniciou com a conveniência e a leniência do próprio Supremo com o impeachment da Dilma. Não condená-lo e não retirá-lo da disputa de 2018, seria o mesmo que interromper essa escalada golpista, tendo em vista que ele voltaria pelo voto popular, já no primeiro turno.
Tudo pensado e arquitetado nos mínimos detalhes para que os que sempre mandaram no país há mais de 500 anos, voltassem ao poder. Onde tudo começou? Com a derrota do Aécio nas urnas. E na sequência com a ajuda do Bandido Cunha, só passaram a votar as pautas bombas para inviabilizar o seu Governo. Aliás, tudo isso provado e escancarado para o país e o mundo.
O que deve ser feito? “A males que vem para o bem”. É fato que se o Lula fosse eleito em 2018, o país continuaria dividido ao meio e o conflito, principalmente via as redes sociais, iria aumentar ainda mais. Ou seja, continuaríamos a um passo do abismo – a um passo de uma guerra civil que poderia nos dividir em pequenas republiquetas e até mesmo com a morte de milhares de inocentes.
A estratégia mais sensata agora é as oposições se unirem em torno de uma candidatura de esquerda, não só para barrar essa escalada golpista, como também para pacificar o país.
O que deve ser feito com urgência urgentíssima é a cúpula do PT, com a liderança forte do ex-presidente Lula, buscar um nome de consenso entre os candidatos que aí estão cujo discurso mais se aproxime com um trabalho de inclusão social, voltado para os que mais necessitam de ajuda governamental.
O que não pode agora é perder tempo, pensando que será possível reverter à situação do Lula junto às instâncias superiores a tempo de que ele possa registrar a sua candidatura.
Como definir uma candidatura de consenso? A iniciativa desta escolha acredito que deva ser do próprio ex-presidente – e de preferência de um nome que não seja do seu partido – o vice poderia ser do PT. Essa é a estratégia mais sensata do momento – preparar imediatamente um candidato alternativo e com o apoio do Lula poderá com larga margem de voto derrotar esse regime anti-povo que se prenuncia...
Mesmo condenado, Lula poderá dar uma grande contribuição para o país ajudando a empurrar para a lixeira da história essas forças conservadoras que tramaram o golpe com ajuda da mídia e do judiciário – com supervisão internacional.
Com a eleição dessa suposta candidatura unindo as oposições, o próprio Lula poderia ser beneficiado com um indulto do novo presidente e com isso, mesmo com idade avançada, poderia ser em 2022, candidato a presidente novamente.
E o mais importante, um novo Governo com esse perfil, poderia propor uma nova Reforma para anular o que esse golpista vem fazendo – e até mesmo uma limpeza profunda nas nossas Instituições para que possamos ter um Poder Judiciário sem vícios.