Os trabalhos desenvolvidos pelo projeto geram soluções tecnológicas para a Itaipu Binacional
Da Assessoria - foto: Igor Moresca/PTI. Mais de 700 pessoas foram formadas pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI) em segurança de barragens e uma série de soluções e pesquisas foram entregues a usinas, principalmente para a Itaipu Binacional, com o foco em soluções estratégicas. O Centro de Pesquisas Avançadas em Segurança de Barragens (Ceasb) comemora nesta quarta-feira (28), com a perspectiva de ampliação da atuação.
Os trabalhos realizados pelo Centro possibilitam um aumento da compreensão dos fenômenos da barragem e das turbinas, tendo como consequência o aumento da segurança e da vida útil dessas estruturas. As simulações feitas em computadores de alto desempenho do laboratório do Ceasb baseiam-se nos dados fornecidos pela Itaipu, para promover a atualização tecnológica da hidrelétrica.
“Muito foi realizado nesses 10 anos. Foram desafios muito grandes, mas já temos muitas entregas dentro da usina que vieram a contribuir para o próprio empreendimento da Itaipu Binacional”, pontuou o coordenador do Ceasb pela Itaipu, Dimilson Pinto Coelho, na confraternização que reuniu colaboradores atuais e antigos do Centro. “Agora almejamos atender não somente a usina, mas estamos com parcerias externas – o mesmo trabalho que fizemos para Itaipu está sendo feito também para outras empresas – que contribuem para o crescimento do Ceasb”, disse Dimilson.
A coordenadora do Ceasb pelo PTI, Alexandra da Silva Belini, destacou que o principal objetivo do Centro é a formação de pessoas, com enfoque em um trabalho preventivo. “Mais de 700 alunos, bolsistas e voluntários já passaram pelo Ceasb no decorrer dos seus dez anos. Esses alunos, pesquisadores e técnicos que desenvolvem suas pesquisas aqui podem contribuir não só com Itaipu, mas com outras usinas no Brasil ou no exterior”, ressaltou a gestora. “Isso faz o impacto do nosso cuidado no território trinacional ser ampliado para a região Oeste e o país como um todo”, completou a gestora.
Pesquisa e Desenvolvimento
Conforme Alexandra, o Ceasb atua em oito linhas de pesquisa que atendem às demandas da Itaipu. São elas: Modelagem Tridimensional, Análise de Risco, Monitoramento da Saúde Estrutural, Cadastro de Barragens, Geotecnia, Instrumentação de Barragens, Concreto, e Aplicações e Desenvolvimento de Tecnologias Inovadoras em Usinas Hidrelétricas.
Dentro dessas linhas, explicou a coordenadora, professores e alunos desenvolvem metodologias, serviços ou produtos à Itaipu e outras usinas. “O Ceasb fornece todos os recursos financeiros necessários para esses projetos de pesquisa – seja ele teórico, ou um software, um hardware, um livro – serem executados. Nosso foco é que esses projetos contribuam com as universidades, pois é uma oportunidade para o aluno de graduação ter uma experiência prática por meio da interação com seu orientador, com engenheiros da Itaipu e com a nossa equipe técnica”, completou a gestora.
Nesses 10 anos de atuação, o Ceasb proporcionou a formação de 22 doutores, por meio da execução do programa de doutorado em métodos numéricos aplicados à segurança de barragens – uma iniciativa inédita na região Oeste do Paraná. “Foi um grande resultado para nossa região Esses doutores são pesquisadores que hoje continuam seus projetos e estudos de suas teses aqui conosco”, comentou Alexandra.
Experiência Profissional
Para o bolsista boliviano Miguel Angel Reis Rios Chuquichambi, que faz parte da equipe do Centro por meio da sua graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), os três anos de experiência no Ceasb o auxiliaram a compreender melhor os conteúdos aprendidos em sala de aula. “Aprendi a estudar mais sobre os projetos, como funcionam as estruturas e quais materiais são necessários para construí-las”, comentou o bolsista.
Enquanto isso, a voluntária Nathali Rolon Dreher, estudante do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), participa das atividades do Ceasb, na área de Modelagem, há um ano, e já pôde perceber os benefícios da prática profissional. “Minha expectativa é aprender o máximo possível para chegar ao mercado de trabalho mais preparada, tanto na área de Modelagem, quanto mais pra frente na área de Simulação”, destacou Nathali.