Eu diria que quando o assunto é de natureza FAMILIAR, onde estão envolvidos os mais nobres sentimentos, as maiores emoções que um ser humano pode sentir e expressar – está certíssimo o poeta Kalil Gibran, em seu belíssimo poema (POR DEUS, MEU CORAÇÃO), quando diz: “esconde as tuas queixas, sairás ganhando”, - pois o silêncio e a descrição revelam que tens um bom coração.
Em termos de crescimento pessoal, na luta por um ideal mais elevado, eu diria que essa nossa profissão de jornalismo é o maior “barato”. Levando-a com esmero e dignidade e fazendo dela uma missão de vida, não aceitando nem um tipo de recompensa para macular a verdade, em especial no momento atual por que passa a humanidade, o preço é alto. E, mesmo que você se esforce ao máximo, vai existir sempre alguém dizendo: você escreve bem de fato, é o maior barato - mas é proibido dizer o que não queremos ouvir - e por isso o preço é alto - é você quem deve pagar o “pato”.
Por que tudo isso? Não sei! O que sei é que, assim como nos ensina o Mestre que viveu uma vida simples e humilde no interior da Palestina – sempre acreditei que “não se faz necessário abrir um grande caminho, acumular grandes fortunas, alcançar riqueza ou fama”. Na família, por exemplo, a nossa preocupação maior deve ser em usar todo o nosso conhecimento, todos os recursos que dispomos para buscar os meios de promover o bem-estar dos filhos. Se preocupando com a sua nutrição, educação, saúde e elevação da mente e do corpo.
Exemplos abundam por aí, nos mostrando que as grandes almas que ajudaram a sua Família crescer e prosperar, foram aquelas que souberam cuidar dos filhos com dedicação e amor, buscando criar um ambiente pacífico, calmo e cuidadoso, recheado de gentileza e compaixão – com o mesmo carinho e amor com que plantaste essa flor e ontem (11), logo após regá-la, colocaste em cima da mesa.
E assim como ensina o poeta: “Por Deus, meu coração, se alguém te perguntar: o que foi que te atingiu: Silencia...”. Está certo o poeta, pois é próprio da ignorância humana revelar as turbulências existenciais que muitas vezes, são apenas remédios que estão sendo arremessados para cicatrizar feridas da própria alma abertas no passado numa vida a dois.
Viva o presente, abra a janela do seu coração e veja a riqueza maior que tens ao seu redor, seus filhos, seus netos e em algum recôndito da sua alma, irás ver que: o amor dessas criaturas, “é como o amor na alma, é como o vinho na taça: o que aparece é água, o que se oculta é essência”.
O que eu pediria ao teu Coração? Respondo-te com a conclusão do poeta neste seu belíssimo POEMA: “Domina a tua dor, se os mares transbordarem, e os céus desabarem, tu te salvarás”, pois o carinho, o zelo e a admiração que os seus filhos sempre tens por ti – nada irá apagar – e quanto a mim, “jamais irei fazer algo que” a pudesse prejudicar - o meu desejo é que sigas o Caminho da Luz.
A metade do que tenho é seu – isso é Lei, isso é Ordem, isso é Civilidade – mas, por favor – sem ansiedade, sem a preocupação em aposentadoria ou pensão e muito menos criar artifícios para que possa obter algum tipo de compensação nessa separação.
Acredito que o abraço carinhoso de todos os seus filhos que estais tendo nesse momento, és a maior riqueza, a maior RECOMPENSA que um SER humano possa desejar. Quanto a mim, continuarei sempre assim, sem jamais me desvirtuar – até por que, só tenho a agradecer por tudo o que vivi e aprendi.
Confesso que nunca imaginei que abraçar uma profissão e fazer dela uma missão, pudesse despertar e me levar numa outra direção ao ponto de ter que se esquecer de mim mesmo, vencer o medo e lutar com todas as forças da minha alma para ajudar na EVOLUÇÃO desta Civilização que se encontra em frangalhos.