Acredito que todas as pessoas que estejam imbuídas dos melhores propósitos com relação a tudo que o cerca, deve concordar que um dos principais erros que tanto mal tem causado a humanidade, tem sido a redução do ser humano a máquina e a números.
Neste ponto, confesso que tenho uma visão diferenciada e tenho apregoado por aí em alto e bom som que jamais me imaginei sendo mantido por um Estado onipotente e leniente, em posição crepuscular de infinita passividade – aceitando propinas ou coisas do gênero e vilipendiando a minha própria CONSCIÊNCIA.
O jornalismo, por exemplo, profissão que exerço há mais de 30 anos, tem sido para mim muito mais do que uma profissão – uma missão de vida. Através dele consegui criar e sustentar uma família de seis filhos, a qual já me proporcionou um dos maiores presentes que podemos sonhar em receber um dia. O abraço carinhoso e afetuoso de seis belíssimos Netos.
Imagine você levar ao pé da letra uma missão como essa diante de uma incivilizada e despolitizada sociedade como temos atualmente, onde o que importa para a grande maioria é o estímulo ao interesse, não se importando em por os pés pelas mãos, desde que seja para rechear o bolso e ter mais e mais - sem se importar com a licitude, sem se importar com a origem de onde essas recompensas possam advir.
Mesmo assim, temos que admitir que quem pensa assim, também tem o seu mérito e a sua importância neste mundo em evolução – com os seus gestos nada republicanos estão nos mostrando o outro lado da moeda, ou seja, se não existisse a escuridão, não daríamos importância à luz.
A propriedade, a casa onde moramos, o sítio ou a sala comercial onde trabalhamos, constitui fenômeno biológico inviolável por ser algo indispensável para proteger e conservar a própria vida. Sem ela (a propriedade), terminamos por paralisar a liberdade de movimento tão necessária para conseguirmos os nossos objetivos; sem ela, é como se assistíssemos à destruição da nossa própria fisionomia individual, principalmente num estágio da vida mais avançado, onde as forças são mais mentais e espirituais do que propriamente físicas.
Por que estou dizendo isso, numa matéria como essa que o assunto é Transporte Escolar?
Sempre que sento para escrever, uma das coisas que faço é dar vazão a emoção – e muitas vezes nem eu mesmo consigo identificar a razão. O que sei é que o pensamento flui, as mãos e os dedos trabalham e o texto flui com a maior naturalidade.
Voltando ao que realmente interessa que é a questão do Transporte Escolar em nosso Município, é inacreditável o que se passa ao redor deste setor, aliás, tratando-se de Rumo Novo que não simpatiza com o Povo, onde você “cavóca”, como se diz na gíria, sai uma minhoca. É simplesmente inacreditável esse alienável Rumo Novo.
Dando uma passagem pelo Diário oficial do município, essa semana, visualizei a publicação da súmula do Pregão 175/2017, cujo objeto é a alteração contratual do contrato original com vista ao aumento de R$ 117.500,00 do valor original, em favor da Empresa SMI Transporte.
E nessa alteração consta que esse valor é destinado a cobrir os custos para levar os alunos do Ipiranga, passando pelo Urussanga, pelo Incra até Santa Rosa – 115 quilômetros diários a um custo de R$ 5,11 ao quilometro.
Imediatamente, peguei o carro e fui me inteirar certinho do percurso, por onde o ônibus passava. Zerei o velocímetro do carro e fiz o percurso para ver qual a real distância. Pasmem Senhores! (14,10 km) Isso mesmo – quatorze quilômetros e 100 metros, onde a empresa faz o percurso de manhã e a tarde - (ida e volta), 28,2 Km – 28,2x2 (manhã e tarde) = 56,4 KM.
Hoje de manhã, acordei cedo e fui até o local, para ver quantos alunos são transportados. E mais uma vez: Pasmem Senhores! Os alunos a serem transportados são esses que estão na foto. Que desde já quero agradecê-lo em deixarem serem fotografados para fazermos a matéria.
Segui o ônibus pelo seu trajeto e na estrada até a entrada para santa rosa, ele parou duas vezes onde embarcaram mais três alunos. Ou seja, um micro-ônibus de qualquer morador ali da comunidade, poderia fazer esse trajeto a um custo infinitamente mais barato.
O que pude ver é que esse ônibus que faz o trajeto, ele sai de São Miguel todos os dias e vai ao Ipiranga e de lá volta de novo para São Miguel. Deu para notar o absurdo que se faz com o dinheiro público que faz falta na saúde, na educação, da cultura e no esporte?
Por que não usar uma Mini Van, ou melhor, por que a própria comunidade não se mobiliza e arruma alguém da comunidade para fazer o trajeto? Esses mesmos recursos que são jogados no ralo desta maneira, foram que fizeram falta no final do ano passado para abrirem o Terminal Turístico.
Deu para ver por que é que a Prainha está fechada? Por que é que os dois ginásios estão interditado e o hospital que inauguraram com toda a pompa e com direito a um grande foguetório está fechado?
E as demais linhas? Não sei de todas, mas a empresa que ganhou a concorrência para fazer o trajeto entre a Vila Rural Verdes Campos, passando pelo Cruzeirinho até a Escola Arthur Cardoso é outro show de irresponsabilidade.
A empresa recebe por 80 km diários. Fiz o percurso de ida e volta e o ponteiro marcou 14,8KM – quatorze quilômetros e oitocentos metros.
No edital, consta (MTN), segundo as informações lá com os moradores, o percurso só é feito (MT), ou seja, seria, ou deveria ser – 14,8 x 2 = 29,6.
O que está errado? Em primeiro lugar, acredito que o primeiro passo é a própria população se posicionar, se reunir e gentilmente pedir para esses desastrados administradores devolverem pacificamente o que por engano ou por erro de cálculo levaram a mais e na sequencia, saírem de férias por um bom tempo.
Colocá-los atrás das grades, ou desejar-lhes o mal, não vai adiantar. É a Lei do Retorno - tudo o que desejares para os outros, volta para você.
Sem contar que só vão dar mais despesas para o Estado - sem contar também que o nosso sistema prisional não regenera ninguém. Se já são malandros, vão sair de lá com mestrado em malandragem.
E os empresários o que dizem? Acredito que vários deles estão ansiosos por fazerem delação premiada. Fiz questão de não ouvi-los nessa matéria, até mesmo para não colocá-los no olho do furacão que funciona nos bastidores deste sistema corrupto e implacável que abunda por aí desde a época de Cabral.
A grande maioria são pessoas de bem que lutam com unhas e dentes para defender e valorizar a sua propriedade e, muitas vezes, tem que se submter a essa selvageria toda e com essa canalhice que se faz com o dinheiro público.
Alguém pode pensar que estou bravo, muito pelo contrário, estou tranquilo, livre, leve e solto com a Consciência tranquila, como a consciência de um bebê que não vê maldade, mas não aceita em hipótese nenhuma que faltem com a VERDADE...
E o preço do quilômetro que estão sendo pagos por aqui? Sobre esses valores, vamos deixar para a próxima...
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E verdade essa política de São miguel tá uma merda o município tá de mau a pior. Essa semana tinha uns amigos pescando na prainha de São miguel e quem tava lá a ambulância da prefeitura pescando 10 horas da noite se precisar de uma emergência como ligar a Tim lá não pega e aí
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Acabei de ver sua matéria sobre o transporte publico do município, em especial uma foto do Ipiranga - só pra complementar sua matéria, o ponto de ônibus da foto, que ainda está em obra e uma obra com doações e mão de obra da comunidade, pois até então as crianças não tinham local adequado, pois o velho pontinho de ônibus depois de destruído pela prefeitura, nunca mais foi reformado.