Da Assessoria - Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional - A Itaipu Binacional encerra nesta sexta-feira (23) sua participação na oitava e maior edição da história do Fórum Mundial da Água (FMA). Desde o último fim de semana, mais de 100 mil pessoas, de 172 países, passaram pela estrutura montada junto ao Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília (DF).
A empresa esteve presente em quatro side events, três reuniões temáticas, duas regionais e três especiais, além da participação no Fórum Cidadão e no espaço Planetário. O estande da binacional no espaço feira registrou atendimentos a mais de duas mil pessoas, que realizaram o tour virtual pela usina ou receberam informações sobre as iniciativas sustentáveis da empresa.
Para o presidente do Conselho Mundial da Água (CMA), Benedito Braga, o 8º FMA foi um sucesso, registrando a participação de 12 chefes de estado, 70 ministros e vice-ministros de 56 países, 83 juízes e promotores de 57 países, além de parlamentares, autoridades locais, sociedade civil e participação expressiva de profissionais e técnicos envolvidos com a temática da água.
“E a Itaipu desempenhou um papel muito importante no apoio que deu à realização desse evento e na organização de seções relacionadas ao desenvolvimento socioeconômico. A água é um recurso natural importantíssimo para a geração de empregos, para a redução da pobreza e o desenvolvimento de qualquer país. E fico muito feliz em ter esse parceiro de longa data também trabalhando conosco neste FMA”, afirmou Braga.
O diretor-executivo da Agência Nacional de Águas, Ricardo Andrade, também elogiou a participação da binacional no evento. “A Itaipu está conosco desde quando iniciamos essa caminhada, em 2011, ainda na 6ª edição do FMA, em Marselha. Foi uma das primeiras a embarcar neste projeto. Contamos com a Itaipu não somente com ação efetiva e essencial para a definição do conteúdo de muitas das seções do fórum, mas também como parceiros na estruturação do evento.”
Vitrine planetária
Na avaliação do coordenador do Fórum Cidadão e governador do CMA, Lupércio Ziroldo Antônio, a participação da sociedade civil foi o grande diferencial desta oitava edição, que foi uma oportunidade para mostrar ao mundo que o Brasil já envolve a sociedade nos processos de gestão da água, com mais de 230 comitês de bacias hidrográficas e outros organismos.
Para ele, a Vila Cidadã proporcionou um ambiente gratuito com muitas atividades e ações ligadas aos cuidados com a água, especialmente voltadas a crianças e jovens, que corresponderam a 40% do público do evento.
“A proposta foi levar o cuidado com a água ao cidadão comum e a Itaipu tem um grande exemplo de envolvimento do cidadão, que é o Cultivando Água Boa. Você não consegue êxito na gestão da água se não envolver o cidadão. A gestão de água se faz sempre. E para se ter uma gestão perene, tem que envolver o cidadão”, resumiu, destacando que, das 60 soluções mundiais apresentadas no Mercado de Soluções da Vila Cidadã, quatro eram projetos da Itaipu.
Avaliação
Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna, a participação da binacional, assim como a realização geral do oitavo fórum superou as expectativas. Segundo ele, é importante que uma hidrelétrica desse porte participe das discussões internacionais em torno da temática da água porque as usinas de fonte hidráulica têm a função de firmar energias intermitentes, como a solar e a eólica.
“Essa energia firme pode ser hidrelétrica, nuclear ou térmica. Mas as usinas hidrelétricas com reservatório, se forem construídas e operadas com os devidos cuidados sociais e ambientais, como no caso de Itaipu, podem estar em harmonia com o meio ambiente e promover o desenvolvimento”, afirmou. “Acho que Itaipu marcou presença como empresa que gera energia limpa e sustentável e, principalmente, como um exemplo a ser seguido por outras hidrelétricas no Brasil e no mundo.”
O diretor-geral paraguaio, James Spalding, acrescentou que a geração hidrelétrica é fundamental para o atingimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas. “Os ODS da água e energia contribuem para os outros 15 objetivos. Se queremos realmente erradicar a pobreza no mundo, que é o ODS 1, precisamos contar com energia limpa e renovável para garantir o desenvolvimento sustentável do planeta.”
O diretor de Coordenação, Newton Luiz Kaminski, além dos eventos que compuseram a agenda do FMA, destaca a participação da binacional na reunião extraordinária do CMA e em encontros que estreitaram a parceria da empresa com o PNUD e a UNDESA.
“Nesses eventos e no contato com essas organizações internacionais, a gente percebe que há muito o que se fazer no mundo e há uma carência por exemplos concretos. E a percepção sobre Itaipu é que se trata de um caso absoluto de sucesso. Creio que devemos prosseguir nessa linha de fazermos muito além de nossas obrigações legais e encarar os desafios de nossa região, agora ampliada para 54 municípios. Temos, portanto, muito ainda a contribuir.”
Kaminski, em consonância com seu par paraguaio, o diretor de Coordenação Executiva Pedro Domaniczky, elogiou o esforço e o trabalho conjunto de todas as áreas da Itaipu que contribuíram para o evento, de ambas as margens, apontando uma evolução na forma como a empresa se apresenta, não apenas com projetos brasileiros ou paraguaios, mas com ações binacionais.
“Que melhor exemplo de compartilhar água, temática central do fórum, do que Itaipu Binacional?”, questionou. “Brasil e Paraguai são países que iniciaram esse conceito de compartilhamento e posteriormente o ampliaram com ações de conservação e desenvolvimento territorial. E as experiências compartilhadas em vários eventos de diversos níveis durante o FMA dão uma ideia da transversalidade dessas ações dentro das várias áreas que compõem a Itaipu”, concluiu.
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Fotos
Crédito: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional.