E o pior dos piores é que, de fato, ele apareceu com isso aí na mão, um dia após a prisão do Lula, dizendo que estava ofertando ração aos simpatizantes da candidatura do ex-presidente. Ou seja, um ato típico de Guri pançudo que não tem compromisso com nada – não tem uma visão de mundo – seus pensamentos e atos podem ser considerados como imundos, profanos e desumanos.
O que fazer? Um dos primeiros passos que um ser humano consciente e que busca a elevação deve fazer é libertar-se desse tipo de gente displicente e inconsequente, por meio do perdão.
Aquilo que o Mestre falou: “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem”. Quando você perdoa, mentalmente você se desliga dessa pessoa que tenta te atingir – isso faz com que os seus ataques não chegue até você. Ou seja, por meio do perdão, além de nos libertar deste tipo de comportamento brutal e desumano é como se você construísse uma barreira mental/espiritual que o mantem protegido numa outra dimensão.
O que ele tem feito por aí e existem dezenas de vídeos rodando nas redes sociais comprovam isto. É típico de um “guri”. Um adolescente daqueles que não gostam de estudar – e que, de vez em quando gosta de pegar em armas para se sentir mais seguro. Ele gosta de ser fotografado com uma farda, com uma arma na mão, apontando o dedo e dizendo que gosta de resolver tudo na bala. “Temos que matar pelo mínimos uns 30 mil”, diz ele num dos vídeos. Um “filhote da ditadura” que nasceu em berço esplendido, não sabe quanto custa um quilo de arroz e de feijão e não tem a mínima noção do que significa o sentimento de compaixão.
Ele diz o que pensa com o intuito de se divertir, dar sonoras gargalhadas e atrair para o seu rebanho os involuídos e destituídos de grandeza de espírito. Para ele, ofender milhares de pessoas que de uma forma ou de outra foram beneficiadas pelos excelentes oito anos de Governo Lula, é uma diversão – como se dissesse: “o golpe nós já demos, nós podemos e nem que seja na bala vamos continuar subjugando, usando e abusando...”
O que fazer? Lógico que é preciso agir, trabalhar e ajudar cada vez mais para que esse tipo de mentalidade alienada e putrefata não continue proliferando e contaminado ainda mais, principalmente a nossa juventude. Mas, temos que tomar o maior cuidado, afinal, estamos lidando com um ser humano INVOLUÍDO, que demonstra ter no seu DNA resquício de uma cultura fascista cujos fins justificam os meios.
Para ele o CAPITAL, o direito a propriedade não deve ter função social – deve ser apenas arma mortal para separar e demonstrar que nem todos tem o direito de fazer três refeições por dia. Para ele, o capital não pode ser um meio de união e integração – e sim, ser usado como meio de segregação, mandando, desmandando e se locupletando sempre na mesma direção.
Veja que esse seu comportamento que muitos consideram destemido e os tem nas suas páginas sociais como “mito”, começou fazendo escola e doutrinando os demais dentro da sua própria casa. A Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o denunciou no último dia 12, pelo crime de racismo. A denúncia refere-se ao discurso que ele fez no Rio de Janeiro, em que ofendeu quilombolas. Vale salientar que ele já foi condenado em ação por danos morais.
Em abril do ano passado, ele fez uma palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, na qual, segundo a Procuradoria, “ofendeu e depreciou a população negra e os indivíduos pertencentes às comunidades quilombolas, bem como incitou a discriminação contra esses povos”.
Na ocasião, ele afirmou que visitou uma comunidade quilombola e “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”. Ainda citando a visita, disse também: “Não fazem nada, eu acho que nem pra procriar servem mais”.
Segundo Raquel, ele tratou com total menoscabo os integrantes de comunidades quilombolas. “Referiu-se a eles como se fossem animais, ao utilizar a palavra arroba”.
Procurado pela imprensa, em nota ele diz que não quis ofender ninguém.
- “Se faz brincadeira hoje em dia, tudo é ódio, tudo é preconceito. Se eu chamo você de quatro olhos, de gordo, não tô ofendendo os gordos do Brasil. Eles querem fazer o que na Alemanha já existe: tipificar o crime de ódio. Para mim pode ser, e pra você pode não ser”, diz ele.
Se o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia e condená-lo por racismo antes de outubro, Bolsonaro - em segundo lugar nas pesquisas - poderia ficar inabilitado para disputar as eleições.
Bolsonaro poderia ser condenado a uma "pena de reclusão de um a três anos" e a procuradora-geral Raquel Dodge pede "o pagamento mínimo de R$ 400 mil por danos morais coletivos", afirma em comunicado a PGR.
Ou seja, não está nem aí com qualquer tipo de reação que possa advir do outro lado, como se fosse um Soberano, um ditador que está acima de tudo e de todos. O dialogo que a Procuradora transcreve na denúncia, contra o seu filho que também foi denunciado, onde ele ameaça uma jornalista, é estarrecedor. (continua)
João Maria Teixeira da Silva