Ao compartilhar nas redes sociais ontem (23), uma matéria de cunho político, confesso que as minhas preocupações que já eram grandes, aumentaram ainda mais diante do ódio destilado e do verbo utilizado pelos que pensam diferente, que é bom que se diga, uma manada desgovernada que por onde passa com os seus rugidos, chifradas e grunhidos, demonstram não só despreparo, - mas também, um desvairado preconceito que já está desaguando na luta de classe, de raça e de cor – ou seja, estão dividindo o país ao meio.
Foto: Internet - Ao nos aprofundar um pouco mais nesta questão, e fazendo uma comparação com o verbo hoje utilizado e a música, por exemplo, vamos observar que a música que se curte no momento, principalmente se a relacionarmos com a que se curtia no passado, podemos verificar claramente uma separação – além de diversidade e desacordos fundamentais.
A música de ontem nos soava como algo que buscava a pacificação; a de hoje, no entanto, é muito mais revolucionária, como se estivéssemos no estágio inicial de luta. Ou seja, hoje no nosso verbo, principalmente nas redes sociais, onde cada internauta acha que é Juiz da Suprema Corte, Promotor, Professor, Escritor, Poeta, Jornalista e os cambaus, predomina a dissonância, o desiquilíbrio dos ritmos e dos tons.
O que isso significa? Tudo isso exprime o atual ciclo biológico por que estamos atravessando onde o verbo está nos mostrando claramente que estamos nos encaminhando para a destruição coletiva, para a decadência moral – ou seja, queda evolutiva do materialismo, até por que, quem mais destila ódio hoje nas redes sociais são os que mais têm, e mais querem.
Por falta de uma Educação mais espiritualista do que materialista, eles não conseguem enxergar e nem sequer imaginar o que existe além das suas porteiras – estão tão entretidos em saber quanto rendeu a sua poupança bancária que nem percebem que com atitudes assim estão se afastando cada vez mais dos superiores ritmos divinos que nos aproximam de Deus.
Mesmo tendo tudo, estão cegos pelo desejo de possuírem ainda mais, esquecendo que ao lado da sua casa, na periferia da sua cidade, existem almas, existem vidas que lutam desesperadamente para viver com dignidade e proteger o seu bem maior – a sua Família, as suas Vidas.
O interessante desta história toda, é que diante deste caos todo – indicando que se algo não for feito com urgência, urgentíssima para reverter essa situação – podemos ter uma revolução, trazendo ruína e destruição.
Eu diria que, poderemos ter momentaneamente um sacolejo sim, - mas logo em seguida esse saculejo poderá transformar-se em reconstrução, com elementos novos tocando o barco em diversas posições - consequentemente, com bases mais largas e objetivas, com as cores mais distribuídas e dirigidas para fins mais elevados.
O nosso grande problema é a dimensão territorial, o conflito de interesses entre o sul e o norte poderá aprofundar esta desordem e na sequência termos rupturas na Federação. Alguém poderia dizer – esse problema não existe, temos o Exército para garantir a ordem e banir a desordem.
Ledo engano. Vejam o exemplo da intervenção no Rio em curso atualmente. O militar é formado para ser combatente de guerra e mesmo tendo uma formação disciplinada e rígida, não está preparado para fazer essa ligação, esse trabalho de ressocialização envolvendo marginais e o tráfego de drogas.
Outra leitura que precisa ser feita com urgência, é as intromissões externas no Judiciário por essas corporações que visam a nossa divisão e falta de união, justamente para se apropriarem das nossas riquezas naturais. Que história é essa de Magistrado fazendo palestra e cobrando polpudos honorários pagos por empresas particulares? O que é que essas corporações querem em troca?
A quem interessa, por exemplo, o que esse despudorado, safado e golpista que hoje usurpa as funções de Presidente da República está fazendo com o nosso Petróleo, com as nossas riquezas naturais, com as nossas estatais?
Há pouco mais de um ano, tínhamos duas refinarias praticamente pronta; as reservas do Pré Sal e hoje? Tudo está sendo leiloado e entregue a preço de banana para as petrolíferas internacionais. Para eles terem feito isso do outro lado do mundo, o custo teria sido altíssimo envolvendo guerras e destruição – aqui não – apenas treinaram agentes disfarçados para usarem como arma o combate à corrupção.
Aliás, urgente, urgentíssimo, se faz necessário que não só os nossos Legisladores, Juízes, Promotores, Professores e todas as pessoas de bem desse país se envolvam em temas corporativos evolutivos que tenha como base a solidificação de bases firmes para o reerguimento da Nação, como um todo.
O Conselho Nacional de Justiça, por exemplo, tem que ser mais atuante e jamais permitir, pelo mínimo que seja o desvio de conduta dos seus Magistrados.
Lei é lei, e se existe, é para ser cumprida e não para ser interpretada, dependendo da classe social, de quem está sentado no banco dos réus. Cito, como exemplo, o que aconteceu quando foram divulgados os áudios da conversa entre o ex-presidente Lula e a ex-presidente Dilma.
Ali se cometeu um crime mortal de lesa Pátria e contra a Democracia, contra os direitos fundamentais da pessoa humana previstos na Constituição. Em qualquer país civilizado do mundo, o juiz que cometeu esse ato falho seria afastado das suas funções e mandado de volta para casa para cuidar do seu jardim, das suas plantações.
Se a Justiça não tivesse negligenciado ali, naquele momento, a realidade do país hoje seria outra e não estaríamos agora catando penas que foram levadas pelo vento, culpa do apadrinhamento, do corporativismo de classe, fruto da nossa falta de discernimento.
O que deveremos fazer? Sobre o que fazer, voltamos na próxima...
João Maria Teixeira da Silva