A comitiva com representantes de 18 estados europeus fez uma visita técnica à usina hidrelétrica na tarde desta quarta-feira (2).
Da Assessoria - Fotos: Nilton Rolin / Itaipu Binacional - Embaixadores de 18 países da União Europeia visitaram Itaipu na tarde desta quarta-feira (2), para conhecer os aspectos técnicos, socioambientais e tecnológicos da maior geradora de energia renovável do planeta, além de aprender sobre a integração entre Brasil e Paraguai, que possibilitou a criação da usina hidrelétrica. A comitiva foi recebida pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Marcos Stamm, no Edifício de Produção
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A visita faz parte da programação de uma série de encontros que os embaixadores estão fazendo no Estado do Paraná ao longo de 2018. Depois de Itaipu, eles têm compromissos com representantes do governo do estado, das indústrias e de universidades, em Curitiba. Os encontros no Paraná ganham relevância devido à iminente criação de um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e União Europeia.
“O acordo será revolucionário no sentido de aumentar e qualificar o relacionamento entre os dois blocos. O Paraná está no centro do Mercosul e, por isso, poderá se beneficiar comercialmente da aproximação com os países europeus”, afirmou o embaixador da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho, que lidera a missão diplomática no Paraná.
Para Marcos Stamm, a visita do bloco europeu é simbólica, por conta das características da usina hidrelétrica binacional. “A Itaipu simboliza a união de dois países e isso, naturalmente, reflete na imagem do Mercosul. É esta relação que os embaixadores europeus querem conhecer, em um momento em que aumentam os laços entre os blocos”, disse.
Depois da recepção no Edifício de Produção, os embaixadores fizeram uma visita técnica à usina, passando pela barragem principal, a Sala de Controle Central, a Sala de Despacho de Carga, o hall dos geradores, o eixo da unidade geradora e o leito do rio.
Três aspectos
Para João Cravinho, a visita à Itaipu se fundamenta em três aspectos: integração, sustentabilidade e tecnologia. “A cooperação internacional é fundamental para superarmos problemas históricos. Na Europa, passamos por várias guerras até criarmos a União Europeia. Hoje em dia, fazemos tudo em conjunto”, afirmou Cravinho. “Aqui também foi palco de uma guerra muito grande no passado, mas que hoje está completamente superada por conta deste projeto extraordinário que é a Itaipu”.
A comitiva, na visão do embaixador, tem também interesse em desenvolver novas plataformas de energia renovável em seus países e trocar experiências com Itaipu. “Todos nós temos obrigação de buscar formas mais sustentáveis de gerar energia, que diminua a nossa dependência dos combustíveis fósseis. Itaipu produz uma quantidade imensa de energia limpa e é um grande exemplo que precisamos seguir”.
“Finalmente”, concluiu Cravinho, “Itaipu é uma das maravilhas do mundo em relação à engenharia, mas isso já ficou para o passado. Agora, ela passa por um processo de transição do analógico para o digital, o que gera várias possibilidades de cooperação com os países europeus”.