Posse de Jorge Callado, nesta quinta-feira (17), estreita relações do novo diretor com o Oeste do Paraná
Da Assessoria - fotos: Kiko Sierich/PTI. A solenidade de transmissão de posse para o novo diretor do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Jorge Augusto Callado, nesta quinta-feira (17), representa um estreitamento da relação entre ele e Oeste do Paraná, iniciada já nos tempos de faculdade, em estudos que desenvolveu na região, até uma série de trabalhos realizados em cargos que ocupou em sua carreira.
A cerimônia de posse, no Cineteatro dos Barrageiros, foi de breve duração, mas reuniu autoridades da Itaipu, de universidades e dos municípios da região. Conforme definiu o próprio Jorge Callado, não era uma solenidade festiva, mas técnica. Ainda assim, a posse foi bastante prestigiada e lotou o auditório. “Missão você não escolhe, missão você cumpre. E é uma honra fazer parte do PTI”, afirmou o novo diretor, em seu discurso. Indicado pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu, Marcos Stamm, e referendado pelo Conselho Curador do PTI, Jorge Callado assume no lugar de Ramiro Wahrhaftig.
Stamm comentou que, assim como foi mencionado, quando foi indicado diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Callado também foi uma “solução caseira” para o PTI. O novo diretor superintendente do Parque era assessor de Stamm na Diretoria Financeira Executiva da hidrelétrica. “Eu perdi o assessor, mas o PTI ganhou um profissional extremamente qualificado, que vai se dedicar muito”, disse Stamm. O diretor de Itaipu disse que conhece Jorge Callado há muito tempo, e, por isso, pode atestar sua competência, tanto pelos cargos de gestão que ocupou como a pessoa que é. Stamm lembrou que não é possível dissociar Itaipu e PTI, e que o Parque atua para dar condições à usina de cumprir sua missão que foi ampliada a partir de 2003 e prevê um compromisso ainda maior com a sociedade e a região.
Mesmo antes de assumir oficialmente a diretoria, desde o início desta semana Callado participou de reuniões com os diretores administrativo-financeiro, João Biral Junior, e técnico do PTI, Claudio Osako, para ficar a par do andamento dos projetos do Parque. Sobre a sua gestão, o novo diretor superintendente do PTI declarou que ainda não definiu prioridades específicas, mas que pretende dar atenção especial a questões relacionadas à área de Tecnologia da Informação, Gestão Urbana e Recursos Hídricos. Além disso, como especialista na área ambiental, deseja trazer seu know-how na área ao PTI como contribuição nos projetos em desenvolvimento.
A relação com a comunidade também é um ponto de destaque. De acordo com ele, os conhecimentos produzidos, se não são aplicados, são anulados. “Nós temos um corpo técnico com elevado capital intelectual e não podemos perder a oportunidade de promover melhorias para as pessoas e a região, com base em todas as nossas informações técnico-científicas”, ressaltou.
Em relação à transição de diretoria do Parque, o presidente do Conselho Curador do PTI, Jorge Habib El Khouri, comentou que “mudanças acontecem e são oportunidades para que elementos sejam agregados ao projeto, para que haja uma mistura de visões”. Pra ele, Ramiro Wahrhaftig, que ficou 12 meses no cargo, agregou uma nova visão ao PTI. E complementou: “Jorge Callado tem o desafio de “estabelecer mais um andar nesse edifício do conhecimento”.
Homenagem
Na cerimônia, Ramiro Wahrhaftig recebeu uma homenagem do PTI: um troféu na forma do Globo das Bandeiras, monumento do Parque. Em discurso, Wahrhaftig afirmou que estar à frente da gestão do PTI foi uma experiência única e que aprendeu a admirar as iniciativas aqui desenvolvidas. Ele disse ainda ter certeza de que, nos próximos 20 anos, o PTI será referência mundial em tecnologias sustentáveis voltadas ao desenvolvimento regional.
Logo após a solenidade, os colaboradores do PTI também homenagearam Wahrhaftig com o plantio de uma quaresmeira no Bosque dos Visitantes, para eternizar a passagem dele no Parque, não apenas como conhecimento, mas também em forma física, por meio do crescimento de uma árvore.
Veja mais sobre Jorge Callado
Graduado em Biologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1988), Jorge Augusto Callado é especialista em Gestão e Planejamento Ambiental; especialista em Limnologia; especialista em Planejamento e Gerenciamento Ambiental; e mestre em Gestão Urbana.
Desde 2011, ele é presidente do Conselho Regional de Biologia do Paraná e conselheiro estadual de Meio Ambiente (desde 2008). Foi conselheiro de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense (2015-2018) e conselheiro estadual de Recursos Hídricos (2011-2013). É professor das disciplinas de Gestão Ambiental e Ecologia.
Entre os cargos que ocupou, estão o de diretor de Saneamento Ambiental da SUDERHSA-Instituto das Águas do Paraná (2003-2010); coordenador estadual de Resíduos Sólidos-SEMA-PR (2004-2005); secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná (2010); superintendente do Ibama no Paraná (2012-2015); assessor técnico para área de Meio Ambiente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo SUL-BRDE (2015-2017); e assessor técnico da Diretoria Geral Brasileira da Itaipu.
Sobre o PTI
O PTI atua no desenvolvimento econômico e social do Oeste do Paraná por meio de iniciativas diversas, como a geração de empregos, com o estímulo a novos negócios e ao turismo sustentável. O apoio à educação também é uma das prioridades do Parque, onde é feita a iniciação científica de crianças e adolescentes, formação técnico-profissional de jovens e o apoio à viabilização de mestrados e doutorados com foco em demandas da região. Na área de armazenamento e produção de energia, realiza pesquisas com fontes renováveis, como biogás e hidrogênio e presta apoio à Itaipu no domínio de tecnologias, principalmente nos quesitos de automação e segurança de barragens.
Nos municípios, o PTI dá suporte ao planejamento das prefeituras para a elaboração de planos de saneamento, resíduos sólidos, mobilidade urbana e captação de recursos, e investe em tecnologias sustentáveis, com pesquisas voltadas ao agronegócio, mapeamento georreferenciado da região e mobilidade elétrica. Na temática de inclusão social e produtiva, são apoiados mais de 500 pequenos produtores nas esferas da agricultura familiar, com a comercialização, beneficiamento e distribuição de produtos.