O futebol é realmente uma caixinha de surpresa. Seja na várzea, num campeonato regional ou numa Copa do Mundo, essa gorduchinha chamada “bola”, cujo formato nos lembra do Universo com todas as maravilhas da criação, tem a capacidade de arrastar multidões, parar guerras e despertar sentimentos incontidos no ser humano das mais diferentes raças, classes sociais e gêneros.
Não sei se foi o clima de Copa do Mundo, onde estamos vendo a Seleção Brasileira e aquela garotada bronzeada colocando a alma no bico da chuteira, ou algum motivo “extrassensorial” que muitas vezes nos dá a graça da sua presença – mas o fato é que, ontem (04), tivemos um “partidaço” na AABB.
O placar de 12 x 02, a favor dos comandados de Pitico, Flávio, Renan, Nei e Cia., não traduz o que foi o jogo em si, cujo placar poderia ser 12 x 12, ou 12 x 10. E o que fez essa diferença?
É verdade que todo o time correu, se esforçou e demonstrou um espírito de equipe como nunca se viu antes. Mas, o que fez a diferença mesmo para que o placar tivesse essa elasticidade foi à noite inspirada do goleiro Magno e a pontaria certeira de Flávio e Cia., lá na frente.
Lembrando que nesta foto, eu estou atrás da máquina fazendo o clik..
O nosso “goleiraço” simplesmente fechou o gol – e o mais importante, vibrando e contagiando a equipe o tempo todo, como se dissesse para cada um em campo: “Faça da vida um jogo de futebol… Chute as tristezas, drible as dificuldades e marque gols de alegria”. E para fechar o placar com chave de ouro, o zagueiro Pitico, desarmou, tabelou com Renan e quando o goleiro esperava uma pancada, com um toque sutil mandou para o fundo da rede. “Esse eu dedico ao meu filho Lucas, outro apaixonado pelo esporte que em virtude dos estudos não pode estar presente”, me dizia ele. Lucas, seu filho, também joga no time e é atacante.
É por essas e outras que o Chico Anysio já dizia: “Deus me deu dois prazeres: entender de futebol e de humor”. E entre as nobres frases que enobrece e enaltece esse esporte, lembrou essa que também reflete a tenacidade e a vontade dessas feras ontem em campo. “Não é a vontade de vencer que importa? Todo mundo tem isso. O que importa é a vontade de se preparar para vencer”.
Parabéns Garotada! Do outro lado só nos resta elogiar também a garra e a determinação dos nossos adversários que até o último segundo, jogaram como se o placar estivesse em zero a zero, demonstrando que está certíssimo quem disse que: “Ninguém marca um gol sentado no banco de reservas. No jogo da vida, você tem que estar ativo, em campo, chamando a responsabilidade pra si”. Parabéns Diógenes, Bolinha, João Carlos de Mello e Cia., pelo espírito esportivo e elevado senso de amizade e companheirismo, sintetizando o que diz Augusto Branco: “Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras”.