Na última sexta-feira (03), estive visitando o empresário João Carlos Raimundi, Diretor proprietário da Metalúrgica Raimundi e técnico da equipe que lhe empresta o nome. O motivo da visita foi ver como estava o seu espírito esportivo, uma semana depois da final do InterFirmas, onde, surpreendentemente a sua equipe não ficou com o primeiro lugar, depois de ter conquistado essa competição por 10 vezes.
No ramo da Metalúrgia, assim como no esporte, nos lembra que começou muito cedo e, em outros tempos, segundo ele, sonhava em ser jogador de futebol. “Comecei a trabalhar nesse setor aos 16 anos de idade, pelas mãos do meu pai, numa empresa familiar que iniciou com apenas dois funcionários”, relembra – hoje a empresa conta com 25 funcionários e uma das perguntas que é feito na entrevista para quem quer entrar – “é se a pessoa gosta de esporte”, ressalta.
O encontrei no seu escritório particular dentro da empresa no Parque Industrial, cercado de troféus por todos os lados, tranquilo, fazendo planos e demonstrando que não só nos negócios, como também no esporte, ainda tem muita lenha para queimar. “Às vezes as pessoas me perguntam por que essa vontade de vencer não só no esporte como em todos os setores da vida”, me dizia ele.
Para em seguida, ele mesmo responder: “Em qualquer atividade e, no esporte em particular, se não entrarmos com o espírito de vencedor, o próximo passo será o fracasso. Temos que ter a vontade de vencer. Se a vitória não vem – usamos a derrota para fazer uma avaliação mais criteriosa dos pontos onde erramos”, sintetiza.
“Temos vencido praticamente todas as competições que participamos. E muitas vezes, precisamos de uma ou outra derrota para valorizar ainda mais as vitórias que conquistamos”, avalia.
“Disputando as competições de Foz nos últimos três anos, onde o nível é altíssimo pelo potencial da cidade, por exemplo, conquistamos nada mais nada menos do que oito títulos, ganhamos dois carros, quatro motos e o reconhecimento regional nessa modalidade. E não é só na categoria livre. Hoje temos estendido o nosso trabalho as categorias de base (sub 13 e sub 14), onde já contabilizamos diversas conquistas”, descreve.
Descrevendo de memórias as mais diversas conquistas que já obteve nos últimos 20 anos, demonstrando que o futsal é parte integrante da sua mente. “Em Missal, já conquistamos 11 regionalitos; cinco vezes fomos campeões em Itaipulândia; duas vezes em Matelândia; duas vezes em Céu Azul; duas em Medianeira; uma vez em Santa Helena e Toledo; somos tri-campões do Torneio Robson da Costa; duas vezes TRI do Campeonato Rádio Jornal; Campeão do Torneio Limírio Martines da Silva; quatro vezes campeão municipal e recentemente, novamente campeão do Troféu Rotativo Rádio Jornal”, relembra.
Com relação ao futebol, vale salientar que João Carlos foi Secretário de Cultura e Esportes durante o Governo do Eli Ghellere e Nélio Binder por um período de um ano e meio. “Nessa época, confesso que tinha um plano ambicioso para o futebol, tanto é que trouxemos para São Miguel o Projeto Ricardinho. Nossa intenção era revelar talentos e formar uma base de trabalho permanente na região. Vejam que atletas como Paulo Miranda e Bruno Henrique, que hoje são destaques no cenário nacional faziam parte deste projeto em nossa cidade”, citando em seguida, diversos outros nomes que hoje fazem sucesso tanto no futsal como no futebol de campo.
Não o vejo assistindo os jogos do Amarelinho do Oeste, logo você que é um amante desse esporte da bola pesada. O que houve? “Meu desejo inicialmente era estar junto nesse projeto – mas com os pés no chão. Iniciar pela bronze, sem nenhum tipo de política envolvida, usando os nossos atletas locais, mesclando com uma ou outra contratação pontuais para dar experiência a gurizada e assim formar uma base sólida para subir e se manter nos outros níveis”, me respondeu, sem entrar em outros detalhes.