Banner dicas de leitura

 
 
   Categorias
  ATLETISMO
  Banco do Brasil
  Brasil
  Cartas do Leitor
  Educação
  Ego Famosos
  ENTREVISTAS
  Esporte
  Eventos
  Familias
  Foz do Iguaçu
  Geral
  Itaipu Binacional
  Lindeiros
  Moda
  Mundo
  Oeste
  Opinião do Leitor
  Policiais
  Politica
  Santa Terezinha de Itaipu
  São Miguel do Iguaçu
  Sociais
  Virtudes e valores
 
     
   Colunistas
Cultura
João Maria
 
   
 
   Previsão
 
 

 
 
 
Envie por email
 
Dia 18 de dezembro, tem eleição para presidência da Câmara. Visitamos o Professor Eliseo Mariano Presa, atual presidente que nos fala sobre essa experiência...
  Data/Hora: 30.nov.2018 - 8h 8 - Colunista: João Maria  
 
 
clique para ampliar

E o que a razão e o coração dizem tratando-se de jornalismo?

É mais ou menos o que já dizia a Rainha Vitória: “nunca se deve encobrir do público circunstância alguma qualquer que seja os inconvenientes da sua divulgação”.

 

No próximo dia 18 de dezembro, o Legislativo Municipal estará realizando a eleição para escolher o nome de quem vai presidir a Casa nos próximos dois anos. Ontem (29), estivemos visitando o atual presidente, Eliseo Mariano Presa. Formado em Educação Física, há 24 anos exerce a profissão de professor e não esconde de ninguém o seu amor pela profissão, tanto é que, prefere ser chamado de Vereador, Professor Presa.

 

Eleito vereador pela primeira vez com uma expressiva votação, mesmo sendo marinheiro de primeira viagem, conseguiu unir em torno de si a maioria, se elegendo presidente da Câmara. Ao ser perguntado, se é candidato à reeleição, não descartou essa possibilidade, muito embora saindo pela tangente: “Ainda não conversamos a respeito”, repetindo o velho chavão de que em política, “tudo muda do dia para a noite de acordo com o sabor dos ventos”.

 

Ou seja, ao contrário do que muitos afirmam, pelo visto, pegou gosto pelo poder e, mesmo sem muito esforço, tudo pode acontecer até o dia 18. “É possível que possamos ter um retrocesso dia 18?”, lhe perguntei - e sem mudar a feição do rosto, fez de conta que não entendeu a pergunta, desconversou e voltou a afirmar: “nossa gestão nesses dois anos foi marcada pela transparência. Em 2017 dos valores que nos foram repassados devolvemos ao Executivo, R$ 1.800.000,00 para ser aplicado em favor da população. E, o mais importante, sem barganhar ou forçar nenhum tipo de situação”, nos disse, salientando a importância da interdependência dos poderes. “Esse ano deveremos devolver a mesma quantia ou mais – só estamos gastando o estritamente necessário”, ponderou.

 

Em seguida, deu uma silenciada como se estivesse pensando com mais profundidade, para dizer – “a política, ou melhor, ser presidente de uma Câmara de Vereadores não deixa de ser uma experiência muito gratificante – mas, por melhor intenção que possamos ter, temos que seguir um ritual que faz parte da legislação”, deixando claro que num regime democrático, muitas vezes só a vontade de fazer, não resolve, tem que se ter a maioria.

 

Como jornalista, não posso deixar de lhe perguntar sobre o caso de maior repercussão na cidade nesses dois anos que foi a apreensão do carro da Câmara no “suposto envolvimento do mesmo na morte do advogado Damião, em Medianeira – “desde o primeiro momento com relação a esse caso, eu descartei totalmente o possível uso do carro da câmara e isso ficou provado com o laudo pericial de que o que houve foi uma grande coincidência de que o carro usado tinha características semelhantes com o nosso”, afirmou.

 

Mas, temos que admitir que houve prisões, o próprio veículo ficou apreendido por um bom período  e toda uma exposição da imagem da Câmara e da cidade nos meios de comunicação. A Câmara entrou com uma ação contra a Polícia Civil por toda essa situação? “Não entramos, até por que, o delegado que cuidou do caso foi muito cuidadoso nessa abordagem. Ele chegou e nos disse – as câmeras da rodovia detectaram a passagem de um veículo com características semelhantes e precisamos levar o veículo para que a perícia possa fazer averiguações”, relatou, não demonstrando nenhum tipo de desconforto com a pergunta.

 

Sobre esse tema, eleição do novo presidente da Câmara, voltamos na semana que vem com novas abordagens, sempre preocupado, é claro, para que não haja retrocesso nessa escolha, tendo em vista que esse é um dos Poderes mais importante do Sistema Republicano.

 

A sua grandiosidade fica evidenciada não só pela função de falar em nome do povo – mas, principalmente em legislar e criar leis, como também, fiscalizar o Executivo na boa aplicação dos recursos públicos que é de todos. Sem contar é claro, que é um Poder que em questão de dias, ou até mesmo meses, pode destituir não só os seus próprios pares, como também o Chefe do Executivo.

 

Sempre é bom salientar que, nos regimes democráticos, onde o confronto das ideias e a crítica da opinião pública estão sempre presentes, o que predomina e tem que ser respeitado é a decisão da maioria.

 

Sempre é bom lembrar que nem sempre foi assim. Houve tempos em que os parlamentos eram formados pela nobreza e o clero, as pessoas influentes que eram convocadas pelo soberano e falavam em nome do povo da sua região.

 

Aliás, falando sobre a importância do Legislativo, me lembro de que a última matéria com mais profundidade que fiz com o presidente Professor Presa, foi em 2017, onde eu dizia:

 

 

“Sobre a matéria que estamos elaborando, por favor, não nos leve a mal, o nosso objetivo é dinamizar, lutar pelo nosso crescimento e ao mesmo tempo ajudá-lo a se prevenir de uma série de transtornos que poderão surgir no andar da carruagem”, alertei, ressaltando ainda que a nossa redação sempre foi diferenciada em termos de conteúdo, tendo em vista que tudo o que escrevemos vem com a supervisão das nossas bússolas interior – razão e coração.

 

 

E o que a razão e o coração dizem tratando-se de jornalismo?

É mais ou menos o que já dizia a Rainha Vitória: “nunca se deve encobrir do público circunstância alguma qualquer que seja os inconvenientes da sua divulgação”.

 

 

Aliás, sobre esse assunto, o nosso saudoso Rui Barbosa – em seu belíssimo artigo: “A imprensa e o dever da verdade”, nos dá uma verdadeira aula de civilidade e amor pátrio falando sobre “a moral dos povos livres”. Segundo ele, Deus deixou ao homem três âncoras: “o amor à pátria, o amor à liberdade e o amor a verdade”.  “Nenhum país salva a sua reputação com abafos, encobertando as matilhas da corrupção”.

 

 

Essa passagem é lembrada por Rui para relatar um fato que aconteceu em 1854, durante a campanha da Criméia. O jornal Times, não hesitou em se posicionar contra a administração militar da Grã-Bretanha, sustentando que o seu serviço era infame; que os soldados enfermos não achavam nem camas para dormir; que o exército, gasto e desmoralizado, não tinha, em Balacrava, nem onze mil homens capazes de entrar em combate.

 

 

Russel, o famoso correspondente do jornal na época, perguntou ao seu Diretor: “Que hei de fazer? dizer estas coisas ou calar?” O Diretor não hesitou na resposta, recomendando-lhe, com energia, “falar a verdade, sem indulgencia, nem receio”.

 

 

Para o Diretor, dizer a verdade seria o meio de cura, o remédio que os soldados estavam necessitando naquele clima de abandono e infortúnio.  Muitos outros órgãos de imprensa chegaram a divulgar na época que o exército deveria linchar aquele correspondente de guerra.

 

 

E o que houve? A Câmara dos Comuns, equivalente hoje ao nosso Congresso Nacional, mandou abrir em 1855, um inquérito sobre a situação do exército para apurar o que o repórter tinha relatado.  O Gabinete todo caiu devastado pela campanha do temível órgão londrino.

 

 

As mais eminentes autoridades militares declararam que ele, “exercendo com fidelidade ao publicar os problemas da tropa, salvara o resto do exército inglês”.

 

 

A Rainha Vitória em correspondência endereçada a redação do jornal, agradeceu o valioso apoio do Times, dizendo: “nunca se deve encobrir ao público circunstância alguma, quaisquer que sejam os inconvenientes da sua divulgação”.

 

 

Com relação ao Legislativo e a espinhosa missão do novo presidente, que faço questão de frisar, marinheiro de primeira viagem e que está dando os primeiros passos na vida pública, o remédio para combater todos os nossos males também será esse: “dizer a verdade acima de tudo e nunca deixar que nada seja escondido do público em nenhuma circunstância, quaisquer que sejam os inconvenientes da sua divulgação”.

 
 

 

 

 
 
Deixe seu comentário!
 
 
 
Banner emprego
Rose Bueno Acessórios
Banner violência se limite
Banner Einstein
Bassani
Banner Exposição
Banner pedrão 2018
Banner Mirante