Educadores de Foz e região entregaram documento para a chefia do Núcleo Regional de Educação e definiram agenda de mobilização.
Da Assessoria - Grampo Comunicação - Pedagogos e professores da rede estadual de educação entregaram nesta quarta-feira, 6, documento à chefia do Núcleo Regional da Educação de Foz do Iguaçu (NRE) em que pedem respeito à jornada de trabalho dos educadores. O ato aconteceu simultaneamente em todos os núcleos sindicais da APP-Sindicato no Paraná.
A petição da categoria deverá ser encaminhada para a Secretaria de Estado da Educação (Seed). O texto reúne a legislação que equipara as funções de pedagogo e professor, e, como consequência, a fixação da hora-aula para a contagem da jornada de trabalho, diferentemente da Resolução n° 2/2019 do governo, que impõe a hora-relógio para os profissionais da área pedagógica.
Na carta, os educadores ainda apontam que as novas regras adotadas pela Seed prejudicam estudantes, pais e mães, as direções de escolas e o funcionamento dos estabelecimentos de ensino. Para a categoria, a medida afeta todos os profissionais da educação por retirar direitos assegurados na carreira e atingir a jornada de trabalho de modo geral.
“A questão não se resume a aumentar duas horas e vinte minutos na jornada dos professores pedagogos, mantendo a mesma remuneração. A resolução do governo serve para justificar a elevação do tempo de trabalho para todos os profissionais da escola pública”, aponta a presidenta da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro.
Conforme a dirigente do sindicato, o aumento da jornada de trabalho dos pedagogos instituída pela atual gestão do Governo do Paraná também terá outros desdobramentos. “Desorganiza o planejamento pedagógico nas escolas e legitima a retirada da hora-atividade dos professores”, enfatiza Cátia Castro.
Mobilização permanente
Antes de realizar o ato no NRE de Foz do Iguaçu, o Coletivo de Pedagogos da APP-Sindicato/Foz se reuniu na sede do Sindicato dos Servidores Municipais para debater assuntos relacionados ao exercício profissional dos educadores. Eles elaboraram um calendário permanente de mobilização e atividades.
Além das medidas que afetam a carreira e a jornada de trabalho, com suas implicações na qualidade do ensino, os servidores estaduais debateram pautas como o projeto “Escola sem Partido”. A proposta é vista como uma forma de cerceamento da liberdade de cátedra, da atribuição do professor de ensinar e do direito do aluno a aprender.
O coletivo da educação de Foz do Iguaçu e região ainda abordou a Reforma da Previdência, tema que retornou com força à agenda do Governo Federal e de governadores. Os educadores acreditam que a proposta tornada pública até o momento restringirá o acesso à aposentadoria para trabalhadores das áreas pública e privada.
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