Da Assessoria - Foto: As discussões ocorrem porque a Eletrobras e a Ande (estatal paraguaia) não chegaram a um acordo sobre a contratação de potência de Itaipu para 2019. Sem esse entendimento, alguns compromissos da Itaipu poderão ser prejudicados, como o pagamento dos royalties aos dois países, a dívida da construção e, até mesmo, a remuneração pela energia cedida pelo Paraguai ao Brasil.
A definição de um cronograma de contratação de longo prazo garantiria o recebimento das receitas necessárias para o pagamento das obrigações financeiras de Itaipu até a renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, em 2023, quando a dívida estará totalmente quitada.
Comitiva brasileira responsável pela negociação com os paraguaios e o diretor-geral brasileiro da Itaipu (da esquerda para a direita): secretária Maria Eduarda de Oliveira, embaixadora Eugênia Barthelmess, general Joaquim Silva e Luna, embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva e secretário Mario Augusto de Almeida.
Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, a Itaipu tem papel estratégico e econômico para os dois países. Por este motivo, são grandes as chances de os governos chegarem a bom entendimento.
Segundo ele, mesmo diante desse impasse, a produção de energia elétrica da usina não está sendo afetada. Ao contrário. De acordo com o diretor-geral brasileiro, “o aproveitamento da nossa matéria-prima, que é a água, está em quase 100% para a geração de energia”. E complementa: “Isso significa dizer que a missão de Itaipu está sendo cumprida plenamente no que se refere à sua atividade fim”.
Silva e Luna diz que o encontro é um marco no início da construção de um resultado positivo para os dois lados. “A presença das duas chancelarias demonstra que esse assunto é um problema de interesse binacional.”
Programação
Participaram da reunião pela delegação brasileira o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva; a embaixadora Eugênia Barthelmess; o secretário Mario Augusto Morato Pinto de Almeida; e a secretária Maria Eduarda Paiva Meira de Oliveira.
Pela delegação paraguaia estiveram presentes o vice-ministro de Relações Exteriores, o embaixador B. Hugo Saquier Caballero; o chefe de gabinete da Chancelaria Nacional, embaixador Ricardo Scavone; a diretora da Unidade Geral de Recursos Energéticos, a ministra Martha Moreno; o assessor do Ministério de Relações Exteriores, Alcides Jiménez; e o segundo secretário, Luis Jeronimo Sann, chefe de gabinete do vice-ministro de Relações Exteriores.
Comitiva brasileira responsável pela negociação com os paraguaios e o diretor-geral brasileiro da Itaipu (da esquerda para a direita): secretária Maria Eduarda de Oliveira, embaixadora Eugênia Barthelmess, general Joaquim Silva e Luna, embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva e secretário Mario Augusto de Almeida.