Encontro com o reitor da universidade ocorreu na tarde desta sexta-feira (12), no centro Executivo da usina, em Foz do Iguaçu.
Da Assessoria - fotos: Nilton Rolin/Itaipu Binacional - O diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, teve em seu gabinete o primeiro contato com o reitor da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Gustavo Vieira, na tarde desta sexta-feira (12). Com essa reunião, Silva e Luna reforça o canal de diálogo e interlocução com autoridades e entidades representativas da região.
Parte da estrutura da universidade está instalada no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), assim como a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e alguns dos cursos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
Uma das principais tratativas discutidas pelo diretor-geral brasileiro com o reitor da Unila foi a busca de uma solução para a obra inacabada próxima à entrada da usina, área de segurança nacional, e a conclusão do desvio de acesso às instalações da universidade dentro do Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
A Unila, criada no governo Lula, foi concebida para ter sua sede própria dentro da área da usina, mas a obra, um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, não foi finalizada. A Itaipu, na ocasião, havia oferecido uma sede provisória, no PTI, e ainda um terreno dentro da usina. Na época, o Ministério de Educação acatou a sugestão.
Sem Itaipu, que pagou também o projeto de Niemeyer, Foz ficaria sem a universidade, que, pelos planos originais, deveria ter dez mil alunos (hoje, a universidade possui atualmente 5.817 alunos (5.231 de graduação e 586 de pós-graduação)
Durante as obras da sede da Unila, ocorreram conflitos jurídicos entre o consórcio construtor e a direção da instituição. O projeto parou e a obra, então, apenas recebeu intervenções para conter o deterioramento.
“A ideia é construir uma solução e sugerir ao MEC um caminho”, prontificou-se o diretor-geral brasileiro. Para o reitor da Unila, o que importa é encontrar uma saída. Segundo ele, não cabe proselitismo político num ambiente acadêmico, reforçando que a Unila tem viés muito mais pragmático do que o ideológico, que marcou a sua criação.
Para o general Silva e Luna, não há dúvidas de que dos bancos da Unila, especialmente dos cursos que têm aderência à missão da usina, e das outras instituições, poderão sair muitos profissionais talentosos e preparados. Além de engenharias, dentro da grade da Unila estão diversos cursos – entre eles, o de Medicina.
(da esquerda para a direita) o reitor da Unila, Gustavo Vieira; o diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna; e o diretor de Coordenação, Newton Kaminski.
Mantida por recursos federais, a Unila oferece ensino superior público e gratuito em Foz do Iguaçu, Paraná. Criada pela Lei nº 12.189, de 12 de janeiro de 2010, a universidade ofereceu, em 2019, além de cursos de graduação, cinco de especialização, um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e 11 cursos de mestrado, já aprovados pela CAPES/MEC, em diversas áreas do conhecimento. Em programas de pós-graduação stricto sensu, a Unila é responsável por 80% das vagas na região de Foz do Iguaçu.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.