Nem todos colocam a arte e a ciência no mesmo patamar de importância na produção de conhecimento, mas projetos desenvolvidos na UNILA mostram o poder transformador da arte e da cultura para pessoas e comunidades.
Nesta reportagem estão reunidos 10 projetos desenvolvidos pela UNILA em Foz do Iguaçu e região e que promovem o crescimento transformador a partir da música, pintura, leitura e escrita, teatro e cinema.
1 - Cores na rotina do Bubas
Na ocupação Bubas, 37 casas estão ganhando imagens e cores que contam os sonhos e a história de seus moradores. Concebido para ser uma galeria de arte a céu aberto, o projeto “Muralismo na ocupação Bubas: histórias de vida e território” está sendo desenvolvido por uma equipe que conta com sete artistas – seis deles, alunos de diferentes cursos da UNILA, incluindo um paraguaio, um chileno e um guatemalteco.
“Entendo a arte como uma forma de expressão, criatividade e representação de vida. O projeto foi concebido para reconhecer e dar visibilidade à memória individual e coletiva dos moradores da ocupação Bubas”, explica Michele Dacas, servidora técnico-administrativa da UNILA e coordenadora do projeto. “Tomamos a arte do grafite como uma forma de democratizar o acesso aos bens culturais e reconhecer e valorizar a memória cultural daquela que é a maior ocupação urbana do Paraná e, principalmente, dar visibilidade à luta pela moradia digna, tão bem representada pelo movimento de moradores do Bubas.”
Mais que à casa ou aos moradores, os muros que estão recebendo as pinturas pertencem à comunidade, valorizando o espaço público. Michele conta que, conforme o projeto vai avançando, é possível observar outros impactos. “Alguns moradores têm colocado luzes para refletir os painéis, cercas ao redor da pintura, mostrando o apreço e carinho pela obra, valorizando a arte e a sua morada”. Tem morador que fez um muro apenas para receber a pintura. “No fim, todos ganham. Democratizar a arte significa investir em qualidade de vida, saúde, segurança e dignidade.”
As pinturas devem ser finalizadas em setembro, quando serão realizadas uma solenidade, visita guiada, exposição de fotos e apresentação de curta-documentário, que está sendo produzido por alunos do curso de Cinema e Audiovisual e de Letras, Artes e Mediação Cultural.
2 - Aprendendo a ler, escrever e crescer
Um grupo de moradores, mulheres com mais idade em sua maioria, se reúne uma vez por semana para aprender a ler e escrever. O projeto de extensão Universidade Popular Paulo Freire, vinculado à Cátedra Paulo Freire e desenvolvido na Ocupação Bubas, busca contribuir para a ampliação de oportunidades de acesso a práticas de leitura e escrita para aquelas pessoas historicamente excluídas das salas de aula formais.
A metodologia utilizada valoriza o diálogo entre as pessoas. Conversando sobre suas histórias, seus amigos e famílias e sobre sua rotina diária, aqueles que não conseguiram frequentar uma escola começam a aprender as primeiras letras, em aulas semanais, desde o ano passado.
Utilizando o universo vocabular do grupo de educandos, ou seja, as palavras mais presentes no seu discurso, os educadores seguem uma sequência que começa com o acolhimento dos participantes, passa para a discussão de um tema e troca de experiências. “Nosso papel é valorizar a experiência de cada um, aprender e se colocar num plano igual”, diz a coordenadora do projeto, Solange Rodrigues Bonomo Assumpção.
As 15 pessoas que frequentam as aulas estão divididas em quatro grupos, de acordo com o nível de leitura e escrita. Depois então vai para o trabalho linguístico com cada um dos quatro grupos que forma a turma atendida na localidade – cada grupo com um nível diferente de conhecimento. A última conquista do grupo foi a biblioteca comunitária, montada no mesmo barracão das aulas. “Foi uma bênção essas professoras aparecerem e ensinarem a gente a ler e escrever. Nunca esperava que ia conseguir isso que a gente está conseguindo”, diz uma das educandas.
Para Solange, o ganho do grupo vai além da alfabetização. “Tem a questão de se reconhecer como grupo. Isso para mim é o mais importante”, diz.
3 - Na prisão, a liberdade pela palavra
Em círculos de leitura de obras literárias e oficinas de escrita com internos de instituições prisionais da cidade de Foz do Iguaçu, os professores Cristiane Checchia e Mário René Rodríguez Torres buscam levar a liberdade, mesmo que circunstancial, e a transformação pela palavra para aqueles que estão distantes da sociedade. “Temos podido reafirmar a ideia de que, a despeito de todas as dificuldades, as rodas de leitura e de escrita, mesmo que nos ambientes mais adversos, tornam possível a criação de uma comunidade que se reúne na amizade de um espaço de leitura compartilhado, tanto mais livre quanto mais livre for a palavra lida e a voz que a pronuncia”, comenta a professora Cristiane.
O projeto “Direito à Poesia” é desenvolvido desde 2015 na Penitenciária Feminina e na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu – 2. “Neste projeto, pensamos a literatura no sentido de liberdade, de ressignificação do sujeito diante de uma experiência nova com a linguagem, e uma maneira de fugir dos padrões do que se entende por estar nesses locais”, explicou a docente.
“Levamos alguns textos buscando que os detentos reflitam sobre a vida deles, mas não de forma direta. Alguns dos textos foram os de autorretrato, que os levaram a repensar e escrever sobre a própria vida. O trabalho com a literatura tem a vantagem de falar de forma indireta e de diversas maneiras, não precisa ser no formato de depoimentos judiciais. Isso dá a possibilidade de falar preservando a intimidade – um espaço que é negado no presídio”, descreve Mário Torres.
O trabalho já rendeu livretos, de autoria dos detentos e a eles distribuídos, e também projetos de pesquisa. Os coordenadores do projeto estão trabalhando, também, na criação de um blog. “O objetivo é contribuir para a circulação, dentro e fora dos cárceres, de escritos literários produzidos em prisões da América Latina ou que resultaram de experiências de aprisionamento”, comenta Mário Rodriguez.
4 - TodoCanto para todos
Há quatro anos na estrada, o coral TodoCanto marca presença constante em atividades culturais realizadas em Foz do Iguaçu e na região Trinacional e já se tornou referência local. O coral é um dos projetos culturais mais antigos da UNILA e formado por alunos e técnicos da Universidade e também por pessoas da comunidade local. No repertório, a ênfase é para a produção latino-americana, e dois CDs gravados integram a produção do grupo.
Hoje, sob coordenação e regência de Gustavo Henrique Pinto, o TodoCanto nasceu, ainda em 2012, como Coral UNILA. Só em 2014, ganhou o nome atual. Já gravou dois CDs e tem um grupo estável de 40 coralistas, selecionados por meio de editais próprios. Mais de 300 pessoas já participaram das seleções ao longo dos anos, sendo 180 da comunidade local e 120 da comunidade interna. “A rotatividade é grande, o que é o normal da linguagem, porém temos um grupo base de 20 pessoas há 4 anos”, explica o regente. A maior parte dos integrantes atuais é de pessoas de fora da UNILA – 27. Os demais são alunos e servidores da Universidade.
Gustavo, que está na regência do TodoCanto há quatro anos, diz que é “muito grato à comunidade externa e interna, pois são todos voluntários”. Ele destaca que a sua função, como regente, é mantê-los motivados. “E isto se faz trazendo pedagogia vocal atualizada, repertório desafiante e harmonia entre as pessoas que constituem o grupo. Para mim, é um trabalho muito importante que está se solidificando dentro da Universidade, e vemos a constante preocupação dos gestores em reconhecer este esforço e parceria comunitária”, observa.
O segundo CD, gravado no final de 2018, está sendo lançado agora, e os planos incluem a estruturação do coral. “Estamos apresentando o regimento, com o fim de institucionalizar o coral e, com isso, sensibilizarmos para a necessidade de estruturarmos mais o grupo artístico”, explicou. Gustavo acredita que, a médio prazo, o coral possa ter um espaço próprio para os ensaios – hoje realizados na Fundação Cultural. Também está na lista de metas integrar uma camerata ao trabalho, a realização de apresentações de grande porte, viagens internacionais, participação em festivais. “Isso tudo honrando a tradição universitária brasileira de encubadoras de grandes corais universitários.”
5 - O desafio de fazer música e teatro juntos
Em seu quarto ano de atividade, o projeto Teatro Musical está se preparando para a reestreia da peça "Gabriela", adaptada da obra de Jorge Amado. Unindo áreas de teatro, música e dança, o projeto oferece aos participantes aulas gratuitas de interpretação, formação de repertório, expressão corporal, força presencial, consciência corporal e espacial, técnica vocal, musicalidade e dança.
A "Ópera do Malandro", baseada na obra de Chico Buarque de Hollanda, foi a primeira montagem do grupo, apresentada em 2016 e 2017. Então, o grupo contava com 12 atores, de Foz do Iguaçu e de outras cidades da região da tríplice fronteira. Na sequência, o grupo apresentou uma montagem de “Gabriela” (2018), adaptação baseada na obra de Jorge Amado e que foi remontada neste ano, com previsão de estreia em setembro. Os 18 atores que formam o grupo são acompanhados, ao vivo, por uma banda formada por docentes do curso de Música da UNILA.
“Sempre temos muito público nas apresentações. No ano passado, na Fundação Cultural, tivemos que fechar as portas [após a lotação máxima]; e no Barrageiros, em plena segunda-feira, tivemos um excelente público”, relembra o coordenador do projeto Gustavo Henrique Pinto. “O grande problema é que Foz não tem espaço que propicie o exercício do teatro musical em alto nível, sempre temos de nos adequar aos poucos espaços”, ressalva. “O ideal seria ficarmos uma temporada em um espaço só, para todos terem a oportunidade de assistir. O resultado estético sempre é surpreendente, porém é diminuído por não termos um teatro.”
Gustavo lembra que o teatro musical exige muito conhecimento por integrar canto, artes cênicas e dança. “Nos grandes centros os atores têm dificuldade em se aprimorar por ser muito caro, e a minha ideia foi oferecer isto à comunidade”, comenta. O próximo desafio do grupo é qualificar cenário, figurino e som. “O teatro musical é uma linguagem cara financeiramente”, explica.
6 - Música pela cidade
O projeto Ciclo Sonoro, que está vinculado ao curso de Música da UNILA, tem promovido, ao longo dos últimos anos, diversas apresentações como recitais, palestras, workshops relacionadas à música popular e de concerto.
Artistas com carreira consolidada e de renome no cenário musical mundial já se apresentaram na cidade, contribuindo para a divulgação gratuita de boa música para a comunidade da região trinacional. Entre esses nomes estão Henrique Iwao, Pedro Aguiar e Paulo Meirelles e a Banda de Marimba e Coral da Escola Watershed de Marondera (Zimbábue, África). Também foram realizados eventos como o 1º Encontro de Violonistas de Foz do Iguaçu. Saiba mais
7 - Cinema latino-americano e debate
O projeto “Cineclube Cinelatino: imagens da América Latina a serem decifradas” é, também, um dos mais antigos em execução na UNILA. Nasceu em 2012, com o objetivo de preencher lacunas existentes a partir da ausência de cineclubes, cinematecas ou cinemas de arte em Foz do Iguaçu e, ao mesmo tempo, dialogar com os países vizinhos, fortalecendo os laços com a comunidade.
Parceria entre os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Cinema e Audiovisual e Relações Internacionais e Integração, o projeto já apresentou dezenas de filmes nas mais diversas temáticas, sempre seguindo a estrutura de debates após as apresentações.
Neste ano, já foram exibidos quatro filmes e, para o segundo semestre, mais quatro estão programados. As exibições são realizadas às terças-feiras, às 19h, no Cine Cataratas, e têm entrada gratuita. Além disso, está programada a realização da “Mostra de Clássicos do Cinema Latino-Americano e Caribenho”, com títulos de domínio público.
A bolsista do projeto, Maria Camila Osorio, lembra que a parceria com o Cine Cataratas fortaleceu o projeto. “As exibições do Cineclube Cinelatino vêm atraindo muito mais público, interno e externo, às sessões, e desenvolvendo uma interlocução a partir da cinematografia latino-americana com a cidade de Foz do Iguaçu”, comentou. Segundo ela, a equipe do projeto, coordenado pela professora Tereza Maria Spyer Dulci, vê a iniciativa como uma “ferramenta de resistência cultural e política.” Através da discussão de temas como identidade de gênero, educação e conflitos territoriais, questões que já estiveram presentes no cineclube, criou-se um espaço para a discussão qualificada numa região onde não são comuns esses temas.”
8 - Cinema e solidariedade
Documentar e dar forma a imagens e sons de projetos sociais realizados na cidade de Foz do Iguaçu e região e, principalmente, mostrar a estes grupos que eles podem ser agentes de seus próprios documentários. Esse é o objetivo do projeto Cinema Solidário, que teve início neste ano, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Norte, onde foi realizada uma oficina audiovisual para crianças e adolescentes, que puderam, na sequência, produzir seu próprio curta.
A demanda surgiu durante a feira de cursos da UNILA, realizada em outubro do ano passado, como atividade da 1ª Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão da UNILA (SIEPE). A proposta era documentar o trabalho de um professor de circo com as crianças do Cras, mas a professora Virgínia Flores, que coordena o projeto, apresentou uma nova possibilidade: mostrar que as crianças, mesmo pequenas, poderiam desenvolver seus filmes. O projeto então recebeu o nome de Cinema Solidário “por se sensibilizar com as questões dos grupos com que venha se envolver”, diz a professora. O objetivo é atender às demandas vindas de entidades sociais.
Nas reuniões realizadas pela equipe do projeto no Cras, os pequenos participantes discutiram, inicialmente, filmes de ficção e documentário. Na sequência, colocaram a mão na massa para produzir dois pequenos curtas, com temas escolhidos e roteirizados por eles. “Trabalhamos mais no sentido de desenvolver habilidades, passando conhecimentos de cinema e audiovisual, do que documentar as ações da instituição, fazendo um institucional. Ou seja, nos interessou trabalhar com as crianças como uma atividade lúdica a mais das que já são oferecidas”, diz Virgínia.
9 - União para o aprendizado de línguas
O fato de se viver numa região fronteiriça pode ser visto como um fator que, por si só, favorece o aprendizado da língua do país vizinho. Mas quem vive na região sabe que isso não é bem assim e que o aprendizado linguístico não é tão simples como parece.
Por isso, professores da UNILA estão utilizando uma metodologia complementar de compartilhamento para o ensino de línguas. No projeto de extensão “Tandem: pedalando juntos em espanhol e português”, aberto à participação da comunidade, são formadas duplas – um falante de cada língua –, o que resulta em conversas e ensinamentos, baseados em trocas e aprendizados linguísticos. A referência ao pedalar está na origem da palavra tandem, que vem do latim e foi usada, inicialmente, em inglês, para nomear uma bicicleta de dois lugares – imagem que remete à união de forças, para gerar um movimento. A partir da segunda metade do século 20, passou a denominar uma nova estratégia de ensino-aprendizagem em língua estrangeira.
As atividades são semestrais e, hoje, participam do projeto pouco mais de 60 pessoas, entre elas, alunos da Unioeste, da Uniamérica e membros da comunidade local que querem aprimorar o aprendizado da língua a partir da prática da oralidade.
A coordenadora do projeto, Larissa Tirloni, lembra que as conversas são orientadas para o melhor aproveitamento. “Não é conversa à toa. Há método, estratégias para a aprendizagem, com a proposição de temas, material de apoio, embora os participantes tenham liberdade para conduzir a conversa”, explica. As atividades são monitoradas e os participantes recebem, inclusive, um diário de aprendizagem em que registram o que aprendem. Eles também são orientados a dar um feedback ao parceiro e corrigir falas incorretas.
A dinâmica do projeto permite que as duplas escolham o local onde possam praticar – pode ser na própria sala de aula ou ao ar livre. Eventualmente, são realizados encontros das turmas no Gramadão, com atividades mais lúdicas.
Para Larissa, o principal resultado, para os integrantes de forma geral e para os alunos da UNILA de forma particular, está na própria aprendizagem. “A diferença no desempenho linguístico é gritante”, diz. Em relação à comunidade externa, o projeto também promove uma maior proximidade com alunos, o que possibilita a mudança de percepção sobre o que é a UNILA. “Ficam maravilhados. Muitos vêm com um entendimento superficial da Universidade e acabam se encantando.” Para saber mais, acesse.
10 - Difundindo e preservando a língua guarani
A UNILA tem a proposta de ser uma universidade bilíngue, onde pessoas que falam espanhol e português convivem mutuamente preservando seu idioma e sua cultura. Porém, quem andar pelos corredores da Universidade poderá ouvir outros idiomas sendo falados pelos alunos, principalmente o idioma guarani, usado pela maioria dos estudantes paraguaios.
O guarani, língua oficial do Mercosul desde 2007 e também do Parlasul, tem na UNILA uma aliada na sua conservação e difusão. Cursos, eventos e uma cátedra dedicam-se à cultura e à língua guarani, que também é disciplina obrigatória para alunos do curso de Letras – Espanhol e Português como Línguas Estrangeiras. O guarani é a língua nativa viva majoritária na América do Sul, encontrada no Norte da Argentina, na região do Chaco boliviano e no Sul do Brasil, especialmente no Mato Grosso do Sul, no Paraná, nas aldeias indígenas do litoral de São Paulo, em Santa Catarina, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Além disso, é a única língua comum a todos os países do Mercosul.
Em 2011, nascem os projetos de extensão e pesquisa para valorizar a diversidade cultural e linguística na UNILA. Os projetos também envolvem o curso de guarani para a comunidade de Foz do Iguaçu e região. “A riqueza das reflexões pelo encontro de culturas, saberes, experiências de vida e linguística dos alunos da Universidade mostrou-se, já naquela época, como um campo de estudo e enriquecimento imensurável”, comenta a professora Maria Eta Vieira, uma das docentes que coordenam ações voltadas à cultura guarani. Nos cursos, há a presença constante de moradores da região que convivem com pessoas que só falam guarani.
Um dos projetos em realização – “Educomunicação e Transculturalidade Guarani no Oeste do Paraná” – tem por objetivo realizar ações educomunicativas (forma de educar através da utilização dos recursos de mídia) de valorização e difusão da cultura guarani, com a elaboração de materiais didáticos e tecnológicos (vídeos) que ensinem o idioma e a cultura dessas comunidades.
Em outra frente, o projeto “Vivências Interculturais: ações da UNILA no fortalecimento da cultura guarani” propõe o diálogo com as populações guarani do Oeste do Paraná, da Província de Missiones (AR) e de Alto Paraná (PY), buscando o fortalecimento cultural. A presença guarani na UNILA é um dos caminhos para esse fortalecimento, assim como a realização de encontros de jovens e de oficinas temáticas com lideranças e pessoas interessadas; a criação de espaços de diálogos com a sociedade regional; e registros da memória através de textos e peças audiovisuais. Um terceiro projeto está focado nos saberes tradicionais de mulheres guarani, com a busca por seu fortalecimento por meio de diferentes atividades.