Candidatos de 25 países estão disputando as vagas de graduação oferecidas pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) nas três modalidades de seleção internacional. No total, foram 1.709 inscritos. A primeira chamada está programada para o dia 3 de outubro, mas os candidatos devem ficar atentos aos prazos para correções e recursos previstos no cronograma. Os selecionados iniciam as aulas na UNILA no primeiro semestre de 2020.
Da Assessoria - O Processo Seletivo Internacional de Estudantes (PSI), destinado a candidatos latino-americanos e caribenhos, a seleção de indígenas e a seleção de refugiados e portadores de visto humanitário são os processos para ingresso de estrangeiros. O pró-reitor de Relações Institucionais e Internacionais, Rodrigo Medeiros, considera expressivo o número de inscritos nos três processos. “É significativo porque, apesar da ausência da promessa de bolsas, esse número não caiu. Agregaria, ainda, uma informação: o Brasil vive uma péssima fase com relação a sua imagem. E, a despeito da piora patente da nossa imagem, [os estudantes] continuaram a procurar a UNILA”, avalia.
O PSI tem 1.420 candidatos de 18 países. A maioria é da Colômbia (32,34%). Na sequência, estão Paraguai (12,86%), Peru (8,39%), Haiti (11,42%) e Venezuela (5,23%). Como ocorreu no ano passado, a UNILA permitiu o acesso de candidatos de outros países que moram no Brasil, mas estes, obrigatoriamente, devem ter estudado o ensino médio integralmente em outro país latino-americano. O candidato não pode ter nacionalidade brasileira, mesmo que em dupla cidadania.
“A Colômbia está no seu lugar natural. É um país grande, com uma população absoluta maior que a da Argentina, e tem carência de vagas gratuitas como as que oferecemos”, analisa. Para o pró-reitor, a presença de argentinos e paraguaios entre os inscritos precisa ser ampliada. “Sinto uma certa frustração com relação ao número de argentinos e paraguaios. Acho que o potencial [de inscrições] está muito distante de ser alcançado”, diz, lembrando que Foz do Iguaçu está muito próxima do Paraguai e que, na Argentina, apesar de o ensino superior ser considerado melhor que o brasileiro, as universidades nacionais estão concentradas no centro do país e, portanto, geograficamente distantes da população da fronteira com o Brasil.
Além de estudantes da América Latina, UNILA recebe alunos de países como Angola e Síria na seleção de refugiados e portadores de visto humanitário
A UNILA oferta 708 vagas anuais no PSI. A seleção será feita por uma banca nomeada pela Reitoria, que vai analisar as notas do ensino médio obtidas pelos candidatos. As informações sobre a seleção estão disponíveis em http://bit.ly/UNILA2020/.
Refugiados e visto humanitário
O Processo Seletivo de Refugiados e Portadores de Visto Humanitário teve 104 inscritos, de 3 continentes. Além de países latino-americanos - Venezuela, Haiti, Honduras, México e República Dominicana - há candidatos de Angola, Benin, Congo, Gana, Guiné-Bissau, Síria e Togo.
Esta é a segunda vez que o processo é realizado para atender pessoas com status de refugiado reconhecido no Brasil, solicitante de refúgio ou portador de visto humanitário no País. A primeira convocação de aprovados está programada para o dia 18 de outubro. De acordo com o Edital, disponível em http://bit.ly/editalrefugiados2020, será disponibilizada uma vaga em cada um dos cursos de graduação da UNILA.
Indígenas
Na seleção específica para ingresso de alunos de povos indígenas aldeados da América do Sul, foram registrados 185 inscritos, dos quais 147 são brasileiros (79,45%).
Também poderiam disputar as vagas indígenas de outros nove países: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela – apenas o Uruguai não tem candidatos inscritos.
A primeira convocação de aprovados está programada para o dia 17 de outubro.