Para encerrar essa sequência de matérias que fizemos a respeito do 4º FESMIG, a nossa entrevistada é a Secretária Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Catiúscia Milioli Presa, aliás, essa sua entrevista já era para ter saído. A entrevistamos na semana passada – e a demora se deu por que havíamos programado antes uma outra entrevista com Jones de Souza, Diretor da Rádio Jornal e apresentador deste 4º FESMIG. Devido a sua intensa agenda, a mesma ficou para outra oportunidade.
Por que esse nosso trabalho um pouco mais profundo e até mesmo com bem mais conteúdo com relação ao Festival?
- Em primeiro lugar queremos deixar claro que o nosso interesse não é político e muito menos financeiro, e sim, valorizar os trabalhos “localizados” quem vem sendo feito por essa ou aquela secretaria, em especial nas áreas de Cultura e Educação que mereçam essa distinção...
A nossa redação foi e continua sendo muito crítica com respeito ao projeto político da atual Administração no contexto geral – que no conjunto da obra, poderíamos definir como uma espécie de “vazio existencial” no que tange ao crescimento de geração de emprego e renda – qualidade de vida para essa geração que aí está – e principalmente, a malversação dos recursos públicos em setores pontuais.
Estou dizendo isso nessa matéria, por que uma pessoa me cobrou na Rua na semana passada, ao lado de outras inclusive, o quanto estávamos levando para fazer todas essas matérias com respeito ao Festival. “Se não cobraste nada, por que todo esse trabalho, então?” – me perguntou à simpática e assídua leitora do nosso Jornal.
O que estou colocando aqui foi o que respondi a ela – “cerca de 90% do fazemos no nosso trabalho diário não visa recompensa financeira pelo simples fato de que esse deve ser o trabalho da imprensa” – executar o que tiver que ser feito com liberdade, com isenção, sem medo de dizer o que deve ser dito, seja contra ou a favor de quem quer que seja..., mesmo que isso possa ter um preço bastante alto, tipo: receber um “watts” num momento impróprio “te ensinando de como se deve fazer para matar uma formiga dentro de casa”, recheado de gargalhadas ao fundo.
Quando o assunto é desta natureza, cujo objetivo é a elevação, a valorização da arte - “expressão suprema da alma humana” que os grandes mestres sejam na dança, na pintura, escultura ou na música sintetizaram muitas vezes de forma límpida e cristalina a ideia dominante de uma época”, todo e qualquer sacrifício é válido. Aliás, não é nenhum sacrifício e sim, um grande prazer...
E o Festival está inserido neste contexto e podemos dizer que a música é sim, a porta voz de todas essas expressões, - aliás, em sua monumental obra “A Grande Síntese”, Pietro Ubaldi, já dizia: “por vezes é graça e suavidade, doutra vezes, simplicidade e potência – ainda, profundidade de espírito puro, ou então, ouropel vazio de forma. Exprime sempre o pensamento humano que ascende ou decai, aproximando se mais ou menos da grande ordem divina”.
Voltando a entrevista, a Secretária se diz uma sonhadora e que acredita muito na Lei da Semeadura – “o que você planta você colhe. Desde que entrei na Secretaria a sete anos, eu comecei a plantar muita honestidade, transparência, plantar sonhos que tinha a ansiedade do município. Como o Festival era um sonho, como o Teatro, o Balé e outras atividades Esportivas e Culturais. Eu tenho sonhos maiores e quero realizar – sonhos de que a cidade tenha mais eventos culturais no Teatro, na Dança, mais eventos esportivos a nível regional. Eu sonho e tento fazer o melhor para a população”. Confira a entrevista:
Jornal - O 4º FESMIG está sendo considerado um sucesso. Como é organizar um evento desta Natureza e qual o balanço que a Secretária faz desse evento?
Catiuscia – A minha avaliação é muito positivo. Pelo ótima aceitação que foi o 1º, o 2º e o 3º, nós já sabíamos do sucesso desta quarta edição – as pessoas gostam desse evento e quem não vai para cantar, vai para se divertir, torcer, vibrar e assistir. Eu digo que essa edição foi especial por que conseguimos organizar tudo com muita antecipação – houve muito comprometimento de diversos setores. A administração queria a realização deste evento e tivemos o amparo bem antecipado. Eu diria que foram conquista que nós da organização que é o Departamento de Cultura conseguimos pela seriedade, pela transparência com que realizamos os três anos de festivais, então o quarto foi muito mais fácil. Uma das nossas preocupações deste o início foi com os nossos cantores. Fico feliz em ver que todos saíram de lá contentes, felizes, se sentindo valorizados. Como eu disse no final, três palavras definem esse Festival – Gratidão, Emoção e Alegria.
Jornal - Como é ser Secretária de Cultura, Esporte e Lazer num país como o nosso onde a Cultura e a Educação, quase sempre ficam relegadas a segundo plano quando o assunto e orçamento?
Catiuscia – Como já antecipamos, os anteriores foram sucesso e esse evento passou a ser uma conquista da própria população, então, ficou muito mais fácil à organização, tanto é que, o governo municipal já quer fazer o próximo. O que nós queremos é ter orçamento para fazer o municipal e quem sabe aumentar em um dia a mais para incluirmos um regional a nível do FELIMU. Eu lembro que o FELIMU lotava o CTG e vinha muitos talentos de fora. É possível se fazer uma premiação municipal e outra regional, onde os nossos talentos daqui, também poderão concorrer com os de fora. Nós temos essa meta, esse projeto de ampliação.
Jornal - Como poderíamos fazer para ajudar a impulsionar o sonho desses jovens talentos que se destacaram no 4º FESMIG - existe algum tipo de projeto nesse sentido?
Catiúscia – Uma das coisas que vamos fazer para continuar incentivando é incluir a participação desses finalistas em todos os eventos culturais que tivermos. Vamos ter agora a FEANIMAIS e os 25 finalistas já estão convidados para participar e mostrar o seu talento na Tenda Cultural que terá lá, onde vamos ter a total liberdade para apresenta-los. Em agosto, dia 23, vamos ter a Primeira eliminatória do FERMOP em Matelândia, onde levaremos os 1 colocados de cada categoria para representar o nosso município e, se passarem na regional irão para a grande final. Outro incentivo é a busca de querer fazer esse regional em São Miguel...
Jornal - Como a Catiuscia Milioli Presa se define - uma pessoa conformada com o status quo ou uma sonhadora que acredita que a Educação, a Cultura e o Esporte ainda pode mudar esse país?
Catiuscia – Eu posso me definir como uma sonhadora que sonha e consegue realizar os seus sonhos. Acredito muito na Lei da Semeadura – o que você planta você colhe. Desde que entrei na Secretaria a sete anos, eu comecei a plantar muita honestidade, transparência, plantar sonhos que tinha a ansiedade do município. Como o Festival era um sonho, como o Teatro, o Balé e outras atividades Esportivas e Culturais. Eu tenho sonhos maiores e quero realizar – sonhos de que a cidade tenha mais eventos culturais no Teatro, na Dança, mais eventos esportivos a nível regional. Eu sonho e tento fazer o melhor para a população.