Temos que admitir que em todos os esportes exista a competição, a vontade de vencer, a superação, cujo objetivo é estar na parte mais alta do pódio e poder ostentar a faixa ou a medalha de campeão.
O que jamais podemos esquecer e, se faz necessário reconhecer é que, o esporte é uma importante ferramenta na formação de uma personalidade disciplinada, um aliado fundamental no importante trabalho social que visa à sociabilidade, o companheirismo, o respeito e a ética...
Por que digo isto?
Em primeiro lugar temos que parabenizar o trabalho conjunto e coordenado da AABB de Medianeira e de São Miguel do Iguaçu, na organização do Campeonato de Veteranos deste ano.
Na elaboração do regulamento, por exemplo, uma das preocupações foi colocar um item, onde cada equipe é obrigada a jogar os dois tempos de 25 minutos cada, com dois atletas com idade superior a 45 anos de idade. Os demais, acima de 35 anos, sendo que os goleiros são livres.
Acredito que na organização do próximo, deveria colocar outro item, onde cada equipe de veteranos que quisesse participar da competição, tem que apresentar equipe de categoria de base, de preferência sub 12, sub13...
Por que digo isto?
Precisamos incluir essa gurizada que ainda tem a alma pura e o coração limpo como deve ter todo e qualquer atleta de alto nível. O que vi ontem, no final dos dois primeiros jogos é algo que devemos evitar e se possível, “deletar” das competições esportivas...
No final do primeiro jogo, mesmo a sua equipe ganhando a partida e já estando classificada para a próxima fase, um dos atletas foi para o meio de campo e deu de dedo no juiz por que ele não tinha marcado uma falta.
Ele foi tão acintoso e tão desrespeitoso que o Árbitro foi obrigado a dar-lhe um cartão vermelho, mesmo assim, ele não se conformou e continuou a falar mal, totalmente descontrolado e desrespeitando a todos que estavam ali assistindo aquela baixaria.
Vejam que nos jogos oficiais do Campeonato Brasileiro, por exemplo, onde existe a figura do VAR, mesmo com todos os recursos da moderna tecnologia, muitas vezes demora-se até cinco minutos para definir se houve ou não houve falta num referido lance. Imagine um Árbitro de uma competição amadora como a nossa, onde a decisão tem que ser em questão de segundos... Não dá para exigir a perfeição, sem contar que o Árbitro é a figura máxima dentro das quatro linhas – ele apita para o jogo começar e apita para encerrar, faz a súmula e relata o que aconteceu no jogo...
No segundo jogo, envolvendo as duas equipes de São Miguel, onde ambas já estavam classificadas, outro tumulto deplorável em todos os sentidos, envolvendo dois atletas que são amigos, companheiros do dia a dia.
Ainda bem que os demais atletas deram um belo exemplo de serenidade e não deixaram o caldo engrossar e fugir do controle, como normalmente acontece em casos desta natureza. Lamentável...
Em ambos os casos, acredito que a Organização deve agir com todo o rigor e punir exemplarmente, sem passar a mão na cabeça de quem quer que seja. Sem disciplina não existe ordem e a onde não tem ordem, o que termina imperando é a DESORDEM... Tudo o que queremos não só no esporte, mas em todas as atividades de nossa vida, seja individual ou coletiva é que deva estar presente os valores universais da disciplina...
Para completar, deixo aqui essa belíssima reflexão de autoria de George Carlin – OS PARADOXOS DO NOSSO TEMPO...
Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver. Adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua
e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; excesso de reuniões e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira(o) e às pessoas que ama. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.
O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas amar tudo que você tem!!! Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.