Banner aniversário de são miguel

 
 
   Categorias
  ATLETISMO
  Banco do Brasil
  Brasil
  Cartas do Leitor
  Educação
  Ego Famosos
  ENTREVISTAS
  Esporte
  Eventos
  Familias
  Foz do Iguaçu
  Geral
  Itaipu Binacional
  Lindeiros
  Moda
  Mundo
  Oeste
  Opinião do Leitor
  Policiais
  Politica
  Santa Terezinha de Itaipu
  São Miguel do Iguaçu
  Sociais
  Virtudes e valores
 
     
   Colunistas
Cultura
João Maria
 
   
 
   Previsão
 
 

 
 
 
Envie por email
 
Ponte da Integração pode gerar acordo comercial inédito entre Brasil e Paraguai
  Data/Hora: 26.ago.2019 - 11h 33 - Categoria: Itaipu Binacional  
 
 
clique para ampliar

A Itaipu atuará como facilitadora na criação de acordo. Objetivo é evitar sobretaxa da matéria-prima utilizada na margem paraguaia da obra.

 

Da Assessoria - Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional - Um acordo comercial inédito entre Brasil e Paraguai poderá ser criado para evitar sobretaxações de impostos do material que será utilizado na construção da Ponte da Integração, nos dois lados da obra. As tratativas sobre o tema foram levantadas em uma reunião nesta terça-feira (20), na Diretoria de Coordenação da Itaipu, que debateu, entre outros assuntos, as soluções para garantir que insumos, como cimento e aço, que já pagaram tributos no Brasil não sejam novamente taxados ao entrarem no Paraguai.

 

Financiada pela margem brasileira da Itaipu Binacional, a segunda ponte sobre o Rio Paraná vai ligar Foz do Iguaçu (BR) a Presidente Franco (PY). O acordo comercial, cuja proposta será levada à diplomacia dos dois países por representantes da Itaipu, poderá ser aplicado também na outra ponte entre Brasil e Paraguai – que ligará Porto Murtinho (BR) a Carmelo Peralta (PY), fazendo parte do Corredor Rodoviário Bioceânico (Brasil, Paraguai, Argentina e Chile), e que será financiada pela margem paraguaia da Itaipu.

 

Um acordo binacional como este já possui precedente: os anos 90, por ocasião da construção da também chamada Ponte Internacional da Integração, sobre o Rio Uruguai, ligando o município gaúcho de São Borja (Brasil) a Santo Tomé (Argentina). Na época, por meio de troca de notas assinadas pelos governos brasileiro e argentino, foi criado um acordo que isentou os materiais de toda tarifa de importação ou qualquer imposto.

 

Este acordo é importante porque os insumos que serão incorporados à ponte, na margem paraguaia, são taxados com o Imposto Sobre Valor Agregado (IVA), relativo à importação daquele produto no Paraguai. Em relação ao maquinário não há problema, visto que ele é submetido ao regime de exportação temporária, que suspende o pagamento de impostos, desde que estas máquinas, como caminhões e tratores, retornem ao País de origem em prazo determinado.

 

“As duas pontes são estratégicas para os dois países, por isso, é do interesse de Brasil e Paraguai que sejam resolvidas estas questões”, comentou o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna. “Com a Ponte da Integração concluída, vai começar uma nova era para os países, que poderão ampliar seu comércio e abrir os mercados de importação e exportação para os demais países da região”, concluiu.

Segundo o diretor de Coordenação, general Luiz Felipe Carbonell, outras reuniões com diferentes atores estão previstas. Um deles será com a Polícia Federal do Brasil e do Paraguai para tratar sobre o fluxo de pessoas envolvidas na obra. “É papel da Itaipu não apenas financiar a obra, mas atuar como facilitadora da construção, mediando encontros com as entidades e buscando soluções”, afirmou. A Diretoria de Coordenação é a área da Itaipu responsável pelo acompanhamento da construção.

 

Participaram do encontro de terça-feira (20) representantes da Receita Federal do Brasil, da Aduana do Paraguai, do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná (DER-PR), do consórcio Construbase-Cidade-Paulitec (responsável pela obra), além de empregados brasileiros e paraguaios da Itaipu envolvidos no acompanhamento da obra.

 

Facilitação logística

 

A sugestão de um acordo comercial binacional para livrar da sobretaxa o material de construção é mais um esforço para facilitar a viabilidade da obra, que se soma à instrução normativa que está em desenvolvimento pela Receita Federal do Brasil. A intenção do documento é liberar mais rapidamente o trânsito de máquinas e material envolvidos na obra por meio de uma guia simplificada. A instrução será promulgada pela Coordenação de Aduanas de Brasília, em até 20 dias.

 

“Nosso objetivo é que a construção da ponte não prejudique o trabalho do porto seco em Foz do Iguaçu e que o serviço no porto não atrapalhe a obra”, explica o delegado da Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu, Paulo Bini. Diariamente, mais de 700 caminhões passam pelo porto seco, considerado o maior da América Latina.

 

Além de agilizar os trâmites no porto seco, a instrução normativa vai permitir a saída do País por um porto auxiliar, dentro da obra, pelo qual o consórcio fará a movimentação de equipamentos, maquinário e pessoal. Na margem paraguaia, há a previsão de se utilizar o porto de Presidente Franco, que já conta com estrutura alfandegária.

 

Andamento das obras

 

Pelos próximos três meses, na margem paraguaia, o consórcio Construbase-Cidade-Paulitec vai concentrar o trabalho em fazer a terraplanagem, levantar o canteiro de obras e colocar as ensecadeiras para permitir, a partir do quarto mês, a criação da fundação – o bloco principal que vai segurar os mastros de 120 metros responsáveis pela sustentação da ponte.

 

Está previsto neste trabalho inicial o uso de cerca de 20 máquinas, como caminhões, tratores de esteira, motoniveladoras, escavadeiras hidráulicas, rolo compactadores, entre outras. O prazo de entrega da Ponte da Integração é de 36 meses.

 

O investimento de R$ 463 milhões é feito totalmente pela margem brasileira da Itaipu. Deste valor, R$ 323 milhões serão usados na construção da ponte e R$ 140 milhões nas obras da Perimetral Leste, entre a ponte e a BR-277. A previsão é que, no pico das obras, sejam contratados cerca de 500 trabalhadores - cem a mais do que previsto inicialmente - e que de 10 a 12 empresas atuem de forma indireta na construção da ponte.

 

Com 760 metros de comprimento e vão-livre de 470 metros, o maior de uma ponte estaiada no Brasil, a obra terá duas torres de 120m de altura. A pista será simples, com 3,7m de largura, acostamento de 3m e calçada de 1,7m.

 

Perimetral Leste

 

A Perimetral Leste vai conectar a Ponte da Integração com a BR 277, em Foz do Iguaçu, desviando do centro da cidade o tráfego pesado de caminhões. Esta obra está a cargo da Construtora JL, de Cascavel. A exemplo da ponte, o prazo de execução também será de 36 meses, contando a partir da assinatura da ordem de serviço. A expectativa da construtora é que essa assinatura aconteça até a próxima semana.

 

Do prazo total, os dez primeiros meses serão dedicados à conclusão dos projetos executivos e trâmites burocráticos. Os projetos serão aprovados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a obra, fiscalizada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

 

Neste contrato também está prevista a construção da aduana na margem brasileira, com os postos da Receita e Polícia Federal.

 

A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.

 
 

 

 

 
 
Deixe seu comentário!
 
 
 
Banner pedrão 2018
Banner Mirante
Bassani
Rose Bueno Acessórios
Banner emprego
Banner violência se limite
Banner Einstein
Banner Exposição