Em vídeo que está circulando nas redes sociais, o empresário e apresentador Rogério Arnold, como embaixador da Paz está mobilizando o Comitê da Paz de São Miguel do Iguaçu para uma ajuda humanitária em favor da pequena Júlia, cinco anos, diagnosticada em janeiro deste ano com uma doença que ataca o sistema imunológico, uma doença autoimune que se caracteriza pela destruição das plaquetas, células produzidas na medula óssea e ligadas ao processo de coagulação inicial no sangue.
O Bingo Beneficente será realizado no dia
06 de outubro no Salão de Eventos do Bairro São Cristóvão
em São Miguel do Iguaçu, às 13h30.
“Quem quiser doar premiações, ou até mesmo dinheiro para ajudar a nossa Garotinha Júlia, poderá entrar em contato diretamente com a sua Mãe, pelo telefone (45) 99921-6712 ou pelo telefone (45) 98402-4106 do Comitê da Paz”, explica Rogério Arnold no vídeo.
“Estamos precisando de ajuda, nossa família é humilde, pagamos aluguel e além da Júlia com esse problema, temos também outro filho com 17 anos de idade portador de “epilepsia refratária”. Esses recursos serão usados para que eu possa se deslocar para Curitiba em busca de um melhor tratamento”, conclama Mari, mãe de Júlia
Para entender um pouco mais sobre essa doença, invadimos o Portal do Dr. Drauzio Varella, um dos mais conceituados médicos do país, onde encontramos essa matéria produzida pela jornalista Juliana Conte Conte que faz parte da sua equipe de trabalho
“A púrpura é uma doença hematológica e imunológica — não tem nenhuma relação com câncer — e atinge crianças e adultos de formas diferentes, assumindo características bem distintas nos dois grupos.
Segundo o hematologista Phillip Scheinberg, que faz parte do corpo clínico do centro oncológico Antônio Ermírio de Moraes, em São Paulo, a enfermidade nas crianças costuma “desaparecer” depois de um certo período, entrando em remissão completa (cerca de 90% voltam a apresentar nível de plaquetas normal), por isso é chamada de PTI aguda. “No adulto, a tendência é a doença cronificar e causar diminuição no número de plaquetas para o resto da vida”, explica o hematologista.
A doença não afeta seriamente a qualidade de vida do paciente. As restrições são mais em relação à prática de atividades físicas de alto impacto e que possam ocasionar algum tipo de trauma, como futebol, basquete, rúgbi, trilhas, etc. Normalmente, é necessário o uso de medicamentos por período indeterminado de tempo.
Os sangramentos, sinais característicos da púrpura, ocorrem quando há uma diminuição no número de plaquetas – células responsáveis pela coagulação do sangue.
A queda acontece por conta de uma deficiência na produção dessas células e por uma falha no sistema imunológico do organismo, que ataca as próprias plaquetas por reconhecê-las como um “corpo estranho”. “O nível normal de plaquetas é de 150 mil a 400 mil/mm3. Mas, por algum motivo, há indivíduos que naturalmente possuem entre 30 mil e 40 mil plaquetas, sem que isso esteja associado a alguma doença ou cause sintomas. Agora, quando os níveis de plaquetas estão abaixo de 20 mil, aí sim, é preciso investigar”, revela Scheinberg.
O médico explica que a causa da púrpura não está muita clara, assim como na grande maioria das doenças autoimunes. “A gente sabe o que acontece com o corpo do paciente, mas não entendemos por que a doença começa. Nas crianças, por exemplo, normalmente há uma infecção associada”, conclui.
O diagnóstico é feito por exclusão. Em geral, quando os sintomas não são tão evidentes, o paciente não procura o hematologista e só percebe que seus níveis de plaqueta estão baixos quando o ginecologista ou um clínico pede um hemograma (exame de sangue). “Primeiro, procuramos uma causa secundária, verificamos se o paciente toma alguma medicação que esteja causando a queda de plaquetas, se tem alguma doença ou infecção, e vamos por exclusão”, explica o médico.”