Por Moisés Mendes, via redes sociais..
Foto ilustração - internet - divulgação - A Folha largou Sergio Moro na sarjeta. Deu em chamada de capa que Rodrigo Maia o considera um agressor do Congresso e das instituições, ao tentar manter deputados e senadores sob pressão para tentar fazer valer seu pacote anticrime e sua imagem de justiceiro.
Maia observa que, se as tais 10 medidas do primeiro pacote de Moro e de Dallagnol tivessem sido aceitas pelo Congresso, hoje os dois estariam enrascados.
“Nós rejeitamos (aquele pacote) a prova ilícita de boa fé. Hoje eles criticam a prova ilícita de boa fé no caso do Intercept [que revelou a troca de mensagens entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol]. Você vê como são dois pesos e duas medidas que, se nós tivéssemos feito o que eles gostariam, hoje eles eram réus, não eram procuradores e ele não era ministro da Justiça”.
Também a ombudsman da Folha escreve que o diretor de redação do jornal, Sergio D’ávila, admite o erro de ter superestimado em manchetes as informações vazadas pelas delações premiadas da Lava-Jato.
E durante toda a tarde de domingo a manchete da Folha online foi uma denúncia contra uma declaração de Sergio Moro.
Na tentativa de defender os laranjas de Minas, comandados pelo ministro do Turismo, Álvaro Antônio (que a Folha aponta como chefe do núcleo do esquema de caixa dois da campanha de Bolsonaro), o ex-juiz escreveu no Twitter:
"Nem o delegado, nem o Ministério Público, que atuam com independência, viram algo contra o PR [presidente da República] neste inquérito de Minas”.
A Folha observa: “A publicação de Moro (no Twitter) foi ‘curtida’ por Bolsonaro e, depois, compartilhada pelo presidente em sua conta no Facebook”.
Mas como Moro sabe tudo, indaga o jornal, se o inquérito sobre os laranjas corre sob segredo de Justiça? Moro tem acesso a informações confidenciais, para livrar a cara do chefe? Por ser ministro, o ex-juiz tem acesso a tudo?
A resposta aos ataques da Folha foi dada por Bolsonaro: “A Folha de São Paulo avançou a todos os limites, transformou-se num panfleto ordinário às causas dos canalhas. Com mentiras, já habituais, conseguiram descer às profundezas do esgoto".
A guerra da Folha com Bolsonaro e Moro passou a outro estágio. O ex-juiz tem agora a proteção residual da Globo e do laranja dos Marinho para atacar Lula, o homem-mosca Diogo Mainardi, porta-voz do ex-chefe de Dallagnol no site Antagonista, onde atua como subgerente. Mas a Globo, o empresariado e a Folha já trabalham no projeto Luciano Huck/2022.
Pode sobrar para Moro a mesma base política de Bolsonaro, de ricos, racistas, homofóbicos e milicianos. A próxima briga será inevitavelmente entre eles, Moro e Bolsonaro.