Depois de sucessivos adiamentos, na tentativa de buscar um consenso, evitando inclusive o confronto do voto em plenário, foi votado na última segunda feira o Projeto 152/2019 que visava desafeta a área do Campo do Comercial, dividindo os 36.000m2 em três, possibilitando a Construção do Novo Fórum, do Novo Quartel para os Bombeiros e o restante da área 22.000m2 ficariam para o Campo do Comercial num novo formato.
Para a aprovação do Projeto, o Executivo precisava de seis votos e houve o empate em 04 x 04. Esse placar poderia ter sido de 05 x 04, se a vereadora Flávia Dartora tivesse votado – tendo em vista que já havia declarado que era totalmente contra a divisão do patrimônio histórico do Campo do Comercial...
Quem ganhou e quem perdeu nessa história toda?
Um olhar mais apurado sobre essa questão, vamos verificar que ninguém tem nada para comemorar – o que fica é uma grande lição – “sem diálogo e bom senso entre ambas as partes quem perde é a população”, como muito bem frisou o presidente Boaventura, logo após a sessão.
“Jamais fui contra a construção de um Novo Fórum e de um Novo Quartel para o Corpo de Bombeiros – sou contra a divisão desse patrimônio histórico que é o Campo do Comercial”, ressalta.
Boaventura Motta, inclusive, em companhia do seu vice, Professor Ari, tentando evitar esse confronto do voto no plenário da Câmara, se prontificaram a buscar alternativas, visitando locais e acrescentando que “poderia ser usado já as economias que foram feitas durante o ano pelo Legislativo e que temos que devolver ao Executivo para ajudar na compra de um novo terreno”, afirmava Motta.
Ao agradecer a presença do público, Motta lembrou também e parabenizou o Vereador Wando, pelo seu esforço em correr atrás e apresentar um Novo Projeto para o Campo do Comercial. “O Novo Projeto que nos foi apresentado é de fato muito bom – mas a forma com que o mesmo chegou nessa Casa de Leis não foi o ideal. Primeiro decidiram o que queriam fazer – foram no Cartório e desmembraram a área e depois é que resolveram dialogar com as partes envolvidas. Pessoalmente, sempre fui a favor do esporte e sou contra a qualquer tipo de divisão daquele patrimônio histórico para a nossa cidade”, disse Motta.
O vice-presidente, Professor Ari, lembrou que antes de formalizar o seu voto, visitou o Dr. Márcio, Juiz da Vara Civil da nossa Comarca para se certificar de toda a situação, em especial sobre o item que consta na escritura de doação, onde diz que aquele patrimônio não poderá ser usado para outros fins. “Segundo o Dr. Márcio, o primeiro passo do Executivo deveria ter sido procurar derrubar essa cláusula que consta na Escritura. Uma demanda que para ser rápida, leva no mínimo um ano. Diante desta cláusula, os doadores que se sentirem prejudicados poderão entrar na Justiça e rever essa situação. Motivo pelo qual o meu voto é contra esse Projeto”, disse ele.
Na mesma linha de pensamento votaram os vereadores Professor Presa e Marcos Murbac. O Vereador Wando, por sua vez, disse que “quem perde com isso é toda a população daquela região”, lamentando a rejeição do Projeto.
INDICAÇÃO REQUER PROIBIÇÃO DO AUMENTO DA TARIFA DE ÁGUA PELA SANEPAR
O vereador Vanderlei dos Santos, popular Wando da Garagem, através da indicação 80/90, requer do prefeito que o mesmo baixe um decreto proibindo o reajuste de 12% na conta de água e esgoto prevista pela SANEPAR. Em sua justificativa, lembra o vereador que “esse aumento é abusivo e outros prefeitos do Estado já tem se posicionado, baixando um Decreto contra esse reajuste”.
PEDRAS BRITADAS E CASCALHO PARA AS ESTRADAS RURAIS
Através da Indicação 79/2019, o vereador Lafaiete Ganda Meira, solicita ao Executivo Municipal providências para a manutenção das estradas do município com colocação e reposição de pedra britada e cascalhos. Lembra Lafaiete “que o nosso município é essencialmente agrícola e que tem sido procurado diariamente por produtores insatisfeitos com as condições das estradas que dão acesso ao interior do município”.