O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), irá investir US$ 600 mil (US$ 200 mil anuais, nos próximos três anos) em iniciativas de cooperação técnica internacional que serão executadas pelo escritório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), no Paraná. O escritório terá sede no Parque Tecnológico Itaipu, em Foz do Iguaçu, e uma base de apoio na Emater, em Curitiba.
O acordo foi assinado pelo oficial encarregado da FAO no Brasil, Gustavo Chianca, pelo diretor da ABC, ministro Marco Farani, e pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek. O documento prevê a execução dos projetos de cooperação Sul-Sul. “O papel do escritório será identificar iniciativas que possam ser reproduzidas em países do Cone Sul e da África, principalmente”, explicou Samek.
As iniciativas conjuntas terão foco nas áreas de segurança alimentar, agricultura familiar, aquicultura, manejo florestal, energias renováveis, desenvolvimento sustentável e territorial e serão concretizadas por meio de projetos de cooperação técnica bilateral.
Com a assinatura, a FAO, o Governo brasileiro e a Itaipu/PTI passarão a somar esforços no sentido de mobilizar seus respectivos recursos técnicos e humanos para a realização de treinamentos, estudos e diagnósticos baseados no intercâmbio de experiências entre os países da Tríplice Fronteira e outros países que venham a assinar convênio com a iniciativa.
“No Brasil, e em especial na região Oeste do Paraná, temos boas experiências como Cultivando Água Boa, da Itaipu, o cooperativismo, o Pronaf, entre outras. Essas experiências serão sistematizadas e os materiais colocados a disposição de países interessados em replicar esses projetos. Angola, Moçambique e países do Mercosul já demonstraram interesse nesse intercâmbio”, afirmou Valter Bianchini, responsável pela coordenação do escritório descentralizado da FAO.
Para Gustavo Chianca, oficial encarregado da FAO no Brasil, este protocolo de intenções vem complementar a Cooperação Sul-Sul brasileira realizada pelos canais bilaterais. “Esta é uma contribuição valiosa aos esforços para acabar com a fome no mundo”, explica.