Podemos dizer que o mês de dezembro, o mês em que se comemora o Aniversário Dele, o nosso Mestre dos mestres que carinhosamente O chamamos de Jesus, é um mês diferente, onde os sentimentos se afloram e nos faz pensar, repensar e nos conectar mais profundamente com a nossa própria essência – com o nosso próprio SER, afinal, quem somos, o que queremos e para onde vamos...
Acompanhamos a visita que os alunos da Escola José Francisco de Oliveira, 2º ano C, fizeram ontem (03), ao Lar dos Idosos Dom Scalabrini. Na bagagem, além de bolachas e chocolates, eles levaram junto o que existe de mais sagrado no SER humano – alegria, compaixão, carinho e respeito pelos nossos idosos.
Momentos simples, mas de pura magia, onde um abraço, um carinho no rosto com a simplicidade e a bondade toda própria das nossas crianças, nos faz pensar e, ao compararmos o momento atual por que passa a humanidade, se perguntar: “... por que mudamos tanto depois que crescemos?
Para onde vai toda essa pureza, essa gentileza que trazemos desde o momento da concepção quando recebemos o sopro divino, a vida propriamente dita, a nossa ALMA?
O que dizer do Garotinho, pequenino, dedilhando e tirando os primeiros sons do violão e cantando com os seus amiguinhos um clássico do Sertanejo, ou melhor, um Hino da Música Sertaneja, o Menino da Porteira? Um pouco tímido, é verdade, mas com a pureza e a simplicidade toda própria das nossas crianças...
E o mais gostoso ainda foi ver o Sebastião, conhecido entre os seus amigos de “Canivete”, aos 104 anos de idade, estampando um belo sorriso no rosto e cantando a música como um adolescente – alegre, feliz, agradecido pelo simples fato de estar vivo e recebendo o carinho das crianças...
E a Menina Bruna Mayara, então, fazendo a coreografia, cantando e transmitindo energia ao lado da Professora Helaine, como se estivessem vivendo um momento de eterna paz e alegria...
- Cante aquela música, Bruna – solicitou a Professora Helaine.
- Qual?
- Deus Estava Escrevendo do Samuel Mariano...
- Canto sim..., essa música tem tudo a ver comigo...
“Quem aplaude o teu momento / Raramente aplaudiria tua história / Pois eles não conhecem teu sofrimento / Se agarraram só ao teu momento de glória...”
“Quer saber, isso não é novo / Isto sempre aconteceu / Com os nossos pais na fé, aconteceu assim / E apesar de serem escolhidos / Homens santos, cheios de Deus / Suas histórias tiveram seus momentos ruins...”
“Quem aplaudiria Davi pelo adultério que cometeu? / É que você só lembra quando o gigante ele derrubou / Quem aplaudiria Moisés pelo assassinato que cometeu? / É que você só lembra quando o mar abriu e Israel passou / É sempre assim, o momento é o que importa / A história poucos se interessam em saber...”
Mas Deus te viu quando você bateu na porta / Bateu, chorou, insistiu e ninguém veio atender / Mas Deus estava escrevendo / Você chorando e Deus escrevendo / Você caindo e Deus escrevendo / Se levantando e Deus escrevendo / Cabeça quente e Deus escrevendo / Angustiado e Deus escrevendo / Desesperado e Deus escrevendo, oh, oh, oh / Ele nunca abandonou você!...”
“Quando você parou, Ele estava lá / Quando você chorou, Ele estava lá / Quando você sorriu, Ele estava lá / Quando você caiu, Ele estava lá...”
“E não importa quem, não quer saber / Ele sabe, Ele viu e gosta de você / O momento pode até sumir da memória / Mas tem um Deus que não despreza a tua história!...”
“Quem aplaudiria Davi pelo adultério que cometeu? / É que a gente gosta da parte da história que o gigante ele derrubou / Quem aplaudiria Moisés pelo assassinato que cometeu? / É que a gente gosta de pregar que o mar abriu e Israel passou / É sempre assim, o momento é o que importa / A história poucos se interessam em saber...”
Confesso que não concordo em 100% com a letra da música, principalmente na parte em que diz que existe um Deus no céu – um Senhor Todo Poderoso sentado lá no alto e, na Verdade Ele está AQUI, dentro de nós, ao nosso lado, ao nosso redor, em cima, embaixo, ou seja, assim como o ar que respiramos, Ele é parte integrante da nossa VIDA...
E, se hoje, o mundo está como está, é justamente pelo fato de que, a grande maioria das pessoas desconhece esse fato – que é bom que se diga – as nossas Crianças como Crianças sentem e vivem isso – e aos poucos, nós adultos vamos tirando essa pureza delas dizendo, não faça isso, não faça aquilo, se não Deus condena – como se Deus, pudesse SER ao mesmo tempo bondade e maldade e não o Amor Incondicional que Ele representa...
Parabéns Crianças! Parabéns Professores e Professoras! O que dizer da explosão de amor da Professora Ledomina Maria da Silva Rosa, chamada entre os seus de Professora Dora?
Um beijo enorme no seu coração, Professora... Como aceitar que, alguém que dedicou toda uma vida a ensinar e compartilhar o que tem de melhor dentro de si, aos 67 anos de idade, com toda essa força moral e dignidade, não seja apenas uma visitante ilustre numa Instituição como o Lar dos Idosos?
Um beijo enorme no seu coração Juliene... Juliene é uma garotinha dos seus seis, sete ou oito anos de idade, que abraçou essa Professora com tanto carinho e me dizia – “...não quero ir embora sem ela – quero ficar aqui – com um brilho no olhar carregado de emoção que nos faz pensar...”.
És contra o Lar dos Idosos? Não..., muito pelo contrário – sou contra aos filhos que dizem aos pais – “...fique lá, por que aqui a gente não os queremos mais...”.