Em sessão extraordinária realizada hoje pela manhã, o Legislativo Municipal de São Miguel do Iguaçu, sobre a presidência de Boaventura Motta (MDB), rejeitou por 6x2 o pedido de arquivamento do processo da Vereadora Flávia Dartora (PRB).
Votaram a favor do prosseguimento do processo os vereadores Professor Ari (PPL), Professor Preza (PSDB), Wando da Garagem (PSDB), Lafaiete (PSDB), Alfredo Júnior Mendes (PR) e Elton Somavila (PR - 2º suplente) – votaram pelo arquivamento do processo o presidente da Comissão Francisco Machado Motta (SD) e o relator Sílvio Murbak (SD).
Uma das surpresas nessa sessão foi à presença do Professor Ari, tendo em vista que ele havia renunciado a relatoria desse processo, por achar que estaria impedido de votar para não contaminar o processo, tendo em vista que ele faz parte do rol de testemunha contra a vereadora arroladas pelo MP nesse processo.
“Eu resolvi recorrer a Justiça para votar na última hora, tendo em vista que o meu suplente não havia deixado claro que votaria em favor do prosseguimento do processo”, nos disse Ari, hoje pela manhã, ressaltando que: “o mínimo que podemos fazer num caso como esse é abrir uma investigação para conhecermos a realidade dos fatos”, garante.
O relator, Silvio Murbak, por sua vez, nos disse que só assumiu a relatoria desse caso, tendo em vista que o Professor Ari havia se declarado impedido. “Por que o meu relatório foi a favor do arquivamento? Primeiro por que a Vereadora ainda não foi condenada em nada – o que existe é um afastamento temporário pela Justiça, onde ela poderá provar ou não a sua inocência – e mesmo por que, os casos relatados contra ela são anteriores ao seu mandato”, salienta.
Não conseguimos conversar com a Vereadora - mas o que se sabe extraoficialmente é que ela deve recorrer e continuar defendendo o seu mandato. “Trata-se de um julgamento político, tendo em vista a sua decisão de recorrer como candidata ao Executivo nessa eleição”, explica, ressaltando também que – “é possível que ela renuncie antes do julgamento deste processo de cassação no próximo dia 27 de fevereiro”.
O Presidente Boaventura Motta, por sua vez, que só votaria nesse pedido de arquivamento, caso houvesse empate, agradeceu a todos os envolvidos e nos bastidores tem usado de toda a sua habilidade como conciliador para que usem o bom senso. “Tudo isso aqui é passageiro – o que importa mesmo é que continuamos nos respeitando e agindo de acordo com o que manda a nossa consciência”, afirma.