Em sessão histórica, realizada ontem (27), por 6x2 o Legislativo Municipal de São Miguel do Iguaçu, cassou o mandato da vereadora Flávia Dartora (PRB), que havia se elegido em 2016 com uma expressiva votação – 1.118 votos.
Votaram contra o Relatório que pedia a absolvição da vereadora os vereadores - Alfredo Junior Mendes (PR), Professor Ari (PPL), Professor Presa (PSDB), Lafaiete Ganda Meira (PSDB), Wando da Garagem (PSDB) e Elton Somavila (PR), segundo suplente da vereadora.
Votaram contra a cassação e a favor do Relatório: Francisco Machado Mota (SD) e Silvio Marcos Murbak (SD).
Mesmo sendo definido pelo vice-presidente, Professor Ari, como uma sessão cansativa e desgastante (cerca de quatro horas de duração) – o que vimos na realidade foi uma aula de civilidade – onde os direitos fundamentais e garantias individuais de todo e qualquer cidadão garantidos pela Constituição, foram lembrados e enaltecidos através de uma brilhante defesa feita pelo advogado Ijair Vamerlati.
Sua defesa foi tão brilhante que no final, o próprio presidente Boaventura Motta, mesmo tratando-se de um assunto forte e delicado, com a sua costumeira simplicidade e sinceridade não se conteve e disparou – “parabéns Dr. Ijair, suas palavras são tão bonitas que a gente tem vontade de comer com pão” – para em seguida complementar – “mesmo assim, acredito que não deve ter influenciado o voto de cada um dos vereadores que estão aqui que já tomaram a sua decisão”, arrancando sorriso e descontraindo o ambiente.
A Sessão
Após a leitura da denúncia feita por Volmes Roberto Tschinkel (o popular Gaúcho que recentemente também teve o seu mandato cassado por esse mesmo Legislativo), que originou a abertura do processo de cassação, foi lida em seguida o Relatório dos trabalhos da Comissão Processante, cujo relator era o vereador Marcos Murbak (SD) e que pedia a absolvição da Vereadora.
Ao justificar o seu relatório logo após a sessão, Marcos lembrou que ele próprio tinha vivido algo semelhante em 2018, quanto através de uma Operação Policial (Rota Oculta), pela qual passou a ser investigado, teve o pedido de cassação rejeitado pelos próprios vereadores. “O meu parecer foi técnico e procurei não antecipar um julgamento antes de uma decisão judicial”, ressaltando que para concluir o seu relatório levou em consideração o que aconteceu a ele próprio – “no meu caso foi feito justiça – o pedido contra mim foi rejeitado e hoje estou provando na justiça com mais de 30 testemunhas que sou inocente”, pontifica.
O Professor Ari, por sua vez, que inicialmente tinha sido sorteado como Relator e que, posteriormente abriu mão por se achar impedido para essa função, lembrou que o seu voto a favor da cassação, foi técnico e fruto de um minucioso trabalho de investigação – “tivemos acesso à delação premiada feita pela então Diretora do CITEL que havia sido presa na operação e os fatos ali relatados são bastante impactantes e que não me deixou dúvida sobre o meu voto e dos demais desta Casa”, justifica Ari.
Segundo o advogado de defesa da vereadora, Dr. Ijair Vamerlatti, houve falhas na condução desse processo e existe a possibilidade do mesmo ser revertido na Justiça tendo como base o Art. 5º, Inc. I, do Decreto Lei 201/67, lembrando que, muito embora a denúncia por escrito tenha sido proposta por Volmer Roberto Tschinkel, no seu ponto de vista, o verdadeiro autor (inicial) foi o Vereador Vanderlei dos Santos, conforme ele próprio admitiu em vídeo divulgado amplamente pelo aplicativo WhatsApp –, entre outros fatos, segundo ele.
O que vem por aí?
Estamos em Ano Eleitoral e nós aqui da Redação, vamos aproveitar a boa vontade dos nobres edis, segundo o próprio Wando – “de fazer um trabalho sério e investigativo – exercendo de fato o cargo de vereador”, para lembra-los de uma série de fatos escabrosos e devidamente comprovados, muitos inclusive já julgados com decisão de primeira instância, envolvendo vários não só o 'decoro' como a própria moral e a vida de todos que vivem em São Miguel do Iguaçu e que estão vendo o município patinando num verdadeiro mar de lama e corrupção sem precedente na sua história envolvendo dinheiro público...
Nos acompanhem... Precisamos voltar a crescer...
Precisamos voltar a pensar em Geração de Emprego e Renda e jamais se preocupar unicamente em financiamentos de campanha, para em seguida se locupletar com dinheiro público para garantir em um ou dois mandatos um belo padrão de vida para si e para os seus apaniguados de fazer inveja aos Xeiques de DUBAI...