O Conselho da Comunidade, cuja função é trabalhar no resgate do preso e na consequente redução da criminalidade, entregou hoje de manhã para os detentos da carceragem da Delegacia de Polícia de São Miguel do Iguaçu, 30 colchões
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Entre os presentes a presidente do Conselho Mara Solange Tiemann Pinto; Dr. Ferdinando Scremin Neto, Juiz da Vara Criminal; o Delegado de Polícia Civil Walcelly Almeida e membros do Conselho.
Além da entrega dos colchões, foram entregues também melhorias que estão sendo feitas junto à delegacia. Na oportunidade, o Dr. Ferdinando, lembrou que esse é um trabalho de reformulação que o DEPEN vem realizando em parceria com o Poder Judiciário, Polícia Civil e Conselho da Comunidade no sentido de melhorar a estrutura carcerária, já que é tão deficitária. “Esse trabalho já reduziu o número de presos – onde tínhamos cerca de 70, hoje são apenas 20 detentos e isso fez com que melhorou o ambiente, a salubridade do local, garantindo mais dignidade com as pessoas que tem débito com a Justiça”, explica.
Entre as melhorias que já foram realizadas estão a sala de vídeo conferência, à elevação do muro, garantindo mais segurança. A ideia é trazer projetos sociais com crianças e desafogar a atual estrutura carcerária que já não comporta mais presos. “Essa estrutura deve ser feita e projetada para ser uma Delegacia e não para ser custódia de presos”, salientando que os valores investidos são oriundos de penas pecuniárias, aplicadas pelo Poder Judiciário. “O Conselho Comunitário apresenta os projetos e os mesmos são liberados e acompanhados pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário”, pontifica.
O fato é que, a Delegacia já está com outra cara, com melhorias que visam humanizar o sistema e dar melhores condições para todos que fazem uso da sua estrutura. Segundo o Delegado de Polícia Civil Walcelly Almeida, a meta é transformar e dar espaço para Projetos Sociais. “Não podemos esquecer que hoje a situação se apresenta nessas condições que vocês estão vendo por que temos apenas 20 presos - os demais foram transferidos. O problema é que a falta de espaço continua existindo em nível de região e nós precisamos buscar uma solução”, lembrou, deixando antever nas entrelinhas que se faz necessário uma nova discussão com uma visão mais apurada sobre esse problema, que no seu ponto de vista é de todos. “Esse é um problema social que mais dia ou menos dia vai ter que ser enfrentado – recursos já existem e a solução está em nossas mãos”, salienta.