Foto ilustrativa: Divulgação/Internet
Jesus, o Jovem que nos
Ensinou a Natureza do
Ser – a ligação que
Une a criatura a
Sua Fonte, o Poder
Criativo Universal,
Responsável pelas Leis
Invariáveis que estão
Sempre operando em
Tudo o que é vivo.
Obrigado Mestre!
Sua inspiração tem sido Luz,
Vitalidade, saúde e energia
Que me dá força e paciência
Para exaltar através da poesia
A nossa CONSCIÊNCIA...
Fico imaginando Mestre
Como seria a vida em sociedade,
Sem o Seu verbo, sem a Sua PALAVRA
Que encanta e acalanta a humanidade...
Sobre a importância da palavra, a importância da Poesia, sobre a importância dos poetas e escritores, abro um espaço hoje para relembrar Pablo Neruda que, segundo ele, todo o futuro dos nossos humildes trabalhadores foi expressado nessa frase de Rimbaud: “...só com uma ardente paciência conquistaremos a esplêndida cidade que dará luz, justiça e dignidade aos homens”.
Neruda quando foi agraciado em 1971 com o Prêmio Nobel de Literatura, afirmou: “Enfim parece que sou mesmo agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura. Ótimo, vocês sabem que nós, poetas, sempre estamos esperando milagres. E o milagre realizou-se”.
Relembro aqui trechos do seu discurso onde ele nos dá uma aula de literatura, uma aula de civilidade, compreensão e amor...
Senhoras e Senhores:
Não aprendi nos livros nenhuma receita para a composição de um poema; e também não deixarei impresso nem sequer um conselho, modo ou estilo para que os novos poetas recebam de mim alguma gota de suposta sabedoria. (...)
(...) De tudo isso, amigos, surge uma lição que o poeta deve aprender dos outros homens. Não há solidão inexpugnável. Todos os caminhos levam ao mesmo ponto: a comunicação daquilo que somos. E é preciso atravessar a solidão e a aspereza, a incomunicação e o silêncio para chegar ao recinto mágico no qual podemos dançar torpemente ou cantar com melancolia: mas nesta dança ou nesta canção estão consumados os mais antigos ritos da consciência, da consciência de ser homens e de crer num destino comum.(...)
(...) O poeta não é um pequeno deus. Não, não é um pequeno deus. Não está marcado por um destino cabalístico superior ao daqueles que exercem outros misteres é ofícios. Tenho expressado frequentemente que o melhor poeta é o homem que nos entrega o pão de cada dia: o padeiro mais próximo, que não pensa que é deus. Ele realiza a sua majestosa e humilde tarefa de amassar, colocar no forno, dourar e entregar o pão cada dia, com uma obrigação comunitária. E se o poeta chegar a alcançar esta consciência simples, poderá também a consciência simples converter-se em parte de um colossal artesanato, de uma construção simples ou complicada, que é a construção da sociedade, a transformação das condições que rodeiam o homem, a entrega de uma mercadoria: pão, verdade, vinho, sonhos. Se o poeta se incorporar a esta luta nunca gasta a fim de consignar cada qual nas mãos do outro sua ração de compromisso, sua dedicação e sua ternura pelo trabalho comum de cada dia e de todos os homens, o poeta tomará parte no suor, no pão, no vinho, no sonho da Humanidade inteira. Somente por este caminho inalienável de ser homens comuns chegaremos a restituir à poesia o amplo espaço que lhe é recortado em cada época, que nós mesmos lhe recortamos em cada época.