“O país está quebrado. Quero mexer nas alíquotas e não me deixam”, disse o presidente essa semana, para logo em seguida culpar a imprensa que, segundo ele – “são uns canalhas que querem de volta os que sempre lhe ajudaram”.
Vejam que isso vindo do presidente da República, é muito mais grave do que se imagina. Quem não deixa mexer, se a caneta está com ele? Ele não tem o comando da nação? É refém de quem mesmo?
Vejam que a alíquota do imposto para exportação, definido na Constituição no art., 153, II, é de 30%, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou aumentá-la, para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
E, malandramente foi feito uma emenda que consta que – “a soja é isenta deste imposto”. Por que esse privilégio? Será que se esse imposto for cobrado, como se faz em todos os outros países do mundo como Estados Unidos, México, Canadá, Argentina e Cia., todos pagam 30% de imposto para exportar esse mesmo produto.
E o resultado disso tudo é o que estamos vendo – nunca se queimou tanta floresta para que o setor avance cada vez mais e tudo vire em plantação de soja. Vocês acham que se fossem cobrados os 30% de imposto como se faz no resto do mundo, os nossos produtores iriam parar de plantar soja? É claro que não.
Num momento como esse que estamos vivendo, com uma pandemia avassaladora e com uma multidão de brasileiros desempregados, com esses valores cobrados não poderia continuar pagando o auxílio emergencial até que se tudo voltar a normalidade outra vez?
Onde estamos? Como aceitar algo assim passivamente? Como aceitar que alguém retire o imposto para compra de armas que matam e destroem vidas e, no entanto, é contra a vacinação em massa da população que salva VIDAS?
Quantos toneladas de soja foram exportadas em 2020? Quantos bilhões a mais o país poderia ter em caixa se tivesse cobrado os 30%?
Segundo os dados oficiais, o país exportou 100 milhões de toneladas de soja – se fosse cobrado os 30% como se faz em todos os países do mundo – o país poderia pagar um auxílio emergencial de R$ 1.500,00 tranquilamente. As pessoas iriam consumir mais, o comércio venderia mais e os Estados e Municípios, lucrariam muito mais com os impostos oriundos dessas transações.
E o mais importante – o próprio governo estaria sendo visto com outros olhos pela grande maioria da população – e, no entanto, o que vemos hoje?
O que se nota nisso tudo, é que pessoalmente o presidente da república é um admirador do quanto pior melhor. Ele deixa transparecer que se a metade da população morrer, vai ficar mais fácil governar e dividir os lucros.
Vocês já imaginaram se não fosse o trabalho exaustivo da imprensa em mostrar os números e alertar a população sobre o uso de máscara e os cuidados com lavar as mãos com álcool gel, até que se tenha uma vacinação em massa, o que teria acontecido por aqui?
Como alguém em sã consciência no cargo de presidente da República vem a público contrariar o avanço tecnológico, a comunidade cientifica, dando um péssimo exemplo em não usar máscara e dizer que não vai usar a vacina?
Onde estão os nossos Generais? Onde estão os Poderes da República?
E vejam – que essa semana ao elogiar o maluco do Trump que quase tocou foco na Nação mais poderosa do mundo, ele já sinalou que vai fazer coisa pior em 2022, deixando claro que não pretende deixar o cargo – sinalizando de que caso perca a eleição vai culpar a Urna Eletrônica – a mesma urna que o elegeu em 2018...