Foto: arquivo pessoal - “A medida mais eficaz de aplicação dos recursos públicos na saúde é utilizar em programas de Saúde Preventiva. Doenças muitas vezes evitáveis e controláveis como Diabetes e Hipertensão, que causam milhares de mortes todos os anos, podem ser amenizadas através de programas preventivos na adoção de hábitos saudáveis, melhorando a qualidade de vida das pessoas e consequentemente favorecendo as finanças públicas”.
Logo após visitar o nosso site essa semana – mais especificamente na matéria sobre o Legislativo Municipal, onde falávamos da necessidade de voltarmos a crescer com urgência, urgentíssima, a enfermeira da 9 Regional de Saúde de Foz do Iguaçu, Vanessa Cavalca Presa, nos enviou uma correspondência, onde pincelava vários tópicos que o nosso município poderá usar na área da Saúde Pública. Dizia ela:
“São atos simples, mas de grande importância não só para a Saúde da população, como também para a saúde financeira dos cofres públicos, tendo em vista que não basta só priorizar atividades curativas, mas enfatizar na prevenção e promoção a Saúde. Desta forma, desta forma, diminuem os gastos com internamentos de alta complexidade, tratamentos de alto custo, exames laboratoriais, adoecimento por doenças transmissíveis e imunopreveníveis (vacinação) e redução da mortalidade".
No seu ponto de vista, “quando focamos na prevenção em todas as ações de vigilância (sanitária, epidemiológica, ambiental e saúde do trabalhador) articulada com atenção básica, através de estratégias de intervenções na saúde, mudamos totalmente o cenário epidemiológico e o impacto negativo a saúde”, enfatizava.
Ao ser perguntada como é possível fazer isso para se ter uma saúde pública de qualidade, nos disse que se faz necessário investimentos.
“A medida mais eficaz de aplicação dos recursos públicos na saúde é utilizar os valores em programas de Saúde Preventiva. Doenças muitas vezes evitáveis e controláveis como Diabetes e Hipertensão, que causam milhares de mortes todos os anos, podem ser amenizadas através de programas preventivos na adoção de hábitos saudáveis, melhorando a qualidade de vida das pessoas e consequentemente favorecendo as finanças públicas”.
Jornal – Atuando há vários anos na 9 Regional de Saúde em Foz do Iguaçu, no setor de Epidemiologia, qual foi a sua primeira reação quando o mundo tomou conhecimento da circulação desse vírus mortal, chamado Corona Vírus?
Vanessa – Como trabalho na área da epidemiologia, no programa de vigilância das sentinelas dos vírus respiratórios, monitorando e observando o comportamento do panorama viral, já no primeiro alerta de infecção respiratória causando síndrome respiratória aguda grave por “novo coronavirus” vi como uma alerta pandêmico. Não era esse o comportamento dos Coronavirus já conhecidos e identificados e monitorados pela vigilância, pois eram relacionados a resfriados comuns, diferente da influenza.
Jornal - O que mais te preocupou de início?
Vanessa - O que mais me preocupou como enfermeira responsável pela vigilância epidemiológica dos vírus respiratórios, foi a orientação de ficar em casa e só procurar o serviço de saúde nos sintomas “falta de ar / dificuldade respiratória”. Maior ainda com a população mais suscetível da pandemia da influenza (idosos e gestantes).
Jornal - Isso tudo termina criando um clima de ansiedade...
Vanessa - A ansiedade era da coleta ambulatorial desses pacientes, tanto para diagnóstico/tratamento precoce/monitoramento da evolução/ transmissibilidade e claro, o panorama viral dos municípios “estamos em transmissão comunitária já? “Sendo que as coletas eram realizadas no internamento hospitalar, desta forma, como saberíamos o contágio das pessoas com “resfriado ambulatorial” e pior os de risco.
Para todas as doenças, a prioridade é o diagnóstico/tratamento precoce/ acompanhamento/ evolução além das ações em saúde.
“A vacina é nossa maior arma de prevenção”