Quem tem acompanhado o dia a dia nos noticiários, deve ter notado que, estamos vivendo um momento de constante ataques à liberdade de imprensa – principalmente, pelo líder mor que que ocupa a presidência.
Um momento delicado e histórico, tendo em vista que estamos convivendo com uma PANDEMIA MUNDIAL do novo coronavírus, que no Brasil se potencializou por falta de uma estratégia conjunta para combater o vírus.
E hoje, os números são assustadores – chegando próximo a 400 mil mortes – como se, 15 municípios como o nosso de 27 mil habitantes, fossem varridos do mapa da noite para o dia. Quantos amigos nossos que residiam aqui ou que em outros lugares que hoje são apenas números de uma estatística? Eu, por exemplo, perdi o meu irmão mais velho, Luiz Antônio, a cerca de 30 dias.
Por que digo isto? Ontem (23), por volta das 8h40, ao visitar uma Loja da Cidade para comprar fita adesiva e lona plástica para envelopar os caibros de uma construção até que se coloque as telhas – enquanto aguarda o atendimento – pois a casa estava com vários clientes, todos higienizados com álcool gel e usando máscaras – me entra um sujeito alto, forte e sem máscara, dando bom dia.
Um dos clientes lhe perguntou: “não está usando máscara, não tem medo da pandemia?” E o sujeito, que no mínimo deve ser seguidor de carteirinha do comportamento do atual presidente, respondeu – “que pandemia que nada, isso nunca existiu...”.
Confesso que a vontade que tive na hora foi de coloca-lo para fora e arrumar a maior confusão. Mas não, preferi não estragar o dia e fazer essa matéria demonstrando que nesse momento, mais do que nunca, se faz fundamental o trabalho dos jornalistas para combater a desinformação e levar luz aos cérebros recheados de ignorância.
Na hora, lembrei de um dos artigos recentes publicado pelo editor da Wired, revista americana voltada para ciência e tecnologia, Nicholas Thompson, no lançamento de um projeto especial de cobertura do Covid-19, afirmou: “O trabalho de um jornalista é manter o público informado. Na melhor das hipóteses, nossa profissão ajuda a acender luzes onde a luz não chega, e ajuda as pessoas a tomarem decisões que podem mudar o rumo do nosso mundo. Isso sempre foi importante, mas é difícil pensar em um momento em que isso tenha importado mais do que no momento.” Fica o registro.
Incêndio no morro na localidade da Serra do Mico.
Pelo o que sabemos sobre esse incêndio é que, pelo menos, entre mortos e feridos, se salvaram todos. A pesar de que, pela altura das chamas, com certeza algumas cobras e lagartos e outros insetos que fazem parte da cadeia alimentar do reino animal, não devem ter tido a mesma sorte.
Quando vi a altura das chamas, uma das minhas primeiras preocupações foi com um Tamanduá Bandeira Gigante que vive fuçando nos arredores. Nos próximos dias saberemos se ainda está vivo pois, a cerca de 300 metros de onde houve o incêndio fica localizado o sítio que era dos meus pais, a onde tenho visitado todos os dias, pois estou construindo no local.
E foi justamente essa construção que me fez voar na direção desse incêndio ontem. Como não estava acompanhando o incêndio nas redes sociais, recebi a notícia do mesmo pela minha amiga Sula, via WattSapp. E, como eu a havia enviado umas fotos a cerca de duas semanas dessa construção – as imagens do incêndio, apareceram no meu watts, ao lado do Morro Pegando Fogo, como podem ver na foto acima.
Quando vi aquilo, engatei uma primeira, pulei a segunda e já fui para a terceira e em questão de minutos já estava lá com uma garrafa de água na mão para contribuir com o apagão.
Eu fico imaginando se numa hora como essa, estivesse a pé e não montado na minha Lamborghini modelo Escort europeu ano 97. Digo Lamborghini, por que ao lado da Ferrari é um dos melhores carros do mundo – e para nós, simples mortais, o melhor carro do mundo é aquele que nos leva para todos os lugares onde queremos ir a qualquer dia e hora, como nesse caso.
A adrenalina foi tanta, que se estivesse a pé, teria feito o percurso correndo e desafiando a velocidade da LUZ. Parabéns ao pessoal do Corpo de Bombeiro e voluntários que rapidamente conseguiram controlar o incêndio e não deixar que o mesmo se alastrasse para as propriedades vizinhas.