Da Assessoria - Conclusão marca o fim da fase de concretagem de grandes volumes da obra, que tem recursos da Itaipu Binacional. Índice de execução da nova ponte já está em 73%.
O consórcio responsável pela construção da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, que ligará Foz do Iguaçu (PR) a Presidente Franco (Alto Paraná), vai concluir nesta sexta-feira (26) a concretagem do mastro principal na margem paraguaia, que terá 184 metros de altura, da fundação ao topo. No lado brasileiro, o mastro principal já está pronto, com 190 metros, equivalente a um prédio de 63 andares. Com isso, as obras da nova ponte alcançam mais de 73% de execução e investimentos de aproximadamente R$ 170 milhões, conforme o último boletim técnico divulgado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR). Os recursos são da margem brasileira de Itaipu Binacional.
Os dois mastros principais, que têm formato de “Y” invertido, são as maiores estruturas de sustentação da Ponte da Integração, compostas também por apoios intermediários. A conclusão desta etapa marca o fim da fase de concretagem de grandes volumes da obra. No total, serão usados na construção 38 mil metros cúbico de concreto.
“A partir de agora, os volumes de concreto serão menores e a obra vai ganhar um ritmo mais contínuo, passa a ser um processo de quebra-cabeça”, explicou a engenheira civil Pamela Mocelini, supervisora de execução.
Na última quarta-feira (24), na margem brasileira, foi posicionada a quinta aduela metálica no vão-livre da ponte. Cada segmento (que vai compor a base da futura pista de rolamento) tem 11,9 metros de comprimento, 20 metros de largura e de 50 a 60 toneladas de peso. No lado paraguaio, já foram instaladas três aduelas.
Após a instalação do segmento, ainda é feito o processo de solda das emendas (uma aduela a outra), instalação das lajes pré-moldadas, concretagem de interligação das emendas e, para finalizar o estaiamento da unidade.
Somente depois da execução dessas etapas é que uma nova aduela é posicionada no vão-livre. Esse processo ocorre simultaneamente nas margens brasileira e paraguaia. Quando a ponte estiver concluída, serão 36 aduelas (18 do lado brasileiro e 18 do lado paraguaio) e uma aduela de fechamento (central).
Como vai ser
A Ponte da Integração, construída sobre o Rio Paraná, terá 760 metros de extensão e vão-livre de 470 metros, o maior da América do Sul. A obra é uma iniciativa do governo federal, com gestão do governo do Estado Paraná e execução do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR) e recursos da Itaipu Binacional. No total, serão investidos R$ 323 milhões no projeto. A previsão é que a obra esteja pronta até setembro de 2022.
Perimetral
Neste mês de novembro, as obras da Perimetral Leste alcançaram 5,08% de execução, com investimentos de aproximadamente R$ 5,28 milhões. A perimetral terá 15 quilômetros de extensão e vai ligar a Ponte da Integração e a nova aduana argentina às rodovias BR-469 (Rodovia das Cataratas) e BR-277 (saída para Cascavel e Curitiba),
No período, de acordo com boletim técnico do DER-PR, foram instaladas 76 estacas-raiz (de um total de 88) no viaduto da Avenida General Meira e outras 78 (de um total de 90) no viaduto da BR-469. Também avançaram as obras no viaduto da Ponte Tancredo Neves e começaram os serviços de terraplanagem na nova aduana argentina, com o lançamento, espalhamento e compactação de camadas.
Investimentos de Itaipu
A Ponte da Integração e a Perimetral Leste integram o rol de obras estruturantes financiadas na região Oeste do Paraná pela margem brasileira da Itaipu – que incluem a duplicação da pista do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu (já concluída), a duplicação da Rodovia das Cataratas (em fase de licitação), a revitalização do sistema de transmissão de Furnas, entre outras. A soma dos investimentos da empresa na região chega a R$ 2,5 bilhões.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,8 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 11% de toda a energia consumida pelo Brasil e aproximadamente 90% do Paraguai.