Ao rejeitar por 9 x 0, na última segunda feira (08), o pedido de cassação do Prefeito Motta e do seu vice Cláudio Rodrigues, o Legislativo Municipal demonstrou o que podemos chamar de maturidade legislativa, onde os membros daquela casa, tiveram a nobreza de espírito nessa questão emm particular, de olhar coletivamente em prol do progresso e do desenvolvimento da nossa cidade.
É verdade que o termo “maturidade” é bastante amplo. Uma rápida pesquisa no dicionário vamos ver que pode significar “capacidade de julgamento, prudência ou sensatez, ou até mesmo a idade em que uma pessoa tenha alcançado a sua plenitude vital sem necessariamente ter chegado à velhice.”
No pedido enviado à Câmara, o empresário Rogério Arnold, alega que o Prefeito teria cometido infrações políticas administrativas graves, por ter feito uso de um programa de rádio, pago com recursos públicos, para promoção pessoal e pedir votos para o deputado estadual Hussein Bakri e para o Governador Ratinho Junior.
Antes de fazer essa matéria, escutei a entrevista dada ao prefeito, onde ele fala das suas realizações e agradece ao deputado e ao Governo do Estado, pela ajuda que tem procurado dar a sua administração, como todo e qualquer administrador faz, independentemente de ser ou não ano eleitoral.
Em entrevista concedida ao Guia São Miguel, o vereador Kleverson Takahashi, foi enfático: "Não tenho nada contra a pessoa do nosso prefeito, se voto contrário ou a favor de um projeto é uma questão de projeto. Torço para que se faça uma boa administração pública que beneficie a todos", ressaltando que, “da minha parte quero disser ao prefeito que estou aberto ao diálogo."
Para o vereador Lafaiete Ganda Meira, "o Prefeito tem que fazer a parte dele e nós temos que fazer a nossa parte, o executivo e o legislativo têm que trabalhar juntos."
Raulique Farias, presidente do Legislativo, após a votação determinou o arquivamento do pedido, dizendo que no seu ponto de vista, ações desta natureza é um desrespeito - não ao prefeito, mas à esta casa de leis – “pois esse é o terceiro pedido de cassação por nada", ressaltando que, "queira ou não aqui vai ser feita a coisa correta".
Não estou aqui, em momento algum desencorajando quem quer que seja a denunciar os desvios de conduta dos agentes públicos – muito pelo contrário – quando isso for necessário deve ser enaltecido e aplaudido por todos. O que não podemos é atrapalhar aqui, para poder ganhar ali – não se importando com a geração de emprego e renda, com a qualidade de vida da população.