Da Assessoria - Milena Copi - Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná venceram o Prêmio Patente do Ano nesta terça-feira (22), durante o 43º Congresso Internacional da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI). Eles criaram a invenção BR 102019019637-8, intitulada “Processo de obtenção de carvão ativado a partir da carbonização hidrotérmica de bitucas de cigarro”.
"Através do processo hidrotérmico, tratamos as bitucas, que são passivos ambientais que não possuem uma política assertiva de descarte”, explicou Rogério Maniezzo, da Universidade Estadual de Maringá, durante o recebimento do prêmio. “Conseguimos transformá-las em um material que pode ser utilizado no tratamento de água efluente, fazendo absorção de corantes, metais pesados, fármacos, entre outros contaminantes.”
O prêmio, que está em sua quarta edição e que neste ano privilegiou patentes que promovam a igualdade social, foi entregue a Andrelson Wellington Rinaldi, Hugo Henrique Carline De Lima, Marcos Rogério Guilherme, Murilo Pereira Moisés, Pedro Augusto Arroyo, Rogério Dos Santos Maniezzo e Vicente Lira Kupfer por Ricardo Cardoso Costa Boclin, membro do Conselho Diretor da ABPI.
“Agradecemos a ABPI pelo reconhecimento do nosso trabalho com este prêmio. Ele valoriza a pesquisa que é feita nas universidades federais e estaduais”, declarou Rogério Maniezzo, cuja invenção possui a classificação de patente verde, e foi depositada em 2019 no INPI e concedida em 2022. “Nosso ideal é estar aqui de novo ano que vem, imitando a Federal de Minas Gerais, que já venceu o prêmio duas vezes.”
Em 2022, o prêmio foi conferido aos inventores Eliane Ayres, Rosemary Bom Conselho Sales, Priscila Ariane Loschi e Rodrigo Lambert Oréfice, e aos titulares Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG). Eles desenvolveram a patente BR 102013018865-4, intitulado um “Tecido Controlador Térmico, Processo de Obtenção e de Uso”.
A ABPI
A ABPI – Associação Brasileira da Propriedade Intelectual é uma entidade sem fins lucrativos voltada para o estudo da Propriedade Intelectual, notadamente o direito da propriedade industrial, o direito autoral, o direito da concorrência, a transferência de tecnologia e outros ramos afins. Fundada em 16 de agosto de 1963, a ABPI congrega empresas, institutos de pesquisa, universidades, escritórios de advocacia e agentes de propriedade industrial do Brasil e do exterior
A ABPI promove conferências, congressos, seminários e edita publicações voltadas para divulgação da Propriedade intelectual e o aperfeiçoamento da legislação, doutrina e jurisprudência desse ramo do Direito. Com sede no Rio de Janeiro e escritório em São Paulo, a entidade mantém, permanentemente, 15 Comissões de Estudo, representações seccionais em oito estados, um Centro de Educação Continuada (CEDUC), um Centro de Solução de Disputas (CSD-ABPI) e um Comitê Empresarial.
A ABPI representa no Brasil, como grupo nacional, a AIPPI – Association Internationale pour la Protecion de la Proprieté Intellectuelle, a principal entidade mundial de consulta para estudo e promoção da propriedade intelectual. Também atua como parceira da LIDC – Ligue Internationale du Droit de la Concurrence e do Global IP Network, que congrega as associações nacionais de PI das principais economias mundiais.