De agente a assistente de segurança, Regiane Maria Biassu Ramos trilhou um caminho de sucesso
Da Assessoria - Fotos: arquivo pessoal - Setor tradicionalmente masculino, a Segurança Empresarial de Itaipu conta, pela primeira vez, com uma mulher numa função de comando. A empregada Regiane Maria Biassu Ramos, da Divisão de Segurança da Central, assumiu recentemente o cargo de assistente de Segurança, mais uma conquista das mulheres que trabalham na usina binacional.
Na Segurança Empresarial trabalham 155 homens e apenas oito mulheres. Além de Regiane Ramos, são cinco agentes, uma secretária e uma profissional que dá suporte administrativo na Divisão de Planejamento e Atividades Especiais.
Depois de anos de espera por uma promoção, a assistente de segurança diz que essa foi uma grande conquista em sua carreira. "Eu me sinto muito orgulhosa por este feito, pois desde que estou na empresa venho quebrando paradigmas”, afirma.
A promoção chegou depois de 15 anos de casa. Ela esperava mesmo que, ao longo do tempo, pudesse ser reconhecida e assumir o posto em que está hoje. “Ser reconhecida e crescer na carreira é o que todos esperam. Estou vivendo um momento muito feliz e de gratidão no meu trabalho”.
O cargo de agente de segurança tem como atribuições executar as normas e seguir as determinações que chegam até a Segurança Empresarial. No atual cargo, como assistente de segurança, Ramos é responsável por orientar e fiscalizar o trabalho dos colegas.
Para ela, a palavra que define sua carreira é orgulho, não só por fazer parte da Segurança Empresarial, mas “desta empresa maravilhosa”. Embora esteja em uma área tradicionalmente masculina, ela garante que nunca se sentiu discriminada. “Sempre trabalhei bem com os colegas e conquistei meu espaço e o respeito de todos”.
Desafio é ampliar
Para a coordenadora do Programa de Incentivo à Equidade de Gênero da Itaipu, Erika Patrícia de Souza Davies, a promoção da colega é um avanço importante e significativo, mas o desafio é ampliar o número de mulheres na área de Segurança.
Ela lembra que, no passado, houve critérios de seleção desfavoráveis (e injustificáveis) que impactaram na participação feminina, restringindo o número de mulheres concorrendo a determinados cargos, em especial ao de agente de segurança.
Davies cita, como exemplo, a exigência de habilitação na categoria "C" e de formação em curso de escolta armada, sendo que agentes de segurança não têm entre suas atribuições conduzir caminhões ou veículos mais pesados que camionetes - tampouco de fazerem escolta armada, nos termos preconizados pela lei. “A conquista de postos de liderança é apenas o primeiro passo de uma longa caminhada”, avalia a coordenadora.
Regiane Maria Biassu Ramos é casada com Gilberto e tem uma filha, a Franciele.