Por meio de pesquisas científicas, empregados e empregadas da usina contribuem com a agenda 2030 da ONU
Da Assessoria - Fotos: Itaipu/Binacional - Reconhecida mundialmente pelos recordes de desempenho operacional e pelos cuidados socioambientais, a usina de Itaipu se destaca também por ter um corpo funcional de excelência. Profissionais da usina dedicados à pesquisa acadêmica vêm contribuindo de forma significativa para atender a agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), um plano global que prevê atingir em seis anos um mundo melhor para todos os povos e nações, atuando nos 17 desafios dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ação global.
Para Ariel Scheffer da Silva, superintendente da Universidade Corporativa, área responsável pela gestão do conhecimento da Itaipu, a ciência é um tema muito caro à empresa. “Por meio da pesquisa e geração do conhecimento científico, desenvolvemos inovações, tecnologias e melhoria de processos empresariais e territoriais que levem ao alcance dos 17 ODS.”
Segundo ele, os resultados das pesquisas e trabalhos acadêmicos, tanto para a sociedade quanto para as empresas, são essenciais para o desenvolvimento sustentável e geram impactos positivos em todas as áreas do conhecimento, que vão desde a cura de doenças e tecnologias de produção de alimentos, até a construção de obras magníficas, como é o caso da própria usina de Itaipu.
Laboratório de conhecimento
Desde sua concepção, a Itaipu Binacional é um grande laboratório transdisciplinar e fonte de inspiração para a pesquisa científica e a inovação. Ariel Scheffer diz que, “na verdade, a usina surgiu de conhecimento científico preliminar e de três grandes processos inovadores”.
E explica: “O primeiro está relacionado com a ‘engenharia diplomática’ de um empreendimento binacional que utiliza recursos hídricos compartilhados por três países. Já o segundo, com a concepção técnica inovadora da obra. O terceiro processo diz respeito à concepção da gestão ambiental binacional do reservatório e o desdobramento de vários processos aperfeiçoados e inovadores de gestão do território e de seus recursos hídricos e energéticos”.
Linhas de ação da UCI
De acordo com o superintendente da Universidade, este laboratório gerou e gera interesse de pesquisadores internos e externos e também muitas oportunidades de pesquisa e inovação nas diversas áreas do conhecimento. “Ciente da importância estratégica da pesquisa, desenvolvimento e inovação, a usina instituiu estas atividades, somadas à gestão e difusão do conhecimento, como uma das três linhas de ações da UCI.”
Entre as principais áreas de interesse de pesquisa, desenvolvimento e inovação, estão a produção de energia limpa e renovável, a segurança hídrica e a segurança de barragem, a atualização tecnológica da usina, a conservação e gestão ambiental, a tecnologia de informação, a tecnologia social, a geração distribuída, o veículo elétrico e a produção de hidrogênio, entre outros.
“Como precisamos de respostas rápidas para os desafios da entidade e da sociedade, priorizamos as pesquisas aplicadas e apoiamos instituições de ciências e tecnologia em iniciativas estratégicas para a Itaipu e para a sociedade”, reforça.
Milhares de citações de pesquisas
Numa busca rápida no Google Scholar (Google Acadêmico), constata-se o número expressivo de citações ou de pesquisas (14.600 citações/trabalhos) sobre diversos temas envolvendo a hidrelétrica. De acordo com a busca da UCI, os temas mais recorrentes nesta plataforma são tecnologias, energias renováveis, segurança de barragens, biodiversidade, meio ambiente, povos indígenas, segurança hídrica e turismo, além de outros assuntos mais específicos.
Ariel Scheffer acredita que os números da produção interna e externa sobre a Itaipu podem ser bem maiores, já que existem várias outras plataformas e sistemas de gestão da produção científica. Um exemplo disso é o resultado de um levantamento da produção científica entre 1976 e 2020, feito em parceria de Itaipu com a Universidade Federal do ABC (UFABC) e o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), usando a base de publicações de outra plataforma (Scopus, com 16 mil revistas científicas) e algumas palavras-chave, como Itaipu, Reservatório de Itaipu, Barragem de Itaipu e UHE Itaipu, que soma 582 trabalhos publicados.
Os temas de maior destaque, ou seja, com maior número de trabalhos registrados no levantamento daquele período, na área ambiental, são biodiversidade, monitoramento ambiental, rios, mudanças climáticas, plantas aquáticas e peixes. Já na área técnica, os de maior repercussão são plantas de geração, transmissão de energia, segurança de barragens, hidrogênio e sistemas elétricos.