Da Assessoria - Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional - Encontro reunirá representantes de ministérios das principais economias do globo e de organizações internacionais.
De 30 de setembro a 4 de outubro, Foz do Iguaçu será o centro das atenções globais ao sediar a Reunião Ministerial de Energia do G20. A cidade paranaense é a única não capital brasileira a sediar reuniões do bloco econômico, que concentra as principais economias do planeta. O encontro reunirá ministros de energia, líderes e especialistas de todo o mundo para discutir e promover políticas de transição energética, um tema vital para o futuro da humanidade.
Usina de biogás em Entre Rios do Oeste, região do reservatório da Itaipu. Crédito: Edino Krug/Itaipu Binacional
A Itaipu Binacional desempenhará papel central no evento. A empresa, que já é um exemplo de liderança em energia limpa e renovável e de parceria internacional bem-sucedida, é a principal apoiadora do encontro em Foz do Iguaçu. O Governo Federal, por sua vez, reforçará seu compromisso com a promoção de energias renováveis e tecnologias limpas, destacando iniciativas e políticas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e descarbonizar a economia.
Rafael González. Crédito: Sara Cheida/Itaipu Binacional
A cooperação internacional será um dos pilares das discussões. O Brasil tem se destacado em parcerias estratégicas com diversos países para promover energias renováveis. Exemplos disso são a colaboração com a Alemanha no desenvolvimento de tecnologias de energia solar, eólica e biogás (nesta fonte, com a Áustria, inclusive), e com a China e a Índia na pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis.
Rogério Menegheti. Crédito: William Brisida/Itaipu Binacional
Essas parcerias não apenas incrementam a capacidade tecnológica do Brasil, mas também contribuem para o fortalecimento de um mercado global mais sustentável. “O Brasil é solo fértil para investimentos, todos sabem da nossa posição geopolítica, da estabilidade jurídica e das nossas potencialidades. Além disso, com o presidente Lula, o país voltou a dialogar com o mundo e sair do isolamento global, retomando a sua credibilidade”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em recente evento realizado em Brasília para a celebração de parcerias com a China.
Energia solar em edificação da Itaipu. Crédito: Sara Cheida/Itaipu Binacional
As expectativas para a Reunião Ministerial de Energia do G20 são altas. Espera-se que os ministros discutam os principais desafios da transição energética, como a descarbonização. Em 2023, conforme relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), as emissões do setor energético global bateram novo recorde de emissões, atingindo 37,4 bilhões de toneladas de CO2, 1,1% a mais do que em 2022. Estima-se que o setor energético (eletricidade + transportes) responda por mais de 70% das emissões globais de gases de efeito estufa.
Apesar da magnitude desses dados, a IEA aponta com otimismo que 2023 foi o primeiro ano em que pelo menos metade da produção de eletricidade nos países industrializados veio de fontes de baixas emissões, como renováveis e/ou nuclear. O Brasil, por sua vez, tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, graças à forte participação das renováveis na produção de eletricidade (cerca de 80%), além da forte presença de biocombustíveis no setor de transportes, especialmente o etanol.
Nesse contexto, a Itaipu desponta como uma referência internacional. A empresa se destaca por seu patrimônio ambiental, com a preservação de mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica em ambos os países. As áreas protegidas atuam como uma área de amortecimento, garantindo a qualidade e quantidade de água necessárias para a produção de energia, entre outros usos.
Além disso, a binacional tem atuado na vanguarda da transição energética não apenas pela produção de energia limpa (é a usina que mais gerou na história, com mais de 3 bilhões de MWh desde 1984), mas também pelas ações de modernização e eficiência; por iniciativas de educação e pesquisa, por meio do Itaipu Parquetec; pela promoção de outras renováveis como solar, biogás e hidrogênio verde; por parcerias internacionais, como a Rede Global de Soluções Sustentáveis em Água e Energia, com a UNDESA, e a colaboração com instituições alemãs para a expansão do hidrogênio verde e de combustível sustentável para aviação no Brasil; além de inúmeros projetos socioambientais em 434 municípios do Paraná e do Mato Grosso do Sul, por meio do programa Itaipu mais que Energia.
“Hoje há uma necessidade global de adotar cada vez mais fontes renováveis de energia. Por isso, é grande a expectativa para a troca de experiências e para a formulação de políticas que permitam o avanço dessas energias no mundo, além da discussão sobre investimentos e fomento à inovação”, afirma o presidente do CIBiogás, Rafael Gonzáles. Sediado no Itaipu Parquetec, o CIBiogás é exemplo do apoio da Itaipu ao desenvolvimento de novas fontes renováveis, principalmente o biogás gerado a partir de dejetos das atividades agropecuárias, além de iniciativas inovadoras para transforar biogás em petróleo sintético renovável e a geração de biometano (combustível) a partir de resíduos orgânicos da própria hidrelétrica.
“Em um mundo cada vez mais consciente da emergência climática, a Reunião Ministerial de Energia do G20 em Foz do Iguaçu representa uma oportunidade única para avançar na agenda global de sustentabilidade”, completa o superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Rogério Meneghetti. Segundo ele, a liderança do Brasil, exemplificada pela Itaipu Binacional e pelo compromisso do Governo Federal, será crucial para inspirar ações concretas e colaborativas em prol de um futuro energético mais limpo e sustentável.
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 3 bilhões de MWh. Em 2023, foi responsável por cerca de 10% do suprimento de eletricidade do Brasil e 88% do Paraguai.