Da Assessoria - O Governo Municipal de São Miguel do Iguaçu desenvolveu em parceria com a Faculdade Uniguaçu o projeto “O uso da horta como recurso terapêutico”, para os pacientes atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Durante dois meses, estudantes do curso de Terapia Ocupacional da Uniguaçu aplicaram o projeto para cinco pacientes que auxiliaram na construção de uma horta na sede do CAPS. As participantes se dedicaram a diversas tarefas como carpir, plantar, observar, buscar terra, pintar colunas para embelezar o espaço, pintar as placas identificativas e posicionar os pneus.
“Além disso, realizaram limpezas semanais e organizaram pisantes diretamente na terra para caminhar e não danificar a horta. Essas atividades permitiram a criação, o cuidado, o cultivo e a estética da horta”, contou uma das estudantes envolvidas no projeto, Mariana Rosa Callegari Lischinski.
A estudante Thaisa Klumb Martins, outra aluna do projeto, relatou que o uso da horta como recurso terapêutico visa promover a socialização, aumentar a autoestima e proporcionar momentos de bem-estar, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida e da autonomia de pessoas em processo de (re) habilitação.
“O cultivo da horta exige o prazer em fazer, a atenção e dedicação, oferecendo a oportunidade de envolvimento em atividades diárias que incentivam o planejamento, a formulação de estratégias e evolução, proporcionando um sentimento de realização e conclusão, onde nota-se resultados positivos quando associados a sintomas de transtornos mentais”, destacou Thaisa.
A orientadora do projeto, professora Andreia Kukul Vogelmann, contou que houve muita dedicação e determinação para que esse projeto fosse possível e com excelentes resultados. “As estudantes foram comprometidas na realização do trabalho e estão de parabéns, bem como as participantes do projeto e o CAPS que nos recebeu de braços abertos”, observou.
O relato dos participantes mostra o quanto fez bem esse projeto. “Espero toda semana para ir a horta, me faz sentir bem e me ajudou com as tremedeiras”, contou D.L.C.C, uma das participantes. “Gostaria que o grupo permanecesse e que tivesse mais mulheres como nós nos grupos que fazemos pela manhã”, contou M.F.D., outra participante.
O coordenador do CAPS, João Carlos Felisberto, agradeceu a faculdade e as estudantes por aplicar o projeto para as pacientes que tanto necessitam. “Resultado muito significativo que teve melhoria na qualidade de vida das pacientes que participaram do projeto”, destacou.
O CAPS é uma rede que abrange intervenções na área da saúde, para auxiliar pessoas com distúrbio psíquico ou mental, o que inclui também o uso abusivo de álcool ou ainda o de dependência química, as quais necessitam de ajuda nesse processo de reabilitação.
Por mês, em média cerca de 516 pacientes são assistidos no CAPS de São Miguel do Iguaçu pelos seguintes profissionais: um médico psiquiatra, um agente de saúde pública, um enfermeiro, uma assistente social, dois técnicos de enfermagem, duas psicólogas clínicas, uma Terapeuta Ocupacional (TO) efetiva e outra TO não efetivada na instituição.