Fala aconteceu durante entrega de carta assinada pela Binacional, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e Petrobras para ministra Esther Dweck
Da Assessoria – fotos: William Brisida/Itaipu Binacional - O diretor-geral da Itaipu, Enio Verri, destacou o papel das estatais nas políticas públicas e no desenvolvimento de um estado sustentável mais justo e igualitário. “O Brasil é um país continental, com desigualdades regionais gigantescas e não há forma melhor de diminuir essas diferenças que unir os esforços das estatais para a aplicação de políticas públicas. E temos um compromisso com isso”.
A Itaipu está entre algumas das principais empresas públicas brasileiras que entregaram, nesta sexta-feira (15), uma carta à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, com propostas para os chefes de estado que compõem o G20.
No documento, as empresas apresentam 32 contribuições relacionadas à transição energética, à reforma da governança global e ao combate à pobreza e à fome, dentre outras.
“É uma alegria imensa receber esses documentos das grandes empresas públicas, que são motivo de orgulho para a população brasileira. Algumas são centenárias e outras mais novinhas, como a Itaipu, que está no livro dos recordes pela produção acumulada de energia elétrica. Essas empresas são parte de um país que pode ser uma das cinco maiores economias do mundo”, comentou a ministra.
O conteúdo da carta fará parte da Declaração do G20 Social, que será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encerramento do fórum, paralelo ao G20, neste sábado (16). O texto foi produzido pela Itaipu, Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica e Petrobras.
O ministro de Estado Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, citou o papel decisivo e importante de cada empresa. “Agradeço às estatais, pois não seria possível alcançar os objetivos principais propostos pelas lideranças do G20 sem reconhecer o papel delas no nosso país. Não teríamos mecanismos de cooperação no âmbito Brasil-Paraguai sem a Itaipu, que está nos ajudando na realização da COP30”, lembrou o ministro.
A diretora Executiva de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, reforçou a participação de Itaipu no grupo. “É uma empresa com uma grande equipe, trazendo projetos que a gente não conhecia, mas que são muito importantes”.
Objetivos do documento
O objetivo das cinco empresas líderes de setores estratégicos no Brasil é contribuir para o cumprimento efetivo da agenda global de desenvolvimento sustentável. Com uma atuação conjunta e coordenada, o grupo quer ajudar a promover uma economia regenerativa e equitativa e que impacte positivamente a população, as cidades e cadeias produtivas brasileiras para uma economia de baixo carbono. Como contribuição, as estatais se comprometem a estabelecer parcerias e relações com empresas socialmente e ambientalmente responsáveis.
“Estamos com um grande compromisso que é a agenda que o presidente propôs à aliança global voltada à transição energética. Não há melhor forma de reafirmar esse trabalho do que com os movimentos organizados. Temos esse compromisso enquanto empresas e bancos públicos” afirmou a Diretora de Crédito Digital para MPMEs do BNDES, Maria Fernanda.
O documento reafirma, ainda, a meta conjunta de impactar positivamente a sociedade brasileira, contribuindo, nos limites de suas atuações, para a ampliação do acesso da população às políticas públicas e para a superação da pobreza e das desigualdades. A importância da troca de conhecimento entre países que enfrentam desafios similares e compartilham da mesma realidade geográfica e climática também é reforçada na carta, assim como as discussões para a justiça climática e a diversidade de povos.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira enfatizou a importância de estar ao lado de outras entidades, demonstrando a força da união dessas instituições “enquanto empresas públicas que levam sua contribuição à mitigação dos problemas sociais que o Brasil enfrenta há séculos.”
Os eventos do G20, G20 Social e Aliança Global - Festival Contra a Fome e a Pobreza são iniciativas do Governo Brasileiro e correalizados pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
“Não podemos nos apequenar. Depende de nós nos posicionarmos como um dos países que alimenta um bilhão de pessoas no planeta. Não faz sentido termos brasileiros passando fome. Nossa missão conjunta é combater a desigualdade, evitar mais transformações climáticas e garantir uma transição justa e reformada da governança global”, reforçou a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
Também presentes no evento, o coordenador executivo do G20 Social, Jorge Santana, o diretor da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), Rodrigo Rossi, além de outras autoridades.