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Itaipu é homenageada no Prêmio Pintou Limpeza, do Grupo Estado
  Data/Hora: 15.nov.2012 - 15h 55 - Categoria: Itaipu Binacional  
 
 
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 O diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, representou a binacional na solenidade de entrega, nesta terça-feira (13), em São Paulo.

 

A Itaipu foi a única empresa homenageada na primeira edição do Prêmio Pintou Limpeza, promovido pelas rádios Eldorado e Estadão ESPN, do Grupo Estado, em cerimônia que aconteceu nesta terça-feira (13), no restaurante Figueira Rubayat, em São Paulo (SP). A binacional venceu na Categoria Empresa Cidadã, em função dos resultados do Programa Cultivando Água Boa, e foi representada pelo diretor de Coordenação, Nelton Friedrich.

 

A premiação reconhece personalidades e organizações de diversos setores da sociedade que têm o compromisso de respeito ao meio ambiente.

 

Outros vencedores foram o cineasta Fernando Meirelles (Personalidade), por sua atuação na campanha contra o novo texto do Código Florestal; a Associação Paulista de Supermercados – Apas (Iniciativa do ano), pela discussão sobre uso de sacolas plásticas; o Compromisso Empresarial para a Reciclagem – Cempre (Instituição de Destaque), pela atuação como prestadora de informações sobre reciclagem; e o Padre Rosalvino Moran Viñayo, da Obra Social Dom Bosco, de Itaquera (Menção honrosa), pelos anos de dedicação à frente da entidade.

 

Segundo Paulina Chamorro, editora de Meio Ambiente das rádios do Grupo Estado e jurada, o critério de escolha foi eleger o que há de mais importante atualmente na questão ambiental no Brasil. “A indicação de Itaipu foi pelo projeto Cultivando Água Boa e teve quase unanimidade de votos pela abrangência do programa e toda a gama da sociedade que é atendida”.

 

A iniciativa da Itaipu contempla uma série de ações que envolvem 29 municípios por meio uma abordagem sistêmica, que conta com 2380 parceiros. Além do cuidado direto com o maior bem da humanidade, a água, entre outros, o programa recuperou 1.300 km de cerca com mata ciliar recomposta em uma região que tem 90% das propriedades com menos de 50 hectares.

 

Os melhores do Brasil

Paulina conta ainda que, para ter certeza de que esses projetos são os melhores do Brasil, foi feita a eleição de um júri qualificado, que tivesse conhecimento da questão socioambiental e que fosse diverso. “Eles nos apresentaram opções de iniciativas usando o objetivo que são empresas, instituições e personalidades que vão além. A ideia é divulgar essas ações que muitas vezes ficam dentro do ambiente institucional”.

 

Para Friedrich, “a riqueza da premiação tem um componente especial, pois ninguém sabia que estavam sendo investigados os grandes programas sustentáveis no Brasil e essa troca de experiências mostra como essas práticas estão no caminho certo. O que precisamos agora é dar escala a essas boas práticas”.

 

Pintou Limpeza

O prêmio é uma extensão do Projeto Pintou Limpeza, criado há 12 anos pela rádio Eldorado e conta com as categorias Empresa Cidadã, Personalidade, Iniciativa do ano, Instituição destaque e Menção honrosa.

 

Os ganhadores foram definidos por um júri qualificado: Oded Grajew (Rede Nossa São Paulo), Mario Mantovani (SOS Mata Atlântica), Luciana Constantino (Editora do Estadão), Elisa Prado (Relações Institucionais da Tetra Pak), Paulo Pompilio (Relações Institucionais do Grupo Pão de Açúcar) e Paulina Chamorro (editora de Meio Ambiente das rádios do Grupo Estado).

 

Empresa Cidadã

A ideia do projeto é mostrar exemplos de mudança de atitude e alertar com informações pertinentes sobre temas da cidadania e do meio ambiente. Com quase dez anos de existência, o programa Cultivando Água Boa se consolida como principal projeto de sustentabilidade no Brasil.

 

Para Nelton Friedrich, “mais do que o tempo necessário para confirmar a seriedade é avaliar os acertos e correções de rumos. Em dez anos do programa dá para olhar para trás e ficar cheio de alegria e satisfação de ver as qualidades e quantidades de tudo que foi realizado. Mas agora é olhar para a nova década”.

 

Mario Mantovani, diretor de políticas públicas do SOS Mata Atlântica, está na luta ambiental há 40 anos, desde quando ambientalistas eram vistos como “alarmistas”. Ele reconhece a importância do programa de Itaipu, reafirmando a vocação da empresa no compromisso com o meio ambiente.

 

“Eu fui júri de quase todos os principais prêmios do Brasil na questão de sustentabilidade e o Cultivando Água Boa sempre foi lembrado. Desta vez, não tinha como não escolher o projeto, estávamos buscando uma empresa com responsabilidade, com projetos que são efetivos e fáceis de multiplicar, que mobilizam a sociedade e que têm resultado prático, por isso que votamos nele. No Brasil, é a vanguarda na questão do meio ambiente”, analisa Mantovani.

 

Nelton Friedrich acrescenta: “Esse é o rumo que toda companhia terá que seguir de agora em diante. Acredito que empresas públicas e privadas vão padecer nos próximos 20 anos se ficarem só no seu business”.

 

Menos cinema, mais sustentabilidade

 

Diante do debate acalorado sobre sustentabilidade, o cineasta Fernando Meireles revelou que “atualmente essa questão ambiental ocupa minha cabeça mais do que cinema”.

Ele foi um dos premiados pela campanha “Floresta faz a diferença”, promovida por um grupo de artistas liderados pelo cineasta para pressionar o congresso a não aprovar o Código Florestal. Meireles contou que, ao conversar com Nelton Friedrich, ficou impressionado ao se deparar com propostas tão interessantes e que fazem a diferença.

 

Encontro anual: CAB chega à décima edição com responsabilidade ainda maior

 

Um dos programas socioambientais de maior destaque na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – a Rio+20 – realizada no Rio de Janeiro, em junho deste ano, o Cultivando Água Boa chega à 10ª edição de seu encontro anual com uma marca reconhecida de boas práticas e uma responsabilidade ainda maior.

 

Na última terça-feira (13), veio mais um reconhecimento. O programa garantiu à Itaipu Binacional o título de empresa cidadã. O prêmio Pintou Limpeza foi concedido pelo grupo Estadão.

 

O encontro

Com o tema "O caminho adiante", o encontro vai reunir, nos próximos dias 22 e 23 de novembro, mais de dois mil participantes para celebrar as conquistas, avaliar as ações executadas e planejar o próximo ano do programa socioambiental.

 

O evento acontece no Centro de Convenções do Hotel Rafain Palace, em Foz do Iguaçu. O Cultivando Água Boa (CAB), já reconhecido internacionalmente como modelo de gestão ambiental inovador, é desenvolvido pela Itaipu Binacional, a maior hidrelétrica do mundo em geração de energia limpa e renovável do planeta, e diversos parceiros, entre prefeituras, empresas, organizações não governamentais e a comunidade em geral.

 

Nos dois dias de programação, haverá diálogos com a comunidade, reunião de prefeitos eleitos, homenagens, palestras, apresentações culturais, premiações, shows e participação de grandes nomes ligados à sustentabilidade. O encontro do CAB será uma grande oportunidade de aprendizagem, troca de informações e percepções sobre o programa.

 

Os encontros anuais do CAB constituem um dos principais pontos da metodologia participativa que caracteriza o programa. Na Rio+20, o CAB, que já conquistou vários prêmios nacionais e internacionais, foi tema de debates, palestras e recebeu o referendo de delegações governamentais, instituições, organismos internacionais, ativistas e militantes de ONGs e movimentos sociais. 

 

A ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foi uma das mais entusiastas. Ela destacou a importância do Cultivando Água Boa, ressaltando, inclusive, um dos seus aspectos fundamentais: contribuir para manter limpa a matriz energética brasileira, o que é possível porque o País utiliza em larga escala a hidreletricidade.

 

Marcos Terena, líder indígena e articulador do Comitê Intertribal do Brasil, defendeu a contribuição que a usina hidrelétrica de Itaipu tem dado às comunidades dos avá-guaranis da região. “Essas aldeias se tornaram autossustentáveis graças ao trabalho do CAB”, disse.

 

Atuação

O programa de desenvolvimento sustentável estabelece uma rede de proteção dos recursos da Bacia Hidrográfica do Paraná 3, localizada no oeste do Paraná, na confluência dos rios Paraná e Iguaçu. Cerca de um milhão de habitantes, em 29 municípios, são beneficiados.

 

Um dos pontos fortes do CAB é o apoio de Itaipu aos produtores rurais da Bacia do Paraná 3, na recomposição da mata ciliar de suas propriedades.

 

Em torno do reservatório, a Itaipu já plantou 24 milhões de árvores. A empresa também incentiva a agricultura familiar e orgânica, o uso de plantas medicinais e a sustentabilidade de comunidades que vivem em seu entorno.

 

Situação de risco   

Desde 2003, a Itaipu Binacional e diversos parceiros do Programa Cultivando Água Boa vêm conseguindo mudar a realidade de populações em situação de risco social na área de influência do reservatório (a Bacia Hidrográfica do Rio Paraná – Parte 3).

 

São pescadores artesanais, indígenas e catadores de materiais recicláveis, em um total de mais de duas mil famílias atendidas. As ações que beneficiam essas comunidades estão abrigadas nas iniciativas Produção de Peixes em Nossas Águas, Sustentabilidade de Comunidades Indígenas e Coleta Solidária.

 

No segmento dos pescadores, por exemplo, a Itaipu vem conseguindo mudar a cultura extrativista com a adoção da aquicultura (criação de peixes em tanques-redes). Em seis municípios da região, o peixe passou a fazer parte do cardápio na merenda escolar.

 

“A inclusão da carne de peixe na merenda foi possível graças a uma máquina que separa as espinhas. A produção de carne mecanicamente separada já chega a 30 toneladas”, explicou o gestor do projeto, Irineu Motter, da Itaipu.

 

No total, são cerca de 850 pescadores assistidos, organizados em sete colônias e duas associações. Em nove anos, a Itaipu investiu R$ 4,2 milhões no projeto, o que permitiu a implantação de 550 tanques-redes na região. As pesquisas feitas por Itaipu sobre a capacidade de suporte ambiental do reservatório para esse tipo de atividade resultou no licenciamento pelo Ibama dos três primeiros parques aquícolas do Brasil.

 

Indígenas

O cultivo de peixes em tanques-redes também é uma prática que vem ajudando na melhoria das condições de vida de comunidades indígenas atendidas pelo Cultivando Água Boa. Na reserva indígena do Ocoy, por exemplo, os 40 tanques-redes respondem por uma produção anual de oito toneladas de peixes.

 

O apoio da Itaipu e demais parceiros do programa também se estende à infraestrutura (construção de casas e cascalhamento das estradas internas) e a melhorias nas práticas agropecuárias, por meio da aquisição de equipamentos para plantio, insumos, animais e sementes, preparo de solos, apoio à bovinocultura de leite, à apicultura e assistência técnica com técnicos indígenas e não-indígenas.

 

Nas três reservas indígenas (Tekoha Añetete, Tekoha Itamarã, em Diamante D”Oeste e Tekoha Ocoy, em São Miguel do Iguaçu), as famílias são acompanhadas e orientadas no tratamento preventivo contra a desnutrição infantil, participando de cursos e orientação para o uso de alimentos, plantas medicinais e aromáticas.

A sustentabilidade alcançada nas comunidades tem, inclusive, atraído famílias indígenas de fora da região. Em 2010 e 2011, nas reservas do Itamarã e do Añetete, o número de famílias passou de 25 para 35 e de 45 para 73, respectivamente. Hoje, as três comunidades abrigam cerca de 260 famílias (1.300 pessoas).

 

Catadores

As ações da Itaipu voltadas aos catadores de materiais recicláveis se tornaram uma referência no País. Prova disso é que a Itaipu compõe o Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores e atua, desde 2008, em parceria com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis.

Em 2012, formalizou um novo convênio com o Instituto Lixo e Cidadania para atender, além dos catadores da região da Bacia do Paraná 3 (BP3), os da Região Metropolitana de Curitiba e do Litoral do Paraná.

 

Em todos os 29 municípios que fazem parte da BP3, são cerca de mil catadores atendidos pelo projeto Coleta Solidária, organizados em 25 associações e três cooperativas.

 

Um dos resultados é o fortalecimento das cooperativas e associações da região, criadas com apoio da Itaipu. A Cooperativa de Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu (Coaafi), exemplo, conseguiu aprovar um projeto pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para investir na capacitação de catadores autônomos da região. Outro projeto aprovado pelo BNDES garantiu recursos para a aquisição de equipamentos.

 

Outro resultado do Coleta Solidária foi a criação de um veículo elétrico para transporte de materiais coletados pelos catadores. Através de convênio com o movimento nacional da categoria, foram doados 150 carrinhos que estão em testes em várias cidades do País (o modelo ficou em exposição no estande da Eletrobras, no Parque dos Atletas, durante a Rio+20).

 

Jovem Jardineiro

Entre as iniciativas do Cultivando Água Boa que beneficiam pessoas de baixa renda está o programa Jovem Jardineiro. Trata-se de um projeto educativo, que já formou 229 jovens por meio de oficinas teórico-práticas, estruturadas em torno de três eixos: promoção da sustentabilidade na comunidade, conservação ambiental e consumo consciente, e plano de vida e carreira.

 

“O projeto prepara os jovens para o mundo do trabalho, buscando desenvolver competências para o trabalho em equipe, o empreendedorismo social, o exercício da autonomia e da cidadania”, resumiu o gestor do programa, Vinícius Ortiz de Camargo.

 

Programação do encontro do CAB

Dia 22/11 – Quinta-feira

9h – Diálogos em Humanidade

11h30 – Almoço com prefeitos eleitos/reeleitos da BP3

14/16h30 –  Encontro com prefeitos eleitos/reeleitos da BP3: Cultivando Água Boa e Cidades Sustentáveis

16h – Credenciamento

16h30 – Café de recepção

17h – Abertura Oficial do Encontro Cultivando Água Boa + 10: o caminho adiante

17h15 – Espetáculo Telúrica – Silvia Wy’A Poti

17h30 – 10 anos de CAB – Sustentabilidade da BP3 e conexão Rio+20

18h – Formação da mesa e fala das autoridades

19h – Homenagem aos 10 Anos de CAB

19h30 – Palestra Magna

20h30 – Apresentação Cultural

 

Dia 23/11 – Sexta-feira

      

8h – Convite cultural ao público

8h20 – Apresentação metodológica

8h20 – Bloco 1 – Um novo modo de ser e sentir para sustentabilidade

Introdução ao tema – Palestra de Nelton Miguel Friedrich

Mensagem Palestrante  - Leonardo Boff, Vera Catalão

Vídeo com resultados do CAB

Mística com apresentação das ações futuras

Depoimentos “O caminho adiante”

Diálogos

Apresentação cultural

10h – Bloco 2 – Alimentação e produção sustentável        Introdução ao tema - Nelton Miguel Friedrich

 Mensagem Palestrante

 Vídeo com resultados do CAB

  Mística com apresentação das ações futuras

 Depoimentos “O caminho adiante”

 Diálogos

 Apresentação cultural – Artigas

 11h30 – Almoço

 13h30 – Bloco 3 - Cuidado com o solo, água e biodiversidade

 Introdução ao tema - Nelton Miguel Friedrich

 Mensagem Palestrante

 Vídeo com resultados do CAB

 Mística com apresentação das ações futuras

Depoimentos “O caminho adiante”

 Diálogos

 Apresentação cultural

15h – Bloco 4 – Diversidade e segmentos especiais        Introdução ao tema - Nelton Miguel Friedrich

Mensagem Palestrante

Vídeo com resultados do CAB

Mística com apresentação das ações futuras

Depoimentos “O caminho adiante”

Diálogos

Apresentação cultural – Coral Indígena

16h30 – Premiação Concurso de Ecopedagogia

16h40 – Pacto (prefeitos + comitês gestores) + Mística de Encerramento

17h30 – Show Família Lima

18h30 – Encerramento

 

 
 

 

 

 
 
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