Afirmação de Vicente Andreu Guillo foi feita nesta terça-feira (20), em Foz do Iguaçu, na abertura da 13ª Conferência de Diretores Gerais Ibero-Americanos da Água (Codia).
A 13ª Conferência de Diretores Gerais Ibero-Americanos da Água (Codia) pretende elevar o peso político das questões relativas ao recurso natural na agenda da Organização das Nações Unidas (ONU). A afirmação é do diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, que também defendeu a união dos países para melhoria da gestão hídrica no planeta.
O discurso foi feito durante a abertura da Codia, nesta terça-feira (20), em Foz do Iguaçu. O encontro, que tem o apoio da Itaipu, reúne representantes de 17 países no Hotel Rafain Palace. O evento termina na sexta-feira (23).
“Até hoje não existe nenhuma organização da ONU que trata do tema da água. Esta é uma oportunidade também de articulação dos países para ganhar força e conquistar uma maior presença da água nas Nações Unidas”, disse Vicente Andreu.
A solenidade contou com a presença do secretário técnico permanente da Codia, Víctor Arqued Esquia; do diretor de Conservação e Proteção de Recursos Hídricos, Andrés Rodríguez; da diretora-geral de Águas, Liana Ardiles López; do diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, Jorge Samek. Em 2011, o encontro foi realizado na capital Argentina, Buenos Aires.
A proposta da conferência, segundo Vicente Andreu, é encontrar mecanismos para melhorar a gestão de recursos hídricos nos 22 países membros da Codia, incentivando a troca de experiências. Um dos painéis que serão apresentados pela ANA é sobre a metodologia de “decodificação para bacias hidrográficas”, utilizada no Brasil e já adotada por alguns países.
A diretora-geral de Águas, Liana Ardiles López, disse que o objetivo da Codia é “trabalhar para estimular a cooperação, fortalecer os canais de informação e a capacitação técnica”. “Precisamos buscar a qualidade da água, porque isso garantirá mais qualidade de vida à população”, defendeu.
Matéria-prima
Na abertura da cerimônia, Jorge Samek, deu as boas-vindas aos participantes e destacou ações de Itaipu na defesa da água. Como exemplo, citou a realização do 10º Encontro Cultivando Água Boa (CAB+10), de sexta-feira (23) a sábado (24), promovido pela binacional.
“O que faz da Itaipu a maior usina produtora de energia do planeta é a sua matéria-prima, a água. E não é só Itaipu que precisa de água para produzir. Cerca de 85% da energia consumida no Brasil provém da hidreletricidade”, salientou.
Ainda segundo Samek, o grande parceiro da usina no cuidado com a água é justamente a ANA, integrante da Codia. “Um dos nossos trabalhos é a recuperação dos rios, córregos e 110 mil hectares de mata ciliar ao redor do reservatório”, relacionou.
O que é
A Codia é formada por representantes de instituições governamentais responsáveis pela gestão dos recursos hídricos de 22 países. No Brasil, a ANA e a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente são as instituições responsáveis pela implementação das ações propostas pela conferência.