Audiência é a última fase antes da divulgação do nome dos municípios contemplados com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, participou na manhã desta terça-feira (4), no Ministério das Cidades, em Brasília (DF), da audiência para defesa do projeto de instalação do Veículo Leve Sobre Trilho (VLT) em Foz do Iguaçu. A audiência é a última fase antes da divulgação do nome dos municípios contemplados com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades, prevista para o próximo dia 14.
O projeto do VLT, que foi elaborado com o apoio técnico da binacional, foi apresentado pelo diretor de Trânsito e Sistema Viário do município, Ali Safadi. O assessor da diretoria-geral brasileira, Herlon de Almeida, também estava presente.
Por parte do Ministério das Cidades, participaram da audiência os analistas de infraestrutura Paula Nóbrega, Gláucia Maia e Marcos Daniela, que atuam na Diretoria de Mobilidade Urbana da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. O setor é o responsável por elaborar os pareceres técnicos do ministério.
A proposta levada à Brasília prevê um ramal de 12 quilômetros de VLT ligando a futura sede do campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em construção ao lado de Itaipu, até a Praça da Paz, no final da Avenida Juscelino Kubitscheck. O investimento estimado é de R$ 210 milhões.
Na defesa do projeto, a comitiva de Foz apresentou um vídeo produzido pela equipe da Comunicação Social de Itaipu, além de dados técnicos do sistema viário, planilha de custos, mapas e estudos de demanda.
Jorge Samek destacou que a proposta de instalação do VLT tem conexão com outros projetos do governo federal para Foz do Iguaçu, como a própria Unila. A iniciativa também está alinhada com pesquisas desenvolvidas por Itaipu na área de mobilidade sustentável, entre elas, os estudos do primeiro VLT elétrico do Brasil e a nova bateria de sódio avançada.
“Deixamos muito claro para os gestores do Ministério das Cidades que do VLT vai potencializar outros projetos que Itaipu desenvolve em Foz do Iguaçu com o apoio do governo Dilma”, comentou Herlon de Almeida. “O projeto também nos dará expertise em relação ao VLT, que depois poderá beneficiar outras cidades brasileiras de grande e médio portes”, acrescentou.
No final da audiência, Samek convidou a equipe técnica do Ministério das Cidades para conhecer os projetos de mobilidade sustentável desenvolvidos pela binacional.
Detalhamento
A proposta em análise no Ministério das Cidades indica que o VLT passaria pelo canteiro central das avenidas JK e Tancredo Neves, com terminais intermodais instalados na Unila e na Praça da Paz, e outras 12 estações intermediárias. A demanda prevista para o sistema é de 40 mil passageiros por dia.
No custo total de R$ 210 milhões estão incluídos a aquisição dos trens, a construção dos terminais e das estações, as obras de infraestrutura para instalação dos trilhos, readequações viárias, sinalização, paisagismo, a revitalização da Avenida Tancredo Neves, o viaduto de acesso ao futuro campus da Unila e a implantação de ciclovia em todo o trecho.
No futuro, a ideia é estender o trajeto do VLT até o Parque Nacional do Iguaçu, passando pelo Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, com trajeto total de 40 quilômetros. Também há estudos para levar o sistema para outras regiões da cidade.
PAC Médias Cidades
O PAC Mobilidade Médias Cidades – lançado em agosto pela presidente Dilma Rousseff – dispõe no total de R$ 7 bilhões para municípios brasileiros com mais de 250 mil habitantes e menos de 700 mil. O objetivo é fomentar, com financiamento público, “ações estruturantes para o sistema de transporte coletivo urbano, por meio de qualificação e ampliação da infraestrutura de mobilidade urbana”.
Herlon de Almeida disse que dos 75 municípios pré-habilitados para receber recursos do PAC, 71 apresentaram projetos, que totalizam R$ 13 bilhões – ou seja, quase o dobro do teto definido pelo governo federal. No Paraná, além de Foz, disputam os recursos Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e São José dos Pinhais.